Focos de incêndios na área da caatinga no estado do Rio Grande do Norte

• Autor(a) principal: Silva, Mikaela Mirelly Sales da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49198
• topic: Caatinga; Incêndio florestal; Aerogeradores; Mapeamento; Caatinga; Forest fire; Wind turbines; Mapping

O Nordeste brasileiro tem a maior parte do seu território com predominância do bioma Caatinga, esse ecossistema tem uma grande importância no sentido biológico pois contém espécies endêmicas. Essa região tão rica e abundante de biodiversidade e endemismo vem sofrendo bastante há anos com a interferência antrópica. A Caatinga é o terceiro bioma mais degradado do Brasil, perdendo apenas para a Floresta Atlântica e o Cerrado. A Caatinga está em 4º lugar entre as áreas mais afetadas pelo fogo, segundo os dados de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O adensamento populacional e a instalação de parques eólicos podem comprometer o equilíbrio ecossistêmico da região uma vez que facilitam a degradação da vegetação e do solo pela diminuição da cobertura vegetal, do aumento de processos erosivos e da ocorrência de incêndios florestais que levam à deterioração de propriedades físicas, químicas e biológicas dos habitats. O presente trabalho tem o objetivo de analisar como a implantação de parques eólicos influencia a ocorrência de incêndios florestais na área da Caatinga no Estado do Rio Grande do Norte. Utilizamos diferentes fontes de dados espaciais para a realização deste trabalho. As bases de localização dos aerogeradores e o início do ano de operação foram obtidas diretamente no site da ANEEL em formato de tabela *.xls. Como cada aerogerador tinha suas coordenadas espaciais, esta tabela foi convertida em um arquivo vetorial de pontos no formato shapefile. Os arquivos sobre quantidade de área queimada foram obtidos a partir da coleção 1.0 do Mapbiomas Fire na plataforma Google Earth Engine (GEE). Usamos dados das áreas queimadas no período de 1995 a 2020. A média de porcentagem de área queimada nas imediações dos aerogeradores é baixa, sempre inferior a 1%, considerando os dois momentos de tempo analisados, sendo que no geral não houve diferença na comparação geral (t=0,320; p=0,750) e nem nas comparações entre as regiões eólicas. Não conseguimos identificar um efeito significativo sobre o aumento da porcentagem de área queimada após implementação de um aerogerador. A mesma quantidade de incêndios que ocorriam na área antes de ter o aerogerador continua tendo depois, mostrando que não existe um efeito significativo da implantação de aerogeradores que causem um aumento na área de queimadas.