Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25913 |
Resumo: | As samambaias e licófitas compreendem as plantas vasculares sem sementes, e apresentam a fase esporofítica dominante. Atualmente estão distribuídas em diversas regiões, com maior predominância na região Tropical, ocorrendo principalmente nas florestas úmidas, como a Floresta Atlântica e Amazônica, locais com o registro de 915 e 534 espécies respectivamente no Brasil. São recorrente estudos indicando relações florísticas entre a Floresta Atlântica a Amazônica, de forma que diversas espécies, não apenas de samambaias e licófitas, apresentam ocorrência nestes domínios fitogeográficos. Este trabalho visa registrar a ocorrência de espécies de samambaias e licófitas em remanescentes de Floresta Atlântica nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, destinadas a conservação da biodiversidade e importantes para a formação de corredores na Floresta Atlântica. Por meio da distribuição das espécies da família Pteridaceae foi desenvolvida uma análise de panbiogeografia visando encontrar traços generalizados compatíveis com as rotas para troca de espécies entre a Floresta Atlântica e Amazônica. Considerando que estas rotas seriam viáveis para presença de fragmentos florestais em outros domínios fitogeográficos como a Caatinga, o Cerrado e o Pantanal foi gerada uma modelagem de distribuição dos biomas na América do Sul visando estabelecer a delimitação dos biomas durante o Último Máximo Glacial (período glacial) e durante o Holoceno Médio (período interglacial). O registro de samambaias e licófitas ocorreu em três unidades de conservação, o Parque Nacional de Ubajara, Área de Proteção Ambiental Serra da Meruoca (ambas no Ceará) e a Área de Relevante Interesse Ecológico Mata da Bica (Rio Grande do Norte). Nestas áreas buscou-se visitar o maior número de ambientes possíveis, principalmente aqueles com maior predominância de ocorrência de samambaias e licófitas, o material coletado foi herborizado e depositado nos herbários RN, UFRN, EAC e JPB. Para a análise de panbiogeografia foi elaborada uma planilha com o registro de espécies de Pteridaceae ocorrentes na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil e posteriormente foram elaborados traços individuais, generalizados e nos panbiogeográficos por meios dos softwares Martitracks e Quantum Gis. Para a modelagem da distribuição dos biomas durante o período glacial e interglacial, foi utilizado o software Maxent, com o algoritmo de mesmo nome e o software Openmodeller com o algoritmo de distância ambiental. A flora registrada na Área de Relevante interesse ecológico (ARIEC) da Mata da Bica e Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Meruoca corresponde a 17 espécies de samambaias e uma licófitas. De acordo com a análise de similaridade foi observada uma maior similaridade florística entre as áreas da APA Serra da Meruoca e ARIEC Mata da Bica com áreas do domínio fitogeográfico da Caatinga, mesmo ocorrendo em fitofisionomia da Floresta Atlântica. Por meio da análise de Panbigeografia foi identificado que as homologias espaciais encontradas através dos traços generalizadas, corroboram com as rotas principais para o intercâmbio de espécies entre as Florestas Atlântica e Amazônica. Em relação com a delimitação dos biomas durante os períodos glaciais e interglaciais foi observada que maioria das áreas dos biomas analisados apresentaram expansão durante o Holoceno Médio em comparação com o Último Máximo Glacial. A expansão ocorreu nas Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Úmidas (19,52%), Pradarias, Savanas e Matagais Temperados (12,12%) e Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Secas (8,76%). Ocorreu retração nos Pradarias e Savanas Alagadas (1,25%) e Pradarias, Savanas e Matagais Tropicais e Subtropicais (6,38%). Também foram registradas áreas de estabilidade de florestas úmidas que poderiam atuar como pontes para a troca de espécies. |
id |
UFRN_7f8831671a7a5bdedfbfd56bbcbd16dc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/25913 |
network_acronym_str |
UFRN |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRN |
repository_id_str |
|
spelling |
Silvestre, Leandro CostaXavier, Sergio Romero da SilvaVersieux, Leonardo de MeloSantiago, Augusto César PessoaSalimon, Cleber IbraimCarvalho Sobrinho, Jefferson Guedes deJardim, Jomar Gomes2018-09-24T21:23:59Z2018-09-24T21:23:59Z2018-02-26SILVESTRE, Leandro Costa. Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. 2018. 161f. Tese (Doutorado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25913As samambaias e licófitas compreendem as plantas vasculares sem sementes, e apresentam a fase esporofítica dominante. Atualmente estão distribuídas em diversas regiões, com maior predominância na região Tropical, ocorrendo principalmente nas florestas úmidas, como a Floresta Atlântica e Amazônica, locais com o registro de 915 e 534 espécies respectivamente no Brasil. São recorrente estudos indicando relações florísticas entre a Floresta Atlântica a Amazônica, de forma que diversas espécies, não apenas de samambaias e licófitas, apresentam ocorrência nestes domínios fitogeográficos. Este trabalho visa registrar a ocorrência de espécies de samambaias e licófitas em remanescentes de Floresta Atlântica nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, destinadas