Arcabouço tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira: uma abordagem baseada em dados de sensoriamento remoto e geofísicos potenciais
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58219 |
Resumo: | Ao longo da Margem Equatorial Brasileira (MEB), se desenvolveram um conjunto de bacias sedimentares do Neobarremiano ao Albiano. Esta região tem despertado grande interesse devido às recentes descobertas de reservas de hidrocarbonetos nas margens continentais de Gana, na África, e Guianas/Suriname, na América do Sul. No entanto, a falta de exposições do rifte aptiano-albiano e a superposição de estruturas rúpteis relacionadas a este evento com outras mais antigas e/ou mais novas relacionadas ao rifte neocomiano-barremiano e à deformação intraplaca pós-campaniana, dificultam a correlação de estruturas mapeadas em superfície com os eventos tectônicos transtrativos/transpressivos relacionados à evolução do Atlântico Equatorial. Na porção onshore das margens equatoriais brasileira e africana, foi realizada uma análise da orientação e distribuição dos lineamentos rúpteis. Em maior detalhe, e considerando dados de campo, os trends associados a lineamentos rúpteis em superfície foram comparados com lineamentos magnéticos nas bacias Potiguar, São Luís, BragançaViseu, Grajaú e Barreirinhas. Os resultados indicam reflexos continentais da tectônica albiana até a porção sul da Bacia do Grajaú, apontando para uma transtração dextral da MEB durante o Albiano e controle da herança de zonas de cisalhamento brasilianas das faixas Gurupi e Araguaia, Província Borborema, e do Lineamento Transbrasiliano no desenvolvimento e reativação de estruturas rúpteis em diversos estágios de evolução da MEB. Além disso, foi conduzido um estudo da arquitetura crustal profunda na região offshore da MEB, em que foram integrados dados gravimétricos, magnéticos e sísmicos 2D de diferentes fontes. A MEB foi dividida em quatro domínios: proximal (PD), zona de necking (NZ), transição oceanocontinente (OCT) e crosta oceânica (OC). Esses domínios apresentam predominância de falhas normais e de rejeito oblíquo NW-SE do Aptiano ao Albiano, associadas a falhas de rejeito direcional e oblíquo E-W, além de dobras e empurrões NE-SW. As transições oceanocontinente podem variar de forma gradual a abrupta, dependendo da localização e do estilo estrutural predominante em cada segmento da margem. Os limites definidos proporcionaram um bom encaixe entre as crostas continentais da MEB e da Margem Equatorial Africana (MEA) durante o Cenomaniano. Este estudo tem como objetivo principal contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de formação das bacias na MEB, abrindo perspectivas para exploração de seu potencial petrolífero em águas profundas e ultraprofundas. |
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Lima, Francisco Gabriel Ferreira dehttps://orcid.org/0000-0002-6513-3993http://lattes.cnpq.br/6506556020822609http://lattes.cnpq.br/4094827215552998Silva, Fernando César Alves daSilva, Carlos César Nascimento dahttp://lattes.cnpq.br/5136096872133075Araújo, Mário Neto Cavalcanti deMedeiros, Vladimir Cruz deJardim, Emanuel Ferraz2024-04-22T23:32:31Z2023-12-15LIMA, Francisco Gabriel Ferreira de. Arcabouço tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira: uma abordagem baseada em dados de sensoriamento remoto e geofísicos potenciais. Orientador: Dr. Emanuel Ferraz Jardim de Sá. 2023. 191f. Tese (Doutorado em Geodinâmica e Geofísica) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58219Ao longo da Margem Equatorial Brasileira (MEB), se desenvolveram um conjunto de bacias sedimentares do Neobarremiano ao Albiano. Esta região tem despertado grande interesse devido às recentes descobertas de reservas de hidrocarbonetos nas margens continentais de Gana, na África, e Guianas/Suriname, na América do Sul. No entanto, a falta de exposições do rifte aptiano-albiano e a superposição de estruturas rúpteis relacionadas a este evento com outras mais antigas e/ou mais novas relacionadas ao rifte neocomiano-barremiano e à deformação intraplaca pós-campaniana, dificultam a correlação de estruturas mapeadas em superfície com os eventos tectônicos transtrativos/transpressivos relacionados à evolução do Atlântico Equatorial. Na porção onshore das margens equatoriais brasileira e africana, foi realizada uma análise da orientação e distribuição dos lineamentos rúpteis. Em maior detalhe, e considerando dados de campo, os trends associados a lineamentos rúpteis em superfície foram comparados com lineamentos magnéticos nas bacias Potiguar, São Luís, BragançaViseu, Grajaú e Barreirinhas. Os resultados indicam reflexos continentais da tectônica albiana até a porção sul da Bacia do Grajaú, apontando para uma transtração dextral da MEB durante o Albiano e controle da herança de zonas de cisalhamento brasilianas das faixas Gurupi e Araguaia, Província Borborema, e do Lineamento Transbrasiliano no desenvolvimento e reativação de estruturas rúpteis em diversos estágios de evolução da MEB. Além disso, foi conduzido um estudo da arquitetura crustal profunda na região offshore da MEB, em que foram integrados dados gravimétricos, magnéticos e sísmicos 2D de diferentes fontes. A MEB foi dividida em quatro domínios: proximal (PD), zona de necking (NZ), transição oceanocontinente (OCT) e crosta oceânica (OC). Esses domínios apresentam predominância de falhas normais e de rejeito oblíquo NW-SE do Aptiano ao Albiano, associadas a falhas de rejeito direcional e oblíquo E-W, além de dobras e empurrões NE-SW. As transições oceanocontinente podem variar de forma gradual a abrupta, dependendo da localização e do estilo estrutural predominante em cada segmento da margem. Os limites definidos proporcionaram um bom encaixe entre as crostas continentais da MEB e da Margem Equatorial Africana (MEA) durante o Cenomaniano. Este estudo tem como objetivo principal contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de formação das bacias na