Para um cinema da crueldade em Antonin Artaud
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Data de Publicação: | 2016 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21150 |
Resumo: | Antonin Artaud (1896-1948) publicou mais de duas mil páginas apenas pela editora Gallimard. Sessenta e oito anos após a sua morte seus escritos continuam sendo lançados. Artaud escrevia compulsivamente sobre diversos assuntos, lançando pseudópodes em tantas direções quantos eram seus interesses, alguns dos quais se ramificavam e se desenvolviam, enquanto outros adormeciam esperando desdobramentos que, por vezes, vinham ou não. Teatro, cinema, poesia, literatura, filosofia, história, pintura e desenho eram alguns dos seus temas de reflexão. A incursão pela chamada sétima arte, por exemplo, foi um dos projetos interrompidos pelo francês de Marselha. Deixou poucos - mas profundos - textos sobre o assunto, variando entre o encantamento e o desânimo. Atuou em vinte e dois filmes e deixou sete roteiros, dos quais apenas um foi filmado. Relativamente curta (1923-1935), mas consistente, a carreira de Artaud pelo cinema é ainda pouco analisada, sendo mais conhecidas suas propostas para o teatro, principalmente a noção de Teatro da Crueldade. É a partir dela que responderemos a algumas questões: Artaud elaborou uma noção de crueldade para além do teatro? É possível pensar a cultura da crueldade para o cinema? Podemos refletir sobre o sujeito contemporâneo a partir dessa abertura? A ideia de crueldade pensada pela chave do cinema propõe estabelecer uma nova relação do sujeito contemporâneo com a imagem, o corpo e o pensamento, no sentido de abrir um outro canal de diálogo com a cultura e resgatar a potência inexplorada da arte como meio de se posicionar frente ao mundo e aos desafios que ele diariamente nos coloca. |
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Artaud escrevia compulsivamente sobre diversos assuntos, lançando pseudópodes em tantas direções quantos eram seus interesses, alguns dos quais se ramificavam e se desenvolviam, enquanto outros adormeciam esperando desdobramentos que, por vezes, vinham ou não. Teatro, cinema, poesia, literatura, filosofia, história, pintura e desenho eram alguns dos seus temas de reflexão. A incursão pela chamada sétima arte, por exemplo, foi um dos projetos interrompidos pelo francês de Marselha. Deixou poucos - mas profundos - textos sobre o assunto, variando entre o encantamento e o desânimo. Atuou em vinte e dois filmes e deixou sete roteiros, dos quais apenas um foi filmado. Relativamente curta (1923-1935), mas consistente, a carreira de Artaud pelo cinema é ainda pouco analisada, sendo mais conhecidas suas propostas para o teatro, principalmente a noção de Teatro da Crueldade. É a partir dela que responderemos a algumas questões: Artaud elaborou uma noção de crueldade para além do teatro? É possível pensar a cultura da crueldade para o cinema? Podemos refletir sobre o sujeito contemporâneo a partir dessa abertura? A ideia de crueldade pensada pela chave do cinema propõe estabelecer uma nova relação do sujeito contemporâneo com a imagem, o corpo e o pensamento, no sentido de abrir um outro canal de diálogo com a cultura e resgatar a potência inexplorada da arte como meio de se posicionar frente ao mundo e aos desafios que ele diariamente nos coloca.Antonin Artaud (1896-1948) est un poète, acteur, dramaturge et écrivain français né à Marseille, mais dont la vie artistique se développe principalement à Paris. Artaud est l'auteur de la notion bien connue de Théâtre de cruauté, qui inspire encore aujourd'hui de nombreux groupes de théâtre dans différents coins du monde. Il a écrit sur le théâtre, la poésie, l'art, la philosophie, entre autres. De 1924-1935 est également dédié au cinéma, à la fois dans son théorique et pratique. Une étape un peu inconnu et peu exploré dans sa vie. Elle a joué dans 22 films avec certains des réalisateurs les plus importants dans le monde, et a laissé huit scénarios, dont un seul a été realizé, et huit écrits théoriques sur le cinéma. Cette thèse cherche à examiner précisément cette période insuffisamment étudié dans sa carrière, à partir de trois questions initiales: Artaud développé un sens de la cruauté au-delà du théâtre? Nous pouvons penser à la culture de la cruauté envers les films, en d‘autres termes, un cinéma de la cruauté ? Nous pouvons penser sur le sujet contemporain de cette culture? La réponse à ces trois questions est oui. L'idée de la pensée de la cruauté au cinéma est intervenue concomitamment à leurs expériences et élaborations de ce qu'il a appelé Théâtre de la cruauté. Les deux réflexions sont donnés concomitamment et de manière récursive. Plus que cela, toutes ses productions artistiques, dont la poésie et la peinture, ont été traversés par la notion de cruauté. Nous concluons que leurs élaborations sur un cinéma de la cruauté a eté interrompu au moment même que le développement technique a souligné la possibilité de sa réalisation. De plus, à l'enquête de son travail, nous pouvons voir que presque toute sa pensée a été préparé sous les images, de sorte que nous pouvons même parler d'une pensée cinématographique d‘Antonin Artaud. En conséquence, nous ne concevons pas sa théorie au septième art comme secondaire à leurs intérêts, comme le rapporte la plupart de ses commentateurs, mais absolument essentiel dans le développement de ses écrits, qui jusqu'à maintenant accumulé plus de deux mille pages. En outre, Artaud ne pense pas l'art pour l'art, mais seulement comme un dialogue fructueux et intensif avec l'homme et la culture. L‘art était l'instrument privilégié de proposer un diagnostic et une nouvelle façon de voir la société contemporaine. À travers le film il a imaginé la possibilité d'une reprise de forces éthico-esthétique-politiques perdus sous les décombres de la civilisation occidentale. L'établissement d'une nouvelle relation avec l'image, le sujet de la (post-) modernité pourrait sauver une puissance esthétique du corps et de la pensée que, réinterprété, agiraient envers eux-mêmes et le monde à réinventer.porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAISUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIAAntonin ArtaudCinema da crueldadeCorpoPensamentoCulturaPara um cinema da crueldade em Antonin Artaudinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALCinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdfCinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdfapplication/pdf2827009https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21150/1/CinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf5500a707565ea5b4a9ac51855029c594MD51TEXTFagnerTorresDeFranca_TESE.pdf.txtFagnerTorresDeFranca_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain590618https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21150/6/FagnerTorresDeFranca_TESE.pdf.txtda9af1dce32f9a70ce131cc3ccd05e2bMD56CinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf.txtCinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain590898https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21150/8/CinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf.txt40c20eab024ee59a7d95b3db4795dcf3MD58THUMBNAILFagnerTorresDeFranca_TESE.pdf.jpgFagnerTorresDeFranca_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2066https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21150/7/FagnerTorresDeFranca_TESE.pdf.jpg788e05d17d2ed7dcd9b6d9319365e66aMD57CinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf.jpgCinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1218https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21150/9/CinemaCrueldadeAntonin_Franca_2016.pdf.jpge6b5da95f5821433a3d1c7bc1fd1585fMD59123456789/211502019-05-26 02:45:54.417oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21150Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:45:54Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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