Análise ecotoxicológica da água em duas estações na Barra de Cunhaú utilizando como organismo teste o Mysidopsis juniae (Misidacea - Crustacea)

• Autor(a) principal: Villarim, Anna Luiza Seabra Carvalho
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47268
• topic: Ecotoxicologia; Testes crônicos; Mysidopsis juniae; Barra de Cunhaú; Agentes tóxicos; Ecotoxicology; Mysidopsis juniae; Barra de Cunhaú; Chronic tests; Toxic agents

As análises ecotoxicológicas são indispensáveis para expor os níveis de poluentes encontrados em um ambiente. Através delas é possível fazer um parâmetro das implicações causadas por substâncias tóxicas na biota aquática. Este projeto consiste em descobrir, por meio de ensaios ecotoxicológicos, o grau de contaminação por agentes poluidores em duas estações na Barra do Cunhaú/RN. A importância da realização deste projeto se deve por esta área abrigar um extenso manguezal; que funciona com berçário de inúmeras espécies de organismos aquáticos, entre as quais algumas de valor econômico como peixes, crustáceos e moluscos, além disso, a praia é um espaço turístico com grande presença humana, por isso é necessário tomar conhecimento se há alguma forte presença poluidora nesta região que possa afetar além da biodiversidade de organismos aquáticos, a saúde dos turistas e da população local. As coletas baseadas na norma ABNT NBR 15308:2005, foram realizadas mensalmente no período de dezembro de 2013 a abril de 2014, em dois pontos, sendo um na praia, sob influência dos efluentes de um laboratório de larvicultura de camarão e o outro, próximo a um atracadouro de embarcações turísticas no estuário. Os testes de toxicidade crônica utilizando o Mysidopsis juniae foram adaptados das normas da USEPA (2002). A escolha deste tipo de ensaio se deve porque este tem a capacidade de detectar as sensíveis variações de contaminantes químicos no ambiente em estudo, o que pode refletir na maturação sexual dos Misidáceos (M. juniae). Os parâmetros analisados nas amostras coletadas foram: mortalidade e fecundidade. Os resultados indicam que as amostras ambientais coletadas de Dezembro de 2013 à Abril de 2014 tiveram, de modo geral, a qualidade das amostras estando no limite considerado aceitável ao seu uso. Embora podemos encontrar alguns efeitos negativos sobre a sobrevivência e maturação dos organismos expostos, especificamente, no mês de Março, onde obteve-se uma alta taxa de mortalidade dos organismos- teste; o que nos faz conjecturar a presença de agentes tóxicos durante esse período.