Prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina em pacientes HIV positivo atendidos em um Hospital de referência na cidade do Natal-RN
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25524 |
Resumo: | A espécie bacteriana Staphylococcus aureus é considerada um dos mais importantes patógenos humanos. Uma característica notável dessa espécie é a capacidade de adquirir resistência aos antibióticos, sendo a resistência à meticilina uma das mais significativas. Estudos recentes têm mostrado a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em certos grupos da população, tais como os pacientes HIV positivos, nos quais foi observado maiores riscos de infecções por esta linhagem. O objetivo deste estudo é determinar a prevalência de MRSA colonizando pacientes HIV positivos atendidos em um hospital de referência em doença infecciosas, na cidade do Natal-RN, Brasil. Para tanto, todos os pacientes HIV positivos em tratamento, no hospital selecionado para o estudo, foram convidados a participar da pesquisa e solicitado à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Realizou-se um estudo transversal e descritivo, em que as amostras biológicas dos participantes foram obtidas através de swabs nasais. Os espécimes obtidos foram semeados no meio de cultivo ágar manitol salgado para o isolamento de S. aureus. As colônias sugestivas dessa espécie foram submetidas a testes laboratoriais de identificação como coloração de Gram, susceptibilidade à bacitracina e as provas da catalase e coagulase livre. A identificação de MRSA foi realizada através da técnica de disco-difusão, utilizando como marcador, o disco de cefoxitina, conforme recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) 2017. A mesma técnica foi utilizada para avaliar a susceptibilidade a outros antimicrobianos. Foi realizada ainda a detecção dos genes mecA e lukF através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). As informações relativas à condição clínica dos participantes foram obtidas mediante entrevista, realizada por meio de um questionário contendo 16 perguntas. Dos 400 pacientes que participaram do estudo, 129 (32,2%) estavam colonizados por S. aureus. Destes, nove (2,2%) eram MRSA, confirmados pela presença do gene mecA. Quanto ao gene lukF, apenas cinco abrigavam esse gene. A maioria dos MRSA apresentou sensibilidade à maioria dos antibióticos testados. No entanto, três amostras apresentaram resistência a mais de duas classes dos antimicrobianos. Não foi encontrada nenhuma associação entre a colonização por S. aureus, incluindo a linhagem MRSA e os fatores relacionados aos indivíduos estudados. Contudo, a presença da linhagem MRSA, reconhecida pela sua virulência e facilidade em adquirir mecanismos de resistência aos antimicrobianos, colonizando pacientes que apresenta maior vulnerabilidade a infecções pode representar um fator de risco para esse segmento da população. |
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Djaló, Rafindrade Ganilson FerreiraFernandes, José VerissimoOliveira, Cláudio Bruno Silva deMelo, Maria Celeste Nunes de2018-07-09T11:31:02Z2018-07-09T11:31:02Z2018-04-25DJALÓ, Rafindrade Ganilson Ferreira. Prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina em pacientes HIV positivo atendidos em um Hospital de referência na cidade do Natal-RN. 2018. 60f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25524A espécie bacteriana Staphylococcus aureus é considerada um dos mais importantes patógenos humanos. Uma característica notável dessa espécie é a capacidade de adquirir resistência aos antibióticos, sendo a resistência à meticilina uma das mais significativas. Estudos recentes têm mostrado a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em certos grupos da população, tais como os pacientes HIV positivos, nos quais foi observado maiores riscos de infecções por esta linhagem. O objetivo deste estudo é determinar a prevalência de MRSA colonizando pacientes HIV positivos atendidos em um hospital de referência em doença infecciosas, na cidade do Natal-RN, Brasil. Para tanto, todos os pacientes HIV positivos em tratamento, no hospital selecionado para o estudo, foram convidados a participar da pesquisa e solicitado à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Realizou-se um estudo transversal e descritivo, em que as amostras biológicas dos participantes foram obtidas através de swabs nasais. Os espécimes obtidos foram semeados no meio de cultivo ágar manitol salgado para o isolamento de S. aureus. As colônias sugestivas dessa espécie foram submetidas a testes laboratoriais de identificação como coloração de Gram, susceptibilidade à bacitracina e as provas da catalase e coagulase livre. A identificação de MRSA foi realizada através da técnica de disco-difusão, utilizando como marcador, o disco de cefoxitina, conforme recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) 2017. A mesma técnica foi utilizada para avaliar a susceptibilidade a outros antimicrobianos. Foi realizada ainda a detecção dos genes mecA e lukF através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). As informações relativas à condição clínica dos participantes foram obtidas mediante entrevista, realizada por meio de um questionário contendo 16 perguntas. Dos 400 pacientes que participaram do estudo, 129 (32,2%) estavam colonizados por S. aureus. Destes, nove (2,2%) eram MRSA, confirmados pela presença do gene mecA. Quanto ao gene lukF, apenas cinco abrigavam esse gene. A maioria dos MRSA apresentou sensibilidade à maioria dos antibióticos testados. No entanto, três amostras apresentaram resistência a mais de duas classes dos antimicrobianos. Não foi encontrada nenhuma associação entre a colonização por S. aureus, incluindo a linhagem MRSA e os fatores relacionados aos indivíduos estudados. Contudo, a presença da linhagem MRSA, reconhecida pela sua virulência e facilidade em adquirir mecanismos de resistência aos antimicrobianos, colonizando pacientes que apresenta maior vulnerabilidade a infecções pode representar um fator de risco para esse segmento da população.The bacterial species Staphylococcus aureus is considered one of the most important human pathogens. And, a notable feature of this species is the ability to acquire resistance to antibiotics, with methicillin resistance being one of the most significant. Recent studies have shown the presence of methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) in certain population groups, such as HIV-positive patients, in whom increased risk of infection by this strain has been observed. The objective of the study is to determine the prevalence of MRSA colonizing HIV positive patients treated at a referral hospital in the city of Natal-RN and to