a conservação da biodiversidade e importantes para a formação de corredores na Floresta Atlântica. Por meio da distribuição das espécies da família Pteridaceae foi desenvolvida uma análise de panbiogeografia visando encontrar traços generalizados compatíveis com as rotas para troca de espécies entre a Floresta Atlântica e Amazônica. Considerando que estas rotas seriam viáveis para presença de fragmentos florestais em outros domínios fitogeográficos como a Caatinga, o Cerrado e o Pantanal foi gerada uma modelagem de distribuição dos biomas na América do Sul visando estabelecer a delimitação dos biomas durante o Último Máximo Glacial (período glacial) e durante o Holoceno Médio (período interglacial). O registro de samambaias e licófitas ocorreu em três unidades de conservação, o Parque Nacional de Ubajara, Área de Proteção Ambiental Serra da Meruoca (ambas no Ceará) e a Área de Relevante Interesse Ecológico Mata da Bica (Rio Grande do Norte). Nestas áreas buscou-se visitar o maior número de ambientes possíveis, principalmente aqueles com maior predominância de ocorrência de samambaias e licófitas, o material coletado foi herborizado e depositado nos herbários RN, UFRN, EAC e JPB. Para a análise de panbiogeografia foi elaborada uma planilha com o registro de espécies de Pteridaceae ocorrentes na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil e posteriormente foram elaborados traços individuais, generalizados e nos panbiogeográficos por meios dos softwares Martitracks e Quantum Gis. Para a modelagem da distribuição dos biomas durante o período glacial e interglacial, foi utilizado o software Maxent, com o algoritmo de mesmo nome e o software Openmodeller com o algoritmo de distância ambiental. A flora registrada na Área de Relevante interesse ecológico (ARIEC) da Mata da Bica e Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Meruoca corresponde a 17 espécies de samambaias e uma licófitas. De acordo com a análise de similaridade foi observada uma maior similaridade florística entre as áreas da APA Serra da Meruoca e ARIEC Mata da Bica com áreas do domínio fitogeográfico da Caatinga, mesmo ocorrendo em fitofisionomia da Floresta Atlântica. Por meio da análise de Panbigeografia foi identificado que as homologias espaciais encontradas através dos traços generalizadas, corroboram com as rotas principais para o intercâmbio de espécies entre as Florestas Atlântica e Amazônica. Em relação com a delimitação dos biomas durante os períodos glaciais e interglaciais foi observada que maioria das áreas dos biomas analisados apresentaram expansão durante o Holoceno Médio em comparação com o Último Máximo Glacial. A expansão ocorreu nas Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Úmidas (19,52%), Pradarias, Savanas e Matagais Temperados (12,12%) e Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Secas (8,76%). Ocorreu retração nos Pradarias e Savanas Alagadas (1,25%) e Pradarias, Savanas e Matagais Tropicais e Subtropicais (6,38%). Também foram registradas áreas de estabilidade de florestas úmidas que poderiam atuar como pontes para a troca de espécies.The ferns and lycophytes comprise the seedless vascular plants and present the dominant sporophytic phase. They are currently distributed in several regions, with a greater predominance in the Tropical region, occurring mainly in the humid forests, such as the Atlantic and Amazonian Forest, with 915 and 534 species recorded respectively in Brazil. This work aims to record the occurrence of fern and lycophyte species in remnants of the Atlantic Forest in the states of Rio Grande do Norte and Ceará, for the conservation of biodiversity and important for the formation of corridors in the Atlantic Forest. Through the distribution of the species of the family Pteridaceae an analysis of panbiogeography was developed aiming to find generalized tracks compatible with the routes for species exchange between the Atlantic and Amazonian Forest. Considering that these routes would be viable for the presence of forest fragments in other phytogeographic domains such as the Caatinga, Cerrado and Pantanal, a biome distribution model was generated in South America in order to establish the biome delimitation during the Last Glacial Maximum (glacial period) and during the Mid Holocene (interglacial period). The registration of ferns and lycophytes occurred in three conservation units, the Ubajara National Park, the Environmental Protection Area (EPA) Serra da Meruoca (both in Ceará) and the Relevant Ecological Interest Area (REIA) Mata da Bica (Rio Grande do Norte). In these areas, the greatest number of environments possible were visited, mainly those with the highest occurrence of ferns and lycophytes, the material collected was herborized and deposited in the RN, UFRN, EAC and JPB herbarium. For the analysis of panbiogeography, a spreadsheet with the record of Pteridaceae species occurring in the Northern Atlantic Forest was elaborated then individual tracks, generalized and panbiogeographic nodes were elaborated by means of the Martitracks and Quantum Gis softwares. For the modeling of the biomes distribution during the glacial and interglacial period, the Maxent software was used, with the algorithm of the same name and the Openmodeller software with the environmental distance