Estudo de argamassas de revestimento com incorporação de resíduo de pavimento asfáltico

• Autor(a) principal: Bezerra Neto, Arnaldo
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/40629
• topic: Argamassa; resíduo; pavimentação; agregado reciclado

A intensa demanda por infraestrutura urbana faz da construção civil uma das industrias que mais consomem recursos naturais no planeta, além de ser responsável por uma enorme geração de resíduos de construção e de demolição (RCD). Como exemplo, um dos tipos de rejeito mais comuns das obras civis são os originados da escavação de ruas e avenidas pavimentadas. Ademais, boa parte desses resíduos não possuem uma gestão sustentável, sendo corriqueiramente despejados em aterros sanitários, sem ter a devida análise de seu potencial para ser reutilizado como material de construção. Portanto, o referido trabalho pretende analisar a viabilidade da incorporação do resíduo de pavimento asfáltico (RPA) em substituição ao agregado natural em argamassas de revestimento, que são amplamente utilizadas e fazem uso de uma grande quantidade de areia como matéria-prima. Para isso, determinou-se a proporção de 1:3 (cimento : areia), com incorporação gradativa de RPA em substituição a areia em 20%, 40%, 60%, 80% e 100% em volume, tendo como base de comparação o traço de referência. A fim de uma avaliação completa acerca da utilização do RPA em argamassas, foram estudadas as propriedades da argamassa em seu estado fresco, tais como: determinação do índice de consistência, retenção de água, densidade de massa e teor de ar incorporado. Não obstante, também foi realizada a mensuração das propriedades do estado endurecido referentes à resistência mecânica, coeficiente de capilaridade, absorção de água, índice de vazios e densidade de massa aparente. Os resultados demonstraram que, para até 40% de incorporação do RPA, as performances relativas à trabalhabilidade foram muito satisfatórias, visto que foi possível produzir uma argamassa mais leve e com resistências mecânicas superiores ao traço de referencia. Logo, a incorporação de RPA em argamassas se mostrou satisfatória até 40%, propiciando ao resíduo uma gestão mais funcional e sustentável.