A influência da riqueza de espécies sobre a decomposição da serrapilheira em um projeto de restauração da caatinga

• Autor(a) principal: França, Niege Felix Caetano
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45683
• topic: Ciclagem de nutrientes; Decomposição; Restauração; Semiárido; Nutrient cycling; Decomposition; Restoration; Semi-arid

Vários estudos têm sido conduzidos na Caatinga tendo em vista o alto nível de degradação, fragmentação deste habitat e processo de desertificação. Ao implantarmos um experimento de restauração é de suma importância que se entenda os vários mecanismos que melhoram o crescimento e sobrevivência das espécies transplantadas, dentre eles, a ciclagem de nutrientes e fatores que influenciam e aumentam a velocidade desse processo. O estudo foi realizado em um experimento Restauração da Caatinga, de larga escala e longa duração, na Unidade de Conservação, na Floresta Nacional de Açu, Assu-RN, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio. Composto por 16 espécies arbóreas, nativas da Caatinga, 155 parcelas de 104 m² (8 x 13 m), comunidades com 32 indivíduos e cinco níveis de riqueza: monoculturas, combinações de 02, 04, 08 e 16 espécies, além de parcelas controle. Fazendo parte de uma rede mundial, denominada TreeDiv (http://www.treedivnet.ugent.be/), que em conjunto com outros 27 experimentos implementados em mais de 20 países que testam o efeito da diversidade de espécies nativas sobre o funcionamento de florestas plantadas. Desse modo, nosso objetivo é avaliar o efeito da riqueza sobre a decomposição da serrapilheira, nas estações seca e chuvosa. Desse modo testar, se: (I) A riqueza de espécies arbóreas influencia o processo de decomposição da serrapilheira no experimento? (II) A composição de espécies que compõem as parcelas do experimento influencia o processo de decomposição da serrapilheira? (III) Esses efeitos diferem entre a estação seca e chuvosa? Para isso, implantamos litterbags contendo detritos em três níveis de labilidade (folhas de Amburana cearensis, mais lábil; folhas de Combretum leprosum, intermediário; e palito de pinus, mais recalcitrante) em todas as 155 parcelas. A implantação dos litterbags foi realizada durante as estações seca e chuvosa. Os resultados indicaram que não a fotodegradação, mas a estação chuvosa possui maior efeito sobre a decomposição da serrapilheira. A estação chuvosa mostrou-se significativa em todos as análises, fatores como precipitação, temperatura e umidade estariam, desse modo, contribuindo com a aceleração da velocidade desse processo na ciclagem de nutrientes e melhor aproveitamento destes, na nutrição do solo melhorando as condições de crescimento e sobrevivências das espécies do experimento.