algorithm, was used. The flora recorded in the REIA Mata da Bica and EPA Serra da Meruoca corresponds to 17 species of ferns and one lycophyte. According to the similarity analysis, a greater floristic similarity was observed between the EPA Serra da Meruoca and REIA Mata da Bica with areas of the Caatinga phytogeographic domain, even occurring in the Atlantic Forest phytophysiognomy. Through the analysis of Panbigeography it was identified that the spatial homologies found through generalized tracks, corroborate with the main routes for the interchange of species between the Atlantic and Amazonian Forests. In relation to the delimitation of the biomes during the glacial and interglacial periods, it was observed that most areas of the analyzed biomes showed expansion during the Mid Holocene in comparison with the Last Glacial Maximum. Expansion occurred in the Tropical and Subtropical Moist Broadleaf Forests (19.52%), Grasslands, Savannas and Temperate Shrublands (12.12%), and Tropical and Subtropical Dry Broadleaf Forests (8.76%). There was retraction in the Flooded Grasslands and Savannas (1.25%) and Tropical & Subtropical Grasslands, Savannas & Shrublands (6.38%). Areas of stability of wet forests that could act as bridges for species exchange were also recorded.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃOPanbiogeografiaGlaciaçãoPteridófitasDinâmica de vegetaçãoFlorísticaSamambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃOUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdfapplication/pdf7246904https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/1/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf686249d4263f5925b487ca8cf5b98aa1MD51TEXTSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.txtSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain368767https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/2/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.txtb0b305a602977fa85fd575f53a9c3bf9MD52THUMBNAILSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.jpgSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg5057https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/3/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.jpg66b0b7326bbf1e43afe2cbbe4abe5cbdMD53TEXTSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.txtSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain368767https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/2/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.txtb0b305a602977fa85fd575f53a9c3bf9MD52THUMBNAILSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.jpgSamambaiaslicófitasflorística_Silvestre_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg5057https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/3/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.jpg66b0b7326bbf1e43afe2cbbe4abe5cbdMD53123456789/259132019-01-30 03:16:19.516oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/25913Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T06:16:19Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
title |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
spellingShingle |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil Silvestre, Leandro Costa CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO Panbiogeografia Glaciação Pteridófitas Dinâmica de vegetação Florística |
title_short |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
title_full |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
title_fullStr |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
title_full_unstemmed |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
title_sort |
Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil |
author |
Silvestre, Leandro Costa |
author_facet |
Silvestre, Leandro Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.authorID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.advisorID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.advisor-co1ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv |
Versieux, Leonardo de Melo |
dc.contributor.referees1ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv |
Santiago, Augusto César Pessoa |
dc.contributor.referees2ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees3.none.fl_str_mv |
Salimon, Cleber Ibraim |
dc.contributor.referees3ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees4.none.fl_str_mv |
Carvalho Sobrinho, Jefferson Guedes de |
dc.contributor.referees4ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silvestre, Leandro Costa |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Xavier, Sergio Romero da Silva |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Jardim, Jomar Gomes |
contributor_str_mv |
Xavier, Sergio Romero da Silva Jardim, Jomar Gomes |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO Panbiogeografia Glaciação Pteridófitas Dinâmica de vegetação Florística |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Panbiogeografia Glaciação Pteridófitas Dinâmica de vegetação Florística |
description |
