Forrageamento de Atta opaciceps Borgmeier, 1939 (Hymenoptera: Formicidae) no leste potiguar

• Autor(a) principal: Monte, Francisco Diogo Medeiros do
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46091
• topic: Attini, classes, Formicidae, Material vegetal.; Attini, class, Formicidae, Plant material.

As formigas cortadeiras são insetos eusociais com distribuição nas Américas, com sua maior diversidade se concentrando na região neotropical. A tribo Attini é conhecida por sua capacidade de cultivar fungo simbionte, do qual elas se alimentam. Dentre as formigas da tribo Attini, o gênero Atta conhecido popularmente por saúvas, possui grande importância ecológica e econômica, sendo considerada uma praga para diversas culturas agrícolas. As formigas cortadeiras podem cortar folhas, flores, frutos, sementes e outros materiais vegetais para serem transportados até o ninho e usados como substrato para a criação do fungo simbionte, que serve de alimento para a colônia, principalmente suas larvas. Dentre as espécies de Atta que ocorrem no Brasil, Atta opaciceps conhecida como saúva do sertão, é a única de ocorrência exclusiva do Nordeste brasileiro. O objetivo deste estudo foi descrever o forrageamento de Atta opaciceps em condições de campo. Foram selecionados seis sauveiros localizados na Escola Agrícola de Jundiaí, no município de Macaíba para o acompanhamento do forrageamento. O fluxo de forrageamento foi observado em cada saveiro, em um período de 24 h, durante 10 minutos a cada duas horas, contando-se todas as formigas que retornavam com carga a 25 cm do olheiro mais ativo. Para determinar os recursos forrageados, foram capturadas 30 formigas em cada sauveiro e sua carga, em cada dia de coleta, na trilha mais ativa quando estas passavam a 25 cm do ninho. Foi estabelecido quatro classes de operárias que participavam do forrageamento, a partir da medida da largura da cápsula cefálica, separadas por 1 milímetro. As classes estabelecidas foram: Classe 1 (menor que 2 mm), classe 2 (2,1 a 3 mm), classe 3 (3,1 a 4 mm) e classe 4 (maior que 4 mm). Observou-se que as operárias que mais participavam do forrageamento eram das classes 1 e 2 (entre 1 e 3 mm). O fluxo de forrageamento se deu principalmente à noite, apesar de haver plasticidade entre os sauveiros.