Peçonhas de serpentes do gênero Bothrops como potencial fonte de fármacos que atuam na hemostasia sanguínea
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/56370 |
Resumo: | A serpente é considerada uma figura misteriosa em várias culturas e sua peçonha tem uma longa história de uso na Farmacologia. Nas últimas décadas, a ciência tem investigado as propriedades desse material biológico a fim de encontrar moléculas promissoras para uso terapêutico. As serpentes do gênero Bothrops são uma das mais estudadas nesse sentido devido a sua importância médica. Em casos de envenenamento, sua peçonha pode causar efeitos locais e sistêmicos, entre eles, distúrbios hemostáticos que levam a incoagulabilidade sanguínea e sangramento. No entanto, os componentes bioativos presentes na peçonha destes animais podem ser úteis como agentes terapêuticos. Posto isto, foi realizada uma revisão da literatura, baseada nas recomendações PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises), por artigos que avaliaram a atividade biológica de toxinas isoladas de espécies botrópicas com potencial clínico na hemostasia. A busca aconteceu nas bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e SciELO, a partir dos descritores cadastrados no sistema MeSH, sendo eles “Bothrops”, “Therapeutic Uses”, “Drug Effect”, “Hemostasis” e “Coagulation”. Por meio dessa estratégia de busca, foram levantados 508 artigos científicos, dos quais 90 atenderam ao critério de inclusão, demonstrando experimentalmente efeitos hemostáticos dos constituintes tóxicos presentes na peçonha botrópica. Foram excluídos aqueles que: não englobaram o tema; não eram experimentais; eram muito abrangentes - ao não abordar potencial terapêutico, direcionar para as toxinas como inibidores em terapias antiofídicas ou focar apenas na fisiopatologia do envenenamento, por exemplo; ser inconclusivos ao não indicar com clareza se era realmente a toxina isolada que realiza determinada atividade; e não apresentavam material disponível. O compilado apresentou cerca de 74 moléculas dentro das classes de fosfolipases A2 (PLA2), metaloproteases (SVMPs), serinoproteases (SVSPs), L-aminoácido oxidases (LAAOs), desintegrinas e proteínas do tipo C (CTLs). Os achados evidenciaram o vasto potencial de componentes de peçonhas de serpentes do gênero Bothrops para o desenvolvimento de novos fármacos. Diferentes componentes na peçonha revelaram efeitos hemostáticos, atuando em diferentes fases da hemostasia, como agentes anticoagulantes, antiagregrantes, trombolíticos ou indutores da coagulação. Porém, a discussão mais importante nessa situação é a conversão dessas substâncias em medicamentos viáveis clinicamente, existindo uma disparidade entre estudos toxinológicos apontando o potencial terapêutico de peçonhas de animais e exemplares medicamentosos desse tipo disponíveis no mercado. A resolução final é que fármacos desenvolvidos através de toxinas ofídicas são muito promissores, mas são muitos os desafios a serem enfrentados na bioprospecção de peçonhas. |
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Nas últimas décadas, a ciência tem investigado as propriedades desse material biológico a fim de encontrar moléculas promissoras para uso terapêutico. As serpentes do gênero Bothrops são uma das mais estudadas nesse sentido devido a sua importância médica. Em casos de envenenamento, sua peçonha pode causar efeitos locais e sistêmicos, entre eles, distúrbios hemostáticos que levam a incoagulabilidade sanguínea e sangramento. No entanto, os componentes bioativos presentes na peçonha destes animais podem ser úteis como agentes terapêuticos. Posto isto, foi realizada uma revisão da literatura, baseada nas recomendações PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises), por artigos que avaliaram a atividade biológica de toxinas isoladas de espécies botrópicas com potencial clínico na hemostasia. A busca aconteceu nas bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS e SciELO, a partir dos descritores cadastrados no sistema MeSH, sendo eles “Bothrops”, “Therapeutic Uses”, “Drug Effect”, “Hemostasis” e “Coagulation”. Por meio dessa estratégia de busca, foram levantados 508 artigos científicos, dos quais 90 atenderam ao critério de inclusão, demonstrando experimentalmente efeitos hemostáticos dos constituintes tóxicos presentes na peçonha botrópica. Foram excluídos aqueles que: não englobaram o tema; não eram experimentais; eram muito abrangentes - ao não abordar potencial terapêutico, direcionar para as toxinas como inibidores em terapias antiofídicas ou focar apenas na fisiopatologia do envenenamento, por exemplo; ser inconclusivos ao não indicar com clareza se era realmente a toxina isolada que realiza determinada atividade; e não apresentavam material