As samambaias e licófitas compreendem as plantas vasculares sem sementes, e apresentam a fase esporofítica dominante. Atualmente estão distribuídas em diversas regiões, com maior predominância na região Tropical, ocorrendo principalmente nas florestas úmidas, como a Floresta Atlântica e Amazônica, locais com o registro de 915 e 534 espécies respectivamente no Brasil. São recorrente estudos indicando relações florísticas entre a Floresta Atlântica a Amazônica, de forma que diversas espécies, não apenas de samambaias e licófitas, apresentam ocorrência nestes domínios fitogeográficos. Este trabalho visa registrar a ocorrência de espécies de samambaias e licófitas em remanescentes de Floresta Atlântica nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, destinadas a conservação da biodiversidade e importantes para a formação de corredores na Floresta Atlântica. Por meio da distribuição das espécies da família Pteridaceae foi desenvolvida uma análise de panbiogeografia visando encontrar traços generalizados compatíveis com as rotas para troca de espécies entre a Floresta Atlântica e Amazônica. Considerando que estas rotas seriam viáveis para presença de fragmentos florestais em outros domínios fitogeográficos como a Caatinga, o Cerrado e o Pantanal foi gerada uma modelagem de distribuição dos biomas na América do Sul visando estabelecer a delimitação dos biomas durante o Último Máximo Glacial (período glacial) e durante o Holoceno Médio (período interglacial). O registro de samambaias e licófitas ocorreu em três unidades de conservação, o Parque Nacional de Ubajara, Área de Proteção Ambiental Serra da Meruoca (ambas no Ceará) e a Área de Relevante Interesse Ecológico Mata da Bica (Rio Grande do Norte). Nestas áreas buscou-se visitar o maior número de ambientes possíveis, principalmente aqueles com maior predominância de ocorrência de samambaias e licófitas, o material coletado foi herborizado e depositado nos herbários RN, UFRN, EAC e JPB. Para a análise de panbiogeografia foi elaborada uma planilha com o registro de espécies de Pteridaceae ocorrentes na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil e posteriormente foram elaborados traços individuais, generalizados e nos panbiogeográficos por meios dos softwares Martitracks e Quantum Gis. Para a modelagem da distribuição dos biomas durante o período glacial e interglacial, foi utilizado o software Maxent, com o algoritmo de mesmo nome e o software Openmodeller com o algoritmo de distância ambiental. A flora registrada na Área de Relevante interesse ecológico (ARIEC) da Mata da Bica e Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Meruoca corresponde a 17 espécies de samambaias e uma licófitas. De acordo com a análise de similaridade foi observada uma maior similaridade florística entre as áreas da APA Serra da Meruoca e ARIEC Mata da Bica com áreas do domínio fitogeográfico da Caatinga, mesmo ocorrendo em fitofisionomia da Floresta Atlântica. Por meio da análise de Panbigeografia foi identificado que as homologias espaciais encontradas através dos traços generalizadas, corroboram com as rotas principais para o intercâmbio de espécies entre as Florestas Atlântica e Amazônica. Em relação com a delimitação dos biomas durante os períodos glaciais e interglaciais foi observada que maioria das áreas dos biomas analisados apresentaram expansão durante o Holoceno Médio em comparação com o Último Máximo Glacial. A expansão ocorreu nas Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Úmidas (19,52%), Pradarias, Savanas e Matagais Temperados (12,12%) e Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Secas (8,76%). Ocorreu retração nos Pradarias e Savanas Alagadas (1,25%) e Pradarias, Savanas e Matagais Tropicais e Subtropicais (6,38%). Também foram registradas áreas de estabilidade de florestas úmidas que poderiam atuar como pontes para a troca de espécies. |
publishDate |
2018 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-09-24T21:23:59Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-09-24T21:23:59Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-02-26 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVESTRE, Leandro Costa. Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. 2018. 161f. Tese (Doutorado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25913 |
identifier_str_mv |
SILVESTRE, Leandro Costa. Samambaias e Licófitas: florística e aspectos biogeográficos na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. 2018. 161f. Tese (Doutorado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018. |
url |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25913 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRN |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRN instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
instacron_str |
UFRN |
institution |
UFRN |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRN |
collection |
Repositório Institucional da UFRN |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/1/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/2/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/3/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.jpg https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/2/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/25913/3/Samambaiaslic%c3%b3fitasflor%c3%adstica_Silvestre_2018.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
686249d4263f5925b487ca8cf5b98aa1 b0b305a602977fa85fd575f53a9c3bf9 66b0b7326bbf1e43afe2cbbe4abe5cbd b0b305a602977fa85fd575f53a9c3bf9 66b0b7326bbf1e43afe2cbbe4abe5cbd |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802117729617969152 |