relate the presence of MRSA with factors associated with the clinical condition of the individuals. To that end, all HIV-positive patients being treated at the hospital selected for the study were invited to participate in the study and asked to be enrolled in the ICF. A crosssectional and descriptive study was carried out, in which the biological samples of the participants were obtained through nasal swabs. These were seeded in the salted mannitol agar medium for the isolation of S. aureus. The colonies suggestive of this species were submitted to laboratory tests of identification as Gram staining, susceptibility to bacitracin and the tests of catalase and free coagulase. The identification of the S. aureus strain resistant to methicillin (MRSA) was performed using the disk-diffusion technique, using as a marker the cefoxitin disc as recommended by the CLSI 2017. The same technique was used to evaluate the susceptibility to other antimicrobials. Detection of mecA and lukF genes through Polymerase Chain Reaction (PCR) was also performed. The information regarding the clinical condition of the participants was obtained through an interview, consisting of 16 questions. Of the 400 patients who participated in the study, 129 (32.2%) were colonized by S. aureus. Of these, nine (2.2%) were MRSA, confirmed by the presence of the mecA gene. As for the lukF gene, only five harbored this gene. Most MRSA showed sensitivity to most of the antibiotics tested. However, three samples showed resistance to more than two classes of antimicrobials. No association was found between S. aureus colonization, including the MRSA lineage and the factors related to the individuals studied. However, the presence of MRSA lineage, recognized for its virulence and ease in acquiring mechanisms of antimicrobial resistance, colonizing patients that presents greater vulnerability to infections may represent a risk factor for this segment of the population.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASMRSAHIVGene mecAGene lukFEpidemiologiaPrevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina em pacientes HIV positivo atendidos em um Hospital de referência na cidade do Natal-RNinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICASUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPrevalênciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdfapplication/pdf1734967https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25524/1/Preval%c3%aanciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf355949c038a136de532d9f3302a68ed8MD51TEXTRafindradeGanilsonFerreiraDjalo_DISSERT.pdf.txtRafindradeGanilsonFerreiraDjalo_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain97127https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25524/2/RafindradeGanilsonFerreiraDjalo_DISSERT.pdf.txta42c49c61ecdd520ebb8d20fb65c995aMD52PrevalênciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf.txtPrevalênciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain97127https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25524/4/Preval%c3%aanciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf.txta42c49c61ecdd520ebb8d20fb65c995aMD54THUMBNAILRafindradeGanilsonFerreiraDjalo_DISSERT.pdf.jpgRafindradeGanilsonFerreiraDjalo_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1863https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25524/3/RafindradeGanilsonFerreiraDjalo_DISSERT.pdf.jpg30c7b463a867f145a3966b52cc592b0aMD53PrevalênciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf.jpgPrevalênciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1863https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25524/5/Preval%c3%aanciaStaphylococcusAureus_Djalo_2018.pdf.jpg30c7b463a867f145a3966b52cc592b0aMD55123456789/255242019-02-07 01:51:21.64oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/25524Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-02-07T04:51:21Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A espécie bacteriana Staphylococcus aureus é considerada um dos mais importantes patógenos humanos. Uma característica notável dessa espécie é a capacidade de adquirir resistência aos antibióticos, sendo a resistência à meticilina uma das mais significativas. Estudos recentes têm mostrado a presença de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em certos grupos da população, tais como os pacientes HIV positivos, nos quais foi observado maiores riscos de infecções por esta linhagem. O objetivo deste estudo é determinar a prevalência de MRSA colonizando pacientes HIV positivos atendidos em um hospital de referência em doença infecciosas, na cidade do Natal-RN, Brasil. Para tanto, todos os pacientes HIV positivos em tratamento, no hospital selecionado para o estudo, foram convidados a participar da pesquisa e solicitado à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Realizou-se um estudo transversal e descritivo, em que as amostras biológicas dos participantes foram obtidas através de swabs nasais. Os espécimes obtidos foram semeados no meio de cultivo ágar manitol salgado para o isolamento de S. aureus. As colônias sugestivas dessa espécie foram submetidas a testes laboratoriais de identificação como coloração de Gram, susceptibilidade à bacitracina e as provas da catalase e coagulase livre. A identificação de MRSA foi realizada através da técnica de disco-difusão, utilizando como marcador, o disco de cefoxitina, conforme recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) 2017. A mesma técnica foi utilizada para avaliar a susceptibilidade a outros antimicrobianos. Foi realizada ainda a detecção dos genes mecA e lukF através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). As informações relativas à condição clínica dos participantes foram obtidas mediante entrevista, realizada por meio de um questionário contendo 16 perguntas. Dos 400 pacientes que participaram do estudo, 129 (32,2%) estavam colonizados por S. aureus. Destes, nove (2,2%) eram MRSA, confirmados pela presença do gene mecA. Quanto ao gene lukF, apenas cinco abrigavam esse gene. A maioria dos MRSA apresentou sensibilidade à maioria dos antibióticos testados. No entanto, três amostras apresentaram resistência a mais de duas classes dos antimicrobianos. Não foi encontrada nenhuma associação entre a colonização por S. aureus, incluindo a linhagem MRSA e os fatores relacionados aos indivíduos estudados. Contudo, a presença da linhagem MRSA, reconhecida pela sua virulência e facilidade em adquirir mecanismos de resistência aos antimicrobianos, colonizando pacientes que apresenta maior vulnerabilidade a infecções pode representar um fator de risco para esse segmento da população. |
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