Atividade anticoagulante in vitro de galactanas sulfatadas obtidas da alga verde Udota flabellum (J.Ellis & Solander) M.Howe

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Maxsuell Lucas Mendes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26823
Resumo: O principal fármaco anticoagulante conhecido é o polissacarídeo sulfatado conhecido como heparina. No entanto, o uso contínuo da heparina pode causar efeitos colaterais, como o desenvolvimento de trombocitopenia, embolia arterial e complicações hemorrágicas. Portanto, há uma busca por novos anticoagulantes que tenham menos efeitos colaterais do que a heparina. Muitas algas sintetizam polissacarídeos sulfatados com atividade anticoagulante. Por isso, neste trabalho, extratos ricos em polissacarídeos sulfatados, e que ainda não foram avaliados como anticoagulantes, foram obtidos de 22 algas tropicais (4 vermelhas, 11 marrons e 7 verdes) encontradas no nordeste do Brasil e avaliadas como agentes anticoagulantes. Quinze extratos apresentaram atividade anticoagulante, incluindo todos os extratos de algas verdes. O extrato da alga verde Udotea flabellum foi o mais potente, necessitando apenas de 3 µg para dobrar o tempo de coagulação plasmática no teste do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA). Resultado semelhante foi obtido com 1 µg de heparina. Duas homogalactanas sulfatadas denominadas de F-I (130 kDa) e F-II (75 kDa) com alta atividade anticoagulante foram obtidos a partir deste extrato com o uso de diferentes etapas de purificação bioguiadas. Suas atividades anticoagulantes estavam próximas às da heparina. F-I e F-II (0,5-10 µg/mL) não foram capazes de inibir diretamente a trombina. Porém, na presença de antitrombina, a F-I (0,5 μg/mL) foi mais eficaz que a heparina (0,5 μg/mL) na inibição da trombina, enquanto a F-II apresentou efeitos similares à heparina. Em conjunto, os resultados fornecem fortes evidências para o potencial anticoagulante dos homogalactanas sulfatados de U. flabellum.
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Por isso, neste trabalho, extratos ricos em polissacarídeos sulfatados, e que ainda não foram avaliados como anticoagulantes, foram obtidos de 22 algas tropicais (4 vermelhas, 11 marrons e 7 verdes) encontradas no nordeste do Brasil e avaliadas como agentes anticoagulantes. Quinze extratos apresentaram atividade anticoagulante, incluindo todos os extratos de algas verdes. O extrato da alga verde Udotea flabellum foi o mais potente, necessitando apenas de 3 µg para dobrar o tempo de coagulação plasmática no teste do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA). Resultado semelhante foi obtido com 1 µg de heparina. Duas homogalactanas sulfatadas denominadas de F-I (130 kDa) e F-II (75 kDa) com alta atividade anticoagulante foram obtidos a partir deste extrato com o uso de diferentes etapas de purificação bioguiadas. Suas atividades anticoagulantes estavam próximas às da heparina. F-I e F-II (0,5-10 µg/mL) não foram capazes de inibir diretamente a trombina. Porém, na presença de antitrombina, a F-I (0,5 μg/mL) foi mais eficaz que a heparina (0,5 μg/mL) na inibição da trombina, enquanto a F-II apresentou efeitos similares à heparina. Em conjunto, os resultados fornecem fortes evidências para o potencial anticoagulante dos homogalactanas sulfatados de U. flabellum.The main known anticoagulant drug is the sulfated polysaccharide named heparin. However, the use of heparin can cause side effects such as the development of thrombocytopenia, arterial embolism, bleeding complications. Therefore, new anticoagulants that have fewer side effects than heparin are being sought. Many seaweeds are known to synthesize sulfated polysaccharides with anticoagulant activity. Therefore, in this paper, sulfated polysaccharide-rich extracts were obtained from 22 tropical seaweeds (4 red, 11 brown, and 7 green) found in northeastern Brazil and evaluated as anticoagulant agents. Fifteen extracts had anticoagulant activity, including all extracts of green seaweeds. Udotea flabellum extract was the most potent, requiring only 3 µg to double the plasma coagulation time in the activated partial thromboplastin time (APTT) test. A similar result was obtained with 1 µg of heparin. Two sulfated homogalactans F-I (130 kDa) and F-II (75 kDa) with high anticoagulant activity were obtained from this extract using several bio-guided purification steps. Their anticoagulant activities were close to that of heparin. F-I and F-II (0.5–10 μg/mL) were not able to directly inhibit thrombin. In the presence of antithrombin, F-I (0.5 μg/mL) was more effective than heparin (0.5 μg/mL) in inhibiting thrombin, while F-II showed similar effects as heparin. Taken together, the results provide strong evidence for the anticoagulant potential of sulfated homogalactans from U. flabellum.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CNPQ::CIENCIAS DA SAUDEAlgas marinhas tropicaisPolissacarídeos sulfatadosAnti-IIaAtividade anticoagulante in vitro de galactanas sulfatadas obtidas da alga verde Udota flabellum (J.Ellis & Solander) M.Howeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDEUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTAtividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdf.txtAtividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain69405https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26823/2/Atividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdf.txt1677d2a84cbc625fa024237e249d7cedMD52THUMBNAILAtividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdf.jpgAtividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1206https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26823/3/Atividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdf.jpg1d3aaa04ec73ec4e860bcfb424100693MD53ORIGINALAtividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdfapplication/pdf1025581https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26823/1/Atividadeanticoagulantein_Marques_2018.pdfe628299c259003e2891bfd35d3f6c091MD51123456789/268232019-05-26 03:17:02.276oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26823Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T06:17:02Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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