disponível. O compilado apresentou cerca de 74 moléculas dentro das classes de fosfolipases A2 (PLA2), metaloproteases (SVMPs), serinoproteases (SVSPs), L-aminoácido oxidases (LAAOs), desintegrinas e proteínas do tipo C (CTLs). Os achados evidenciaram o vasto potencial de componentes de peçonhas de serpentes do gênero Bothrops para o desenvolvimento de novos fármacos. Diferentes componentes na peçonha revelaram efeitos hemostáticos, atuando em diferentes fases da hemostasia, como agentes anticoagulantes, antiagregrantes, trombolíticos ou indutores da coagulação. Porém, a discussão mais importante nessa situação é a conversão dessas substâncias em medicamentos viáveis clinicamente, existindo uma disparidade entre estudos toxinológicos apontando o potencial terapêutico de peçonhas de animais e exemplares medicamentosos desse tipo disponíveis no mercado. A resolução final é que fármacos desenvolvidos através de toxinas ofídicas são muito promissores, mas são muitos os desafios a serem enfrentados na bioprospecção de peçonhas.The snake is considered a mysterious figure in various cultures, and its venom has a long history of use in Pharmacology. In recent decades, science has explored the properties of this biological material to identify promising molecules for therapeutic purposes. Snakes of the Bothrops genus have been extensively studied due to their medical significance. In cases of envenomation, their venom can cause local and systemic effects, including hemostatic disorders leading to blood incoagulability and bleeding. However, the bioactive components in the venom of these animals may be useful as therapeutic agents. Therefore, a literature review was conducted, following PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) guidelines, focusing on articles that evaluated the biological activity of toxins isolated from Bothrops species with clinical potential in hemostasis. The search took place in PubMed, MEDLINE, LILACS, and SciELO databases, using MeSH terms such as "Bothrops," "Therapeutic Uses," "Drug Effect," "Hemostasis," and "Coagulation." Through this search strategy, 508 scientific articles were identified, of which 90 met the inclusion criteria, experimentally demonstrating hemostatic effects of toxic constituents in Bothrops venom. Exclusions were made for articles that did not cover the topic, were not experimental, were overly broad (not addressing therapeutic potential, focusing on toxins as inhibitors in antivenom therapies, or solely on the pathophysiology of envenomation), were inconclusive in indicating whether the isolated toxin was responsible for a specific activity, or lacked available material. The compilation revealed approximately 74 molecules within classes such as phospholipases A2 (PLA2), metalloproteinases (SVMPs), serine proteinases (SVSPs), L-amino acid oxidases (LAAOs), disintegrins, and C-type lectins (CTLs). The findings highlighted the vast potential of snake venom components from the Bothrops genus for developing new drugs. Different components in the venom demonstrated hemostatic effects, acting on various stages of hemostasis as anticoagulants, antiplatelets, thrombolytics, or coagulation inducers. However, the crucial discussion lies in converting these substances into clinically viable medications, with a disparity between toxinological studies emphasizing the therapeutic potential of animal venoms and the limited availability of such medications in the market. The final resolution is that drugs developed from snake venoms show great promise, but there are numerous challenges in the bioprospecting of venoms.Universidade Federal do Rio Grande do NorteFARMÁCIA BACHARELADOUFRNBrasilDEPARTAMENTO DE FARMÁCIAAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEFarmacologiaToxicologiaHemostasiaAnticoagulanteAntiplaquetárioPharmacologyToxicologyHemostasisAnticoagulantAntiplateletPeçonhas de serpentes do gênero Bothrops como potencial fonte de fármacos que atuam na hemostasia sanguíneaVenoms of snakes of the genus Bothrops as a potential source of drugs that act on blood hemostasisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/56370/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/56370/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53ORIGINALTCC Versão Final Definitiva.docx.pdfTCC Versão Final Definitiva.docx.pdfapplication/pdf866148https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/56370/1/TCC%20Vers%c3%a3o%20Final%20Definitiva.docx.pdf5eb861def610c3c1dad19233872c3778MD51123456789/563702023-12-20 09:50:07.187oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/56370Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-12-20T12:50:07Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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