Fungos Gasteróides (Basidiomycota) na Caatinga: estudo de duas áreas de conservação no Ceará e Paraíba, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alfredo, Donis da Silva
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26898
Resumo: Os fungos gasteroides constituem um agrupamento de vários clados de Basidiomycota com origens evolutivas distintas (grupo polifilético). Embora, seus táxons apresentem uma grande diversidade morfológica, por muito tempo foram agrupados como uma classe bem definida, denominada Gasteromycetes, com base nos basidiomas angiocárpico e dispersão passiva dos esporos (estatismósporos). A região Nordeste do Brasil possui áreas consideradas de extrema importância biológica com grande riqueza de espécies e sem estudos sobre fungos gasteroides. A Caatinga, que foi foco desta pesquisa, possui até então, vinte e cinco espécies registradas. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento dos fungos gasteroides em duas áreas de brejo de altitude consideradas de extrema importância biológica: APA da Serra de Ibiapaba, no Estado do Ceará e Reserva Ecológica Estadual Mata do Pau-Ferro, no Estado da Paraíba. Excursões foram realizadas no período de abril a junho/2012 e resultaram em 103 coletas de fungos gasteroides. As análises microscópicas utilizaram microscopia eletrônica de varredura a fim de observar detalhes difíceis de serem percebidos com a microscopia óptica. Foram identificadas 17 espécies representadas pelas famílias: Clathraceae, Geastraceae, Lycoperdaceae, Phallaceae e Rhizopogonacea. O gênero com maior número de espécies coletados foi Geastrum (Geastraceae) com nove espécies, seguidas por: Morganella (Lycoperdaceae) com duas espécies. Os demais gêneros: Abrachium, Calvatia, Lycogalopsis, Mutinus e Phallus foram representados por uma espécie cada. Calvatia cava sp. nov. e Morganella nuda sp. nov. são espécies novas para a ciência. Rhizopogon luteolus e Lycogalopsis sp. são primeiros registros para região Nordeste e Caatinga. Geastrum morganii, G. pectinatum, G. rusticum e Mutinus caninus são primeiros registros para Caatinga. Para a região Nordeste houve um aumento de quatro espécies (5.7%) totalizando 74 espécies de fungos gasteroides para a região. Para a Caatinga houve um acréscimo de oito espécies (32%) totalizando 33 espécies. Com isto, as regiões de brejos de altitude em áreas de Caatinga mostraram-se propícias para estudos sobre fungos gasteroides, desta forma, novos estudos devem ser realizados em áreas de brejo de altitude a fim de melhorar o esforço amostral, ampliando o conhecimento sobre os fungos gasteroides nestas áreas.
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Embora, seus táxons apresentem uma grande diversidade morfológica, por muito tempo foram agrupados como uma classe bem definida, denominada Gasteromycetes, com base nos basidiomas angiocárpico e dispersão passiva dos esporos (estatismósporos). A região Nordeste do Brasil possui áreas consideradas de extrema importância biológica com grande riqueza de espécies e sem estudos sobre fungos gasteroides. A Caatinga, que foi foco desta pesquisa, possui até então, vinte e cinco espécies registradas. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento dos fungos gasteroides em duas áreas de brejo de altitude consideradas de extrema importância biológica: APA da Serra de Ibiapaba, no Estado do Ceará e Reserva Ecológica Estadual Mata do Pau-Ferro, no Estado da Paraíba. Excursões foram realizadas no período de abril a junho/2012 e resultaram em 103 coletas de fungos gasteroides. As análises microscópicas utilizaram microscopia eletrônica de varredura a fim de observar detalhes difíceis de serem percebidos com a microscopia óptica. Foram identificadas 17 espécies representadas pelas famílias: Clathraceae, Geastraceae, Lycoperdaceae, Phallaceae e Rhizopogonacea. O gênero com maior número de espécies coletados foi Geastrum (Geastraceae) com nove espécies, seguidas por: Morganella (Lycoperdaceae) com duas espécies. Os demais gêneros: Abrachium, Calvatia, Lycogalopsis, Mutinus e Phallus foram representados por uma espécie cada. Calvatia cava sp. nov. e Morganella nuda sp. nov. são espécies novas para a ciência. Rhizopogon luteolus e Lycogalopsis sp. são primeiros registros para região Nordeste e Caatinga. Geastrum morganii, G. pectinatum, G. rusticum e Mutinus caninus são primeiros registros para Caatinga. Para a região Nordeste houve um aumento de quatro espécies (5.7%) totalizando 74 espécies de fungos gasteroides para a região. Para a Caatinga houve um acréscimo de oito espécies (32%) totalizando 33 espécies. Com isto, as regiões de brejos de altitude em áreas de Caatinga mostraram-se propícias para estudos sobre fungos gasteroides, desta forma, novos estudos devem ser realizados em áreas de brejo de altitude a fim de melhorar o esforço amostral, ampliando o conhecimento sobre os fungos gasteroides nestas áreas.Gasteroid fungi consist of several clades of Basidiomycota with distinct evolutionary origins (polyphyletic group). Even though their taxa exhibit wide morphological diversity, for a long time they were grouped into one well-defined class, denominated Gasteromycetes, based on angiocarpic basidiomata and passive spore dispersal (statismospores). The northeast region of Brazil areas considered of extreme biological importance, with considerable species richness, but lacking in studies on gasteroid fungi. The Caatinga, the focus of this study, has twentyfive recorded species. Thus, the aim of the present study was to carry out a survey of gasteroid fungi in two highland areas considered of extreme biological importance: Serra de Ibiapaba Environmental Protection Area, in Ceará State and Mata do Pau-Ferro State ecological Reserve, in Paraíba State. Excursions were conducted between April and June 2012, resulting in 103 samples of gasteroid fungi. Microscopic analyses used scanning electronic microscopy in order to observe details that are difficult to perceive with optical microscopy. We identified 17 species belonging to the following families: Clathraceae, Geastraceae, Lycoperdaceae, Phallaceae and Rhizopogonaceae. The genus with the largest number of species collected was Geastrum (Geastraceae) with nine, followed by Morganella (Lycoperdaceae) with two. The remaining genera: Abrachium, Calvatia, Lycogalopsis, Mutinus and Phallus were represented by one species each. Calvatia cava sp nov. and Morganella nuda sp. nov. are new species for science. Rhizopogon luteolus and Lycogalopsis sp. are the records for the Northeast region and the Caatinga. Geastrum morganii, G. pectinatum, G. rusticum and Mutinus caninus are the first records for the Caatinga. There was an increase of four species (5,7%) for the Northeast region, totaling 74 species of gasteroid fungi. For the Caatinga there was an increase of eight species (32%), totaling 33. The highlands of the Caatinga were propitious for studies on gasteroid fungi and, as such, further surveys should be carried out in these areas in order to increase sampling effort, thereby widening our knowledge of gasteroid fungi in these regions.CNPqUniversidade Federal do Rio Grande do NortePrograma de Pós-Graduação em Sistemática e EvoluçãoUFRNBrasilCentro de BiociênciasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERALAgