"Quem ama não mata": uma análise da cobertura sobre feminicídio no Portal G1 RN

• Autor(a) principal: Nascimento, Cecília Costa Medeiros do
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57008
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; Violações dos Direitos das Mulheres; Feminicídio; Cobertura Jornalística; Análise do Discurso

Esta monografia pretende realizar uma análise da cobertura jornalística de três casos de feminicídio, que ocorreram entre os anos de 2014 e 2016, para identificar se houve alteração em seu discurso após a Lei Nº 13.104/15 (Lei do Feminicídio) ter sido sancionada no Brasil. Além disso, a pesquisa discute os sentidos criados pela imprensa ao noticiar os feminicídios, a partir da construção social da imagem da mulher e das relações de poder. Para isso, a investigação foi iniciada a partir da discussão sobre os direitos humanos das mulheres, bem como a importância do movimento feminista para a criação de mecanismos para coibir as violações dos seus direitos e a violência contra a mulher. A fundamentação teórica para o estudo consiste em autores como Hunt (2009), Bobbio (2004), Pires (2006), Flores (2009), Foucault (1990), Chauí (2008), Traquina (2005), Wolf (1999) e Thurler (2017). Por meio da Análise do Discurso (AD) como método em pesquisa no campo do Jornalismo, foram analisadas três notícias publicadas no portal G1 RN, pertencente ao Grupo Globo, sobre os feminicídios denominados pela autora como o “Caso Iane Maria da Silva”, em 2014; o “Caso Chacina de Itajá”, de 2015; e o “Caso Anna Lívia”, em 2016. A partir dessa amostra, verificou-se que o discurso jornalístico relacionado ao feminicídio continuava semelhante, com a culpabilização das vítimas, a falta de contextualização sobre os assassinatos e, sobretudo, a não utilização do termo feminicídio nos textos jornalísticos de 2015 e 2016. Diante disso, encontrou-se nas coberturas de feminicídio formações discursivas com viés machista, reforçando estereótipos de gênero e revimitização das vítimas.