As redes de apoio ao trabalhador adoecido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45136 |
Resumo: | Os trabalhadores adoecidos recorrem as redes de apoio, como forma de enfrentamento no processo de produção de saúde, representadas por instâncias como: família, amigos(as), comunidade, grupos, profissionais e serviços de saúde, coletivos de trabalho e organizações sindicais e religiosas. O objetivo da pesquisa foi analisar o papel das redes de apoio no processo de produção de saúde e os modos de interações, ações e efeitos promovidos por estas. Com isso, buscamos compreender como se estabelece essa interação no processo de produção de saúde, principalmente em um cenário de grandes fragilidades afetivas, produzidas pela condição de adoecimento vinculada ao trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos participantes do estudo foram dez trabalhadores adoecidos(as) pelo trabalho. O critério de inclusão adotado foi a própria afirmação do trabalhador frente ao adoecimento e disponibilidade para o momento da entrevista, via videoconferência, utilizando-se de uma plataforma on-line. Durante a coleta, utilizamos da estratégia “bola de neve”, num período de julho a dezembro de 2020, incluindo algumas categorias de trabalho (engenheiro, bancário, professor, psicólogo, operador de telemarketing, técnico de TI). As entrevistas contemplaram os seguintes eixos temáticos: a) História de vida e processo de adoecimento do trabalhador; b) Análise, por parte do trabalhador, da importância e efeitos de cada ponto da rede de apoio sob a relação trabalho-saúde. Paralelo à entrevista houve a confecção de um diagrama das redes mobilizadas por cada trabalhador nesse processo de adoecimento, no qual as redes foram mensuradas através de setas de intensidade – ligação forte; distante ou conflituosa. As análises das entrevistas foram realizadas via núcleos de significação, os pré indicadores e indicadores foram articulados e sistematizados, constituindo os núcleos de significação: 1) O que há de deletério nas relações de trabalho; 2) as redes de apoio como linhas de cuidado à saúde; 3) a fragilidade da organização do trabalho: fios que não compõem as redes. Concluiu-se que, o que temos é um contexto de trabalho violento e adoecedor, conjugado a uma rede de apoio centrada nos laços sociais do sujeito. Sinaliza-se a importância da coletividade na recuperação da saúde, sobretudo, nas redes que compõem a esfera primária, como família e amigos(as), mediante a ausência de suporte do Estado e das empresas, configurando redes deficitárias. Os recursos do autocuidado mostraramse como práticas de cuidado prioritárias de atenção a si mesmo, mobilizadas pela maioria dos trabalhadores como forma autônoma da busca de sua recuperação aplicada em sua rotina. |
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O objetivo da pesquisa foi analisar o papel das redes de apoio no processo de produção de saúde e os modos de interações, ações e efeitos promovidos por estas. Com isso, buscamos compreender como se estabelece essa interação no processo de produção de saúde, principalmente em um cenário de grandes fragilidades afetivas, produzidas pela condição de adoecimento vinculada ao trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos participantes do estudo foram dez trabalhadores adoecidos(as) pelo trabalho. O critério de inclusão adotado foi a própria afirmação do trabalhador frente ao adoecimento e disponibilidade para o momento da entrevista, via videoconferência, utilizando-se de uma plataforma on-line. Durante a coleta, utilizamos da estratégia “bola de neve”, num período de julho a dezembro de 2020, incluindo algumas categorias de trabalho (engenheiro, bancário, professor, psicólogo, operador de telemarketing, técnico de TI). As entrevistas contemplaram os seguintes eixos temáticos: a) História de vida e processo de adoecimento do trabalhador; b) Análise, por parte do trabalhador, da importância e efeitos de cada ponto da rede de apoio sob a relação trabalho-saúde. Paralelo à entrevista houve a confecção de um diagrama das redes mobilizadas por cada trabalhador nesse processo de adoecimento, no qual as redes foram mensuradas através de setas de intensidade – ligação forte; distante ou conflituosa. As análises das entrevistas foram realizadas via núcleos de significação, os pré indicadores e indicadores foram articulados e sistematizados, constituindo os núcleos de significação: 1) O que há de deletério nas relações de trabalho; 2) as redes de apoio como linhas de cuidado à saúde; 3) a fragilidade da organização do trabalho: fios que não compõem as redes. Concluiu-se que, o que temos é um contexto de trabalho violento e adoecedor, conjugado a uma rede de apoio centrada nos laços sociais do sujeito. Sinaliza-se a importância da coletividade na recuperação da saúde, sobretudo, nas redes que compõem a esfera primária, como família e amigos(as), mediante a ausência de suporte do Estado e das empresas, configurando redes deficitárias. Os recursos do autocuidado mostraramse como práticas de cuidado prioritárias de atenção a si mesmo, mobilizadas pela maioria dos trabalhadores como forma autônoma da busca de sua recuperação aplicada em sua rotina.Workers sickened rely on support networks as a way of coping in the health production process, represented by instances such as family, friends, community groups, health professionals and services, work groups and union and religious organizations. The objective of the research was to analyze the role of networks in the health production process and ways of interactions, actions and effects promoted by them. With this, it is expected to understand how this interaction is established in the health production process, especially in a scenario of great affective weaknesses, produced by the condition of illness linked to work. It is a qualitative research, whose study participants were ten workers sick from work. The inclusion criterion was the very statement of the worker against the disease and availability for the time of the interview, via video conference, using an online platform. During the collection, we used the “snowball” strategy, from July to December 2020, including some job categories (engineer, bank, teacher, psychologist, telemarketing operator, IT technician). The interviews covered the following thematic axes: a) The worker's life history and illness process; b) Analysis, by the worker, of the importance and effects of each point of the support network on the work-health relationship. Parallel to the interview, a diagram of the networks mobilized by each worker was drawn up in this illness process, in which the networks were measured using intensity arrows – Strong connection; Distant or conflicted. The analyzes of the interviews were carried out via meaning cores, the pre-indicators and indicators were articulated and systematized, constituting the meaning cores: 1) What is harmful in work relations; 2) support networks as lines of health care; 3) the fragility of work organization: threads that do not make up the networks. It was concluded that what we have is a context of violent and sickening work, combined with a support network centered on the subject's social ties. The importance of the community in health recovery is highlighted, especially in the networks that make up the primary sphere, such as family and friends, through the absence of support from the State and companies, configuring deficit networks. Self-care resources were shown as self-care practices, mobilized by most workers as an autonomous way of seeking recovery, applied in their routine.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAUFRNBrasilRedes de apoioTrabalhadores adoecidosProcesso saúde-doençaAs redes de apoio ao trabalhador adoecidoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALRedesapoiotrabalhador_Rocha_2021.pdfapplication/pdf1449110https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45136/1/Redesapoiotrabalhador_Rocha_2021.pdf6435d4fd54f5ee6e2b356fb686e91febMD51123456789/451362022-05-02 12:56:18.097oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45136Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:56:18Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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