Frequência de parasitos intestinais em pacientes oncológicos atendidos em um centro de referência no estado do Rio Grande do Norte
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49089 |
Resumo: | Há poucos estudos na literatura que relatam a frequência de parasitos intestinais oportunistas em pacientes oncológicos, estando ou não em tratamento contra o câncer. Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar a frequência de parasitos intestinais em pacientes oncológicos a fim de evidenciar se há relação entre a sua presença, o estado de saúde do paciente e a realização do tratamento oncológico, além de estabelecer uma associação com as suas características sociais, econômicas e comportamentais. Para isso, foram coletadas amostras de fezes frescas de 67 pacientes oncológicos, estando ou não em tratamento. As amostras foram analisadas através de exames parasitológicos de fezes por meio dos métodos Holffman, Pons e Janer (HPJ), Willis-Mollay e Rugai, Mattos e Brizola e foi aplicado um questionário sobre os aspectos socioeconômicos, hábitos alimentares e de higiene. Os dados coletados foram analisados usando estatística descritiva, tabelas de contingência e teste de Qui-Quadrado, no software R ® a 5% de significância. A maioria dos pacientes se autodeclararam brancos e pardos (82%), do sexo feminino (85%), moradores da zona urbana (86,5%), possuíam ensino fundamental (40,3%) e trabalhavam de forma autônoma (34,3%). A positividade dos exames parasitológicos de fezes foi de 46,3%, sendo que 74,2% foram caracterizados como infecção monoparasitária e 25,8% infecção múltipla. Endolimax nana (35%) e Entamoeba coli (35%) foram prevalentes, seguidos de Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, ovos de Hymenolepis spp., e ancilostomídeos. A faixa etária mais acometida pelos parasitos intestinais foi de 30 a 59 anos, sendo mulheres e em tratamento oncológico. Com relação a localização do tumor, 87% dos pacientes parasitados apresentavam câncer de mama. Não houve relação entre a incidência de parasitos intestinais com o tipo de câncer, tratamento oncológico e sintomatologia (p>0.05). Com isso, sugere-se que a imunossupressão decorrente da própria doença e/ou do tratamento oncológico não interferiu no funcionamento do sistema imunológico do paciente ao ponto de torná-lo mais susceptível a adquirir parasitoses intestinais. |
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Leite, Brenda Santoshttp://lattes.cnpq.br/0694406297329443https://orcid.org/0000-0003-0167-6451http://lattes.cnpq.br/6775535046477169Medeiros, Henrique Rocha dehttp://lattes.cnpq.br/7905026833909254Magalhães, Luísa Mourão DiasMedeiros, Lilian Giotto Zaros de2022-08-08T17:04:26Z2022-08-08T17:04:26Z2022-04-29LEITE, Brenda Santos. Frequência de parasitos intestinais em pacientes oncológicos atendidos em um centro de referência no estado do Rio Grande do Norte. 2022. 101f. Dissertação (Mestrado em Biologia Parasitária) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49089Há poucos estudos na literatura que relatam a frequência de parasitos intestinais oportunistas em pacientes oncológicos, estando ou não em tratamento contra o câncer. Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar a frequência de parasitos intestinais em pacientes oncológicos a fim de evidenciar se há relação entre a sua presença, o estado de saúde do paciente e a realização do tratamento oncológico, além de estabelecer uma associação com as suas características sociais, econômicas e comportamentais. Para isso, foram coletadas amostras de fezes frescas de 67 pacientes oncológicos, estando ou não em tratamento. As amostras foram analisadas através de exames parasitológicos de fezes por meio dos métodos Holffman, Pons e Janer (HPJ), Willis-Mollay e Rugai, Mattos e Brizola e foi aplicado um questionário sobre os aspectos socioeconômicos, hábitos alimentares e de higiene. Os dados coletados foram analisados usando estatística descritiva, tabelas de contingência e teste de Qui-Quadrado, no software R ® a 5% de significância. A maioria dos pacientes se autodeclararam brancos e pardos (82%), do sexo feminino (85%), moradores da zona urbana (86,5%), possuíam ensino fundamental (40,3%) e trabalhavam de forma autônoma (34,3%). A positividade dos exames parasitológicos de fezes foi de 46,3%, sendo que 74,2% foram caracterizados como infecção monoparasitária e 25,8% infecção múltipla. Endolimax nana (35%) e Entamoeba coli (35%) foram prevalentes, seguidos de Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, ovos de Hymenolepis spp., e ancilostomídeos. A faixa etária mais acometida pelos parasitos intestinais foi de 30 a 59 anos, sendo mulheres e em tratamento oncológico. Com relação a localização do tumor, 87% dos pacientes parasitados apresentavam câncer de mama. Não houve relação entre a incidência de parasitos intestinais com o tipo de câncer, tratamento oncológico e sintomatologia (p>0.05). Com isso, sugere-se que a imunossupressão decorrente da própria doença e/ou do tratamento oncológico não interferiu no funcionamento do sistema imunológico do paciente ao ponto de torná-lo mais susceptível a adquirir parasitoses intestinais.There are few studies in the literature that report the frequency of opportunistic intestinal parasites in cancer patients, whether or not they are undergoing cancer treatment. Thus, the objective of this study was to evaluate the frequency of intestinal parasites in cancer patients in order to show whether there is a relationship between their presence, the patient's health status and the performance of cancer treatment, in addition to establishing an association with their social, economic and behavioral characteristics. For this, fresh stool samples were collected from 67 cancer patients, whether or not they were undergoing treatment. The samples were analyzed through parasitological examinations of feces using the Holffman, Pons and Janer (HPJ), Willis-Mollay and Rugai, Mattos and Brizola methods and a questionnaire was applied on socioeconomic aspects, eating habits and hygiene. The collected data were analyzed using descriptive statistics, contingency tables and Chi-Square test, in the R ® software at 5% significance. Most patients self-reported as white and mixed race (82%), female (85%), urban dwellers (86.5%), had elementary education (40.3%) and worked autonomously (34, 3%). The positivity of the stool parasitological exams was 46.3%, with 74.2% being characterized as monoparasitic infection and 25.8% as multiple infection. Endolimax nana (35%) and Entamoeba coli (35%) were prevalent, followed by Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Hymenolepis spp. eggs, and hookworms. The age group most affected by the frequency of intestinal parasites was 30 to 59 years old, being women and undergoing cancer treatment. Regarding the location of the tumor, 87% of parasitized patients had breast cancer There was no relationship between the incidence of intestinal parasites and the type of cancer, cancer treatment and symptoms (p>0.05). Thus, it is suggested that immunosuppression resulting from the disease itself and/or the oncological treatment did not interfere with the functioning of the patient's immune system to the point of making him more susceptible to acquiring intestinal parasites.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASCâncerImunossupressãoParasitoses intestinaisTratamento oncológicoSintomatologiaFrequência de parasitos intestinais em pacientes oncológicos atendidos em um centro de referência no estado do Rio Grande do Norteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALFrequenciaparasitosintestinais_Leite_2022.pdfapplication/pdf2569188https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/49089/1/Frequenciaparasitosintestinais_Leite_2022.pdf17c3ed502ab653a840059b586623a337MD51123456789/490892022-08-08 14:05:14.224oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/49089Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-08-08T17:05:14Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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