"O que vem da rua": cidade, patrimônio e pichação em Fortaleza nos anos 1990

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Jéssica Martins Guedes de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33344
Resumo: O presente trabalho se debruça sobre a pichação na cidade de Fortaleza, compreendendo os anos de 1990. A investigação se dedica não somente aos recados nos muros, mas também, explora a pichação pensando a relação entre sujeito, cidade, grupos e espacialidades. Desse modo, entendemos que a cidade não era somente o suporte em que eram feitas as pichações, mas elemento constituidor que pertencia à cidade. A pichação produzia, a partir de lugares já postos e definidos, uma outra forma de apropriação do espaço. Tendo assim, seus próprios lugares de socialização e memória dentro de uma cidade na qual estavam inseridos diversas propostas e formulação da cidade, sendo empreendida as políticas neoliberais na década de 1990. Faz parte desta investigação como os sujeitos operacionalizavam a sua prática enquanto grupo. Para esse fim, foram analisados seus discursos, ideias e ideais – por meio de entrevistas com pichadores da época – sobre o fazer do picho e o que significava a cidade para os pichadores. Procurando evidenciar o lastro histórico da pichação, é objeto da composição deste trabalho a percepção dos não-pichadores, moradores da cidade, sendo os periódicos fonte dessa interlocução. O jornal O Povo foi fonte para esta pesquisa, uma vez que o Caderno de Cidades propunha um diálogo com o cotidiano da cidade e seus leitores. Utilizamos também como metodologia neste trabalho a história oral, através das entrevistas com expichadores da cidade. Esta pesquisa aborda a pichação como uma ação política e produtora de espacialidades que evidenciavam uma forma de pertencimento e significação da cidade, sendo central o quanto a cidade não é somente pano de fundo dos acontecimentos, mas elemento central à prática dos seus sujeitos, que davam significado à cidade de diversas formas na apropriação dos espaços.
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Desse modo, entendemos que a cidade não era somente o suporte em que eram feitas as pichações, mas elemento constituidor que pertencia à cidade. A pichação produzia, a partir de lugares já postos e definidos, uma outra forma de apropriação do espaço. Tendo assim, seus próprios lugares de socialização e memória dentro de uma cidade na qual estavam inseridos diversas propostas e formulação da cidade, sendo empreendida as políticas neoliberais na década de 1990. Faz parte desta investigação como os sujeitos operacionalizavam a sua prática enquanto grupo. Para esse fim, foram analisados seus discursos, ideias e ideais – por meio de entrevistas com pichadores da época – sobre o fazer do picho e o que significava a cidade para os pichadores. Procurando evidenciar o lastro histórico da pichação, é objeto da composição deste trabalho a percepção dos não-pichadores, moradores da cidade, sendo os periódicos fonte dessa interlocução. O jornal O Povo foi fonte para esta pesquisa, uma vez que o Caderno de Cidades propunha um diálogo com o cotidiano da cidade e seus leitores. Utilizamos também como metodologia neste trabalho a história oral, através das entrevistas com expichadores da cidade. Esta pesquisa aborda a pichação como uma ação política e produtora de espacialidades que evidenciavam uma forma de pertencimento e significação da cidade, sendo central o quanto a cidade não é somente pano de fundo dos acontecimentos, mas elemento central à prática dos seus sujeitos, que davam significado à cidade de diversas formas na apropriação dos espaços.The following research analyses grafitti in Fortaleza city in the 1990s. The investigation dedicates itself not only to the notes on the walls, but also explores graffiti developing the relationship among subject, city, groups and specialities. Furthermore, we comprehend that the city was not only the support on which graffiti was executed, but as a constitutive element that belonged to the city. The graffiti produced, from already defined and posted location, another form of space appropriation. Thus, having their own places of socialization and memory within a city in which various proposals and formulation of the city were inserted, with neoliberal policies being undertaken in the 1990s. It is part of this investigation how the subjects operationalized their practice as a group. To this end, their speeches, ideas and ideals were analyzed - through interviews with graffiti artists of the time - about making graffiti and what the city meant for the graffiti artists.Seeking to highlight the historical background of graffiti, this work is composed of the perception of non-graffiters, city dwellers, and the periodicals are the source of this dialogue. The newspaper O Povo was one of the main sources for this research, as Caderno de Cidades proposed a dialogue with the daily life of the city and its readers. As methodology for this research we also used oral history, through interviews with ex graffiti artists of the city. This research approaches graffiti as a political action and producer of spatialities that evidenced a form of belonging and meaning of the city, being central to how the city is not only the backdrop of events, but a central element to the practice of its subjects, who gave meaning to the city in different ways in the appropriation of spaces.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIAUFRNBrasilCidade de FortalezaPichaçãoPichadoresPatrimônio"O que vem da rua": cidade, patrimônio e pichação em Fortaleza nos anos 1990info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALQuevemrua_Souza_2021.pdfapplication/pdf1607511https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/33344/1/Quevemrua_Souza_2021.pdf001ea5b439cfa9dba2f572bb519c572dMD51123456789/333442022-05-02 12:47:43.054oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/33344Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:47:43Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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