MEB, abrindo perspectivas para exploração de seu potencial petrolífero em águas profundas e ultraprofundas.Along the Brazilian Equatorial Margin (BEM), a set of sedimentary basins have evolved from Neobarremian to Albian. This region has aroused significant interest due to recent discoveries of hydrocarbon reserves on the continental margins of Ghana, in Africa, and the Guianas/Suriname, in South America. However, the absence of exposures of the AptianAlbian rift and the overlap of brittle structures related to this event with older and/or younger structures related to the Neocomian-Barremian rift and post-Campanian intraplate deformation hinder the correlation of surface-mapped structures with transtractive/transpressive tectonic events related to the evolution of the Equatorial Atlantic. In this work, we carried out an analysis of the orientation and distribution of brittle lineaments in the onshore Brazilian and African equatorial margins. In more detail, and also considering field data, trends associated with surface brittle lineaments were compared with magnetic lineaments in the Potiguar, São Luís, Bragança-Viseu, Grajaú, and Barreirinhas basins. The results indicate continental influence of Albian tectonics reached the southern portion of the Grajaú Basin, suggesting dextral transtension of the BEM during the Albian and control of the inheritance of Brazilian shear zones from the Gurupi and Araguaia belts, Borborema Province, and the Transbrasiliano Lineament in the development and reactivation of brittle structures in various stages of the BEM evolution. Furthermore, a study of the deep crustal architecture in the offshore área of the BEM was conducted, integrating gravity, magnetic, and 2D seismic data. The BEM was divided into four domains: proximal (PD), neck zone (NZ), ocean-continent transition (OCT), and oceanic crust (OC). These domains exhibit a predominance of NW-SE normal and oblique-slip faults from Aptian to Albian, associated with E-W strike-slip and oblique-slip faults, as well as NE-SW folds and thrusts. Oceancontinent transitions can vary from gradual to abrupt, depending on the location and predominant structural style in each segment of the margin. The defined boundaries provided a good fit between the continental crusts of the BEM and the African Equatorial Margin (AEM) during the Cenomanian. This study contributes to a better understanding of basin formation mechanisms in the BEM, opening perspectives for exploring its petroleum potential in deep and ultra-deep waters.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq2025-08-30Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASGeodinâmicaMargem Equatorial BrasileiraInterpretação de lineamentos rúpteisArquitetura crustalArcabouço tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira: uma abordagem baseada em dados de sensoriamento remoto e geofísicos potenciaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALArcaboucotectonoestrutural_Lima_2023.pdfapplication/pdf40878929https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/58219/1/Arcaboucotectonoestrutural_Lima_2023.pdfdca2e63f4e662e9b469fa4108ec247cdMD51123456789/582192024-04-22 20:33:08.69oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/58219Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-04-22T23:33:08Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Ao longo da Margem Equatorial Brasileira (MEB), se desenvolveram um conjunto de bacias sedimentares do Neobarremiano ao Albiano. Esta região tem despertado grande interesse devido às recentes descobertas de reservas de hidrocarbonetos nas margens continentais de Gana, na África, e Guianas/Suriname, na América do Sul. No entanto, a falta de exposições do rifte aptiano-albiano e a superposição de estruturas rúpteis relacionadas a este evento com outras mais antigas e/ou mais novas relacionadas ao rifte neocomiano-barremiano e à deformação intraplaca pós-campaniana, dificultam a correlação de estruturas mapeadas em superfície com os eventos tectônicos transtrativos/transpressivos relacionados à evolução do Atlântico Equatorial. Na porção onshore das margens equatoriais brasileira e africana, foi realizada uma análise da orientação e distribuição dos lineamentos rúpteis. Em maior detalhe, e considerando dados de campo, os trends associados a lineamentos rúpteis em superfície foram comparados com lineamentos magnéticos nas bacias Potiguar, São Luís, BragançaViseu, Grajaú e Barreirinhas. Os resultados indicam reflexos continentais da tectônica albiana até a porção sul da Bacia do Grajaú, apontando para uma transtração dextral da MEB durante o Albiano e controle da herança de zonas de cisalhamento brasilianas das faixas Gurupi e Araguaia, Província Borborema, e do Lineamento Transbrasiliano no desenvolvimento e reativação de estruturas rúpteis em diversos estágios de evolução da MEB. Além disso, foi conduzido um estudo da arquitetura crustal profunda na região offshore da MEB, em que foram integrados dados gravimétricos, magnéticos e sísmicos 2D de diferentes fontes. A MEB foi dividida em quatro domínios: proximal (PD), zona de necking (NZ), transição oceanocontinente (OCT) e crosta oceânica (OC). Esses domínios apresentam predominância de falhas normais e de rejeito oblíquo NW-SE do Aptiano ao Albiano, associadas a falhas de rejeito direcional e oblíquo E-W, além de dobras e empurrões NE-SW. As transições oceanocontinente podem variar de forma gradual a abrupta, dependendo da localização e do estilo estrutural predominante em cada segmento da margem. Os limites definidos proporcionaram um bom encaixe entre as crostas continentais da MEB e da Margem Equatorial Africana (MEA) durante o Cenomaniano. Este estudo tem como objetivo principal contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de formação das bacias na MEB, abrindo perspectivas para exploração de seu potencial petrolífero em águas profundas e ultraprofundas. |
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