Métodos de diagnóstico para estrongiloidíase humana: uma revisão literária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Bruna Bezerra de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43196
Resumo: O Strongyloides stercoralis é um nematoide considerado uma das maiores espécies de importância clínica para o homem, devido a sua prevalência, responsável pela estrongiloidíase humana, e possui um amplo espectro de manifestações clínicas. Apresenta quadros assintomáticos, demonstrando estados clínicos como agudo, crônico e podendo evoluir para uma hiperinfecção. A forma mais severa da doença é conhecida como estrongiloidíase disseminada e, em pacientes imunossuprimidos, pode ser fatal. O diagnóstico da estrongiloidíase é desafiador, uma vez que é conduzido por suspeitas clínicas e epidemiológicas. Neste trabalho foi feita uma breve abordagem sobre os métodos de diagnóstico laboratorial para a estrongiloidíase humana entre o período de 2001 a 2019. Os resultados obtidos apontam que o diagnóstico parasitário ainda é realizado rotineiramente através de pesquisas das larvas nas fezes, porém quando sua eliminação é mínima e irregular torna os métodos laboratoriais rotineiros, inespecíficos e pouco sensíveis. Em razão disto, tem sido investido em diferentes métodos de diagnóstico para essa doença, visando o aumento da sensibilidade e especificidade. Os procedimentos laboratoriais que podem ser utilizados são os diretos, que concentram as larvas de S. stercoralis, tais como a técnica de Hoffmann, Pons e Janer (HPJ), o método de Baermann-Moraes, o de Rugai, a Coprocultura em placa de ágar sangue e o método de Harada-Mori. Os métodos indiretos incluem a reação em cadeia de polimerase (PCR), ensaios sorológicos como o ensaio imunoenzimático indireto (ELISA) e a reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Diante das informações adquiridas se pode concluir que os métodos que utilizam amostras sorológicas são mais sensíveis e específicos quando comparados com as técnicas que utilizam amostras fecais. A PCR por sua vez, é uma das técnicas que utiliza fezes para sua realização e possui uma alta sensibilidade de detecção da presença do parasita, principalmente em infecções recentes.
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A forma mais severa da doença é conhecida como estrongiloidíase disseminada e, em pacientes imunossuprimidos, pode ser fatal. O diagnóstico da estrongiloidíase é desafiador, uma vez que é conduzido por suspeitas clínicas e epidemiológicas. Neste trabalho foi feita uma breve abordagem sobre os métodos de diagnóstico laboratorial para a estrongiloidíase humana entre o período de 2001 a 2019. Os resultados obtidos apontam que o diagnóstico parasitário ainda é realizado rotineiramente através de pesquisas das larvas nas fezes, porém quando sua eliminação é mínima e irregular torna os métodos laboratoriais rotineiros, inespecíficos e pouco sensíveis. Em razão disto, tem sido investido em diferentes métodos de diagnóstico para essa doença, visando o aumento da sensibilidade e especificidade. Os procedimentos laboratoriais que podem ser utilizados são os diretos, que concentram as larvas de S. stercoralis, tais como a técnica de Hoffmann, Pons e Janer (HPJ), o método de Baermann-Moraes, o de Rugai, a Coprocultura em placa de ágar sangue e o método de Harada-Mori. Os métodos indiretos incluem a reação em cadeia de polimerase (PCR), ensaios sorológicos como o ensaio imunoenzimático indireto (ELISA) e a reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Diante das informações adquiridas se pode concluir que os métodos que utilizam amostras sorológicas são mais sensíveis e específicos quando comparados com as técnicas que utilizam amostras fecais. A PCR por sua vez, é uma das técnicas que utiliza fezes para sua realização e possui uma alta sensibilidade de detecção da presença do parasita, principalmente em infecções recentes.Strongyloides stercoralis is a nematode considered to be one of the largest species of clinical importance to humans because of its prevalence, responsible for human strongyloidiasis, and has a broad spectrum of clinical manifestations. It presents asymptomatic pictures, demonstrating clinical states as acute, chronic and may progress to hyperinfection. The most severe form of the disease is known as disseminated strongyloidiasis and, in immunosuppressed patients, can be fatal. The diagnosis of strongyloidiasis is challenging as it is driven by clinical and epidemiological suspicions. In this work, a brief approach was given to laboratory diagnostic methods for human strongyloidiasis between 2001 and 2019. The results obtained indicate that the parasitic diagnosis is still routinely performed through fecal larvae research, but when its elimination is minimal and irregular, makes routine laboratory methods non-specific and non-sensitive. Because of this, it has been invested in different diagnostic methods for this disease, aiming to increase sensitivity and specificity. The laboratory procedures that can be used are the direct ones, which concentrate the larvae of S. stercoralis, such as the Hoffmann, Pons and Janer (HPJ) technique, the Baermann-Moraes method, the Rugai method, the Coproculture plaque blood agar and the Harada-Mori method. Indirect methods include polymerase chain reaction (PCR), serological assays such as indirect enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and indirect immunofluorescence (IFN). Based on the information acquired, it can be concluded that the methods using serological samples are more sensitive and specific when compared to the techniques that use faecal samples. PCR, in turn, is one of the techniques that uses feces for its accomplishment and has a high sensitivity of detection of the presence of the parasite, mainly in recent infections.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilBiomedicinaDoenças ParasitáriasStrongyloides stercoralisDiagnósticoEstrongiloidíaseParasitic DiseasesStrongyloides stercoralisdiagnosticstrongyloidiasisMétodos de diagnóstico para estrongiloidíase humana: uma revisão literáriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALMetodosDiagnosticoEstrongiloidiase_Oliveira_2019.pdfapplication/pdf734521https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/43196/1/MetodosDiagnosticoEstrongiloidiase_Oliveira_2019.pdf585309047dd4445396ec00a491a0f466MD51LICENSElicense.txttext/plain756https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/43196/2/license.txta80a9cda2756d355b388cc443c3d8a43MD52TEXTuma revisão literaria.pdf.txtExtracted texttext/plain69086https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/43196/3/uma%20revis%c3%a3o%20literaria.pdf.txt57237a882251270e879e44856a169f8bMD53MetodosDiagnosticoEstrongiloidiase_Oliveira_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain69086https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/43196/4/MetodosDiagnosticoEstrongiloidiase_Oliveira_2019.pdf.txt57237a882251270e879e44856a169f8bMD54123456789/431962021-10-06 08:15:53.444oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/43196PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPlVOSVZFUlNJREFERSBGRURFUkFMIERPIFJJTyBHUkFOREUgRE8gTk9SVEU8L3N0cm9uZz48L2NlbnRlcj4KPGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkJJQkxJT1RFQ0EgRElHSVRBTCBERSBNT05PR1JBRklBUzwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5UZXJtbyBkZSBBdXRvcml6YcOnw6NvIHBhcmEgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGRlIE1vbm9ncmFmaWFzIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbyBuYSBCaWJsaW90ZWNhIERpZ2l0YWwgZGUgTW9ub2dyYWZpYXMgKEJETSk8L2NlbnRlcj4KCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkYSBtb25vZ3JhZmlhLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRvIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgKFVGUk4pIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgYXRyYXbDqXMgZGEgQmlibGlvdGVjYSBEaWdpdGFsIGRlIE1vbm9ncmFmaWFzIGRhIFVGUk4sIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBhIExlaSBuwrAgOTYxMC85OCwgbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCBkYSBvYnJhIHN1Ym1ldGlkYSBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCBhIHTDrXR1bG8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgYnJhc2lsZWlyYSwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZXN0YSBzdWJtaXNzw6NvLiAKRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-10-06T11:15:53Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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