Memórias de formação docente: reflexões de uma pedagoga sobre a educação do campo

• Autor(a) principal: Pinheiro, Iasmim Tereza Silva de Oliveira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50124
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; Memorial; Memorial; Educação do Campo; Field Education; Formação em pedagogia; Pedagogy training

Esse memorial formativo tem como ideia principal rememorar os projetos e experiências vivenciadas durante a minha formação que promoveram um contato primordial com a modalidade Educação do Campo e refletir sobre a importância dessas vivências para a formação em Pedagogia. O primeiro deles foi o projeto de extensão Trilhas Potiguares, em seguida o projeto de pesquisa intitulado “Letramentos na Educação do Campo” orientado pela professora Vânia Aparecida Costa e já nos momentos quase finais da minha graduação tive a experiência de estagiar no Núcleo de Educação do Campo e diversidade - NECAD/SEEC. Sendo assim, após as experiências descritas, e a minha inquietação pelo fato do pouco contato que tive com a modalidade dentro das disciplinas ofertadas na grade curricular, surge essa discussão, que busca refletir sobre a importância da aproximação das (os) pedagogas (os) em formação com a Educação do Campo. A partir das minhas memórias de formação e baseado nas referências Arroyo et al (2004), Arroyo (2015), Brandão (1980) Caldart (2003 e 2009), Caldart et al (2012), Ribeiro (2015), dentre outras, busco refletir sobre o movimento que a Educação do campo proporciona na educação, expondo assim como é crucial que todas (os) as (os) pedagogas (os) tenham esse contato para o seu crescimento profissional, social e pessoal. Posto isso, este memorial se pauta na crítica construtiva que busca proporcionar a vivência em outros contextos como o do Campo, para que a formação da (o) Pedagoga (o) não se paute em uma visão urbanocêntrica. Portanto, o estudo me levou a pensar que o nosso constante processo de aprendizagem precisa sempre estar aberto para novos saberes, novas culturas e novos modos de se fazer educação. A luta pelas conquistas da Educação do Campo continua, precisamos também compreender a relação muito forte dos movimentos sociais com as formas que essa educação é construída e o que temos a aprender com eles. Se eu conseguir que um graduando reflita sobre os pontos abordados, enxergue a Educação do Campo como lugar de movimento, construção de novos saberes e continue essa luta, o meu intuito com esse memorial poderá prosseguir, e é isso que os sujeitos do campo precisam, de pessoas que enxerguem a sua luta, as suas pedagogias, os seus saberes e lutem em conjunto com eles pelos seus direitos demonstrando a sua importância e afirmando que o seu fazer pedagógico precisa e deve estar presente no processo de formação contínuo de cada pedagoga(o). Portanto, para refletirmos sobre a temática pautada no início, apresento o seguinte questionamento: é possível afirmar que as (os) pedagogas (os) em formação estão tendo o contato suficiente dentro da sala de aula na sua formação inicial com as modalidades existentes na educação? Será que mesmo com o contato com a Educação do Campo sendo mínimo no ensino, eles conseguem refletir sobre a sua dimensão e importância? Neste memorial gostaria de demonstrar que o contato com a modalidade no Ensino, na Pesquisa e na Extensão acrescentaram fortemente para a minha compreensão sobre a Educação do Campo.