Dupla punição: mulheres encarceradas por delito de tráfico de drogas
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/36605 |
Resumo: | O aumento vertiginoso de mulheres em privação de liberdade no Brasil ocorre principalmente em decorrência das práticas de ações relacionadas ao tráfico de drogas ilícitas, pois se constitui em um mercado atrativo e rentável. Neste viés, a presente monografia pretende estudar as mulheres encarceradas por transgredir a lei antidrogas brasileira, analisando de que forma a política de drogas em vigor no Brasil, contribui para um encarceramento massivo e desregrado, principalmente de mulheres. Ademais, foi traçado um perfil das mulheres em situação de privação de liberdade na cadeia pública da cidade de Natal/RN, fornecidos por órgãos responsáveis pela a administração penitenciária do Estado. Por conseguinte, também é explanado o papel de subalternidade conferido a mulher, na sociedade machista e patriarcal, na qual não é permitido que pessoas do sexo feminino, consideradas como seres dóceis e frágeis cometam infrações penais. A partir desse papel de inferioridade alçado as mulheres historicamente, temos que a criminalidade feminina não é tão evidente se comparado com a criminalidade masculina. Essa invisibilidade da transgressão feminina acarreta diversos problemas que culminam com uma verdadeira negação de direitos nas instituições de privação de liberdade destinadas a reclusão de mulheres. Deste modo, com a desigualdade conferida à mulher historicamente evidencia-se que as mesmas sofrem uma dupla punição, ao transgredir uma norma penal, ou seja, ocorre uma punição penal e outra social. |
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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social), Departamento de Serviço Social, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/36605Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilServiço socialQuestão socialMulheres encarceradasRelações de gêneroTráfico de drogasCriminalidadeDupla punição: mulheres encarceradas por delito de tráfico de drogasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisO aumento vertiginoso de mulheres em privação de liberdade no Brasil ocorre principalmente em decorrência das práticas de ações relacionadas ao tráfico de drogas ilícitas, pois se constitui em um mercado atrativo e rentável. Neste viés, a presente monografia pretende estudar as mulheres encarceradas por transgredir a lei antidrogas brasileira, analisando de que forma a política de drogas em vigor no Brasil, contribui para um encarceramento massivo e desregrado, principalmente de mulheres. Ademais, foi traçado um perfil das mulheres em situação de privação de liberdade na cadeia pública da cidade de Natal/RN, fornecidos por órgãos responsáveis pela a administração penitenciária do Estado. Por conseguinte, também é explanado o papel de subalternidade conferido a mulher, na sociedade machista e patriarcal, na qual não é permitido que pessoas do sexo feminino, consideradas como seres dóceis e frágeis cometam infrações penais. A partir desse papel de inferioridade alçado as mulheres historicamente, temos que a criminalidade feminina não é tão evidente se comparado com a criminalidade masculina. Essa invisibilidade da transgressão feminina acarreta diversos problemas que culminam com uma verdadeira negação de direitos nas instituições de privação de liberdade destinadas a reclusão de mulheres. Deste modo, com a desigualdade conferida à mulher historicamente evidencia-se que as mesmas sofrem uma dupla punição, ao transgredir uma norma penal, ou seja, ocorre uma punição penal e outra social.porreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDupla punição_Silva_2015.pdfapplication/pdf996534https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/36605/1/Dupla%20puni%c3%a7%c3%a3o_Silva_2015.pdf978a74b001616988ac02e2c5376f4b43MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/36605/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTDupla punição_Silva_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain218294https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/36605/3/Dupla%20puni%c3%a7%c3%a3o_Silva_2015.pdf.txt2d56aad87d170baf801ef0b8f10e6f15MD53123456789/366052021-09-20 15:47:24.344oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/36605Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-09-20T18:47:24Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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