Análise da evolução dos pacientes diagnosticados com câncer de boca no serviço de estomatologia da universidade federal do rio grande do norte nos últimos 10 anos: estudo retrospectivo

• Autor(a) principal: Ferreira, Brenda Nayara Carlos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50496
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA; Neoplasias de cabeça e pescoço; Head and neck neoplasms; Neoplasias bucais; Mouth neoplasms; Carcinoma de células escamosas; Aquamous cell carcinoma; Diagnóstico precoce; Early diagnosis; Prognóstico; Prognosis

Introdução: O Câncer de boca constitui um problema de saúde púbica e exibe ainda altas taxas de mortalidade, principalmente, devido ao diagnóstico tardio. Objetivo: Avaliar o desfecho clínico dos pacientes diagnosticados com câncer oral no serviço de estomatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e encaminhados à Liga Norte Riograndense Contra o Câncer entre os anos de 2010 a 2019. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal no qual a partir da análise de dados contidos nos livros de registro do Serviço de Estomatologia do Departamento de Odontologia da UFRN, foram localizados todos os diagnósticos clínicos de câncer oral encaminhados à Liga Norteriograndense Contra o Câncer, onde foi possível fazer a segunda coleta de dados. A análise estatística foi feita com o auxílio do programa estatístico SPSS (StatisticalPackage for the Social Sciences). Resultados: Foram diagnosticados 159 pacientes com neoplasias malignas no serviço e período da pesquisa, representando 3,5% dos casos. Destes, 68 (42,7%) foram tratados na Liga Contra o câncer. O tipo de câncer oral mais frequente foi o CCEO (70%), principalmente em pacientes do sexo masculino (60,3%), feodermas (39,7%), tabagistas (93,4 %) com média de idade de 63,9 anos, localizados principalmente na língua (30.9%). Após o diagnóstico, os pacientes levaram uma média de 41,4 ± 35,2 dias para dar início ao tratamento, em sua maioria pelo sistema público de saúde. Ao iniciar o tratamento, a maioria dos pacientes exibiu a lesão em estágio tardio (III e IV) e o óbito foi o desfecho clínico em 54,4% dos casos. O tempo médio de acompanhamento clínico foi de 35,7 ± 31 meses e a recorrência foi evidenciada em 36,5% dos casos. Conclusão: Os resultados dessa pesquisa demonstraram ainda altas taxas de mortalidade e recorrência nos pacientes portadores de CCEO, fato que reforça a necessidade constante do rastreamento desta doença na atenção básica e campanhas de conscientização da população em relação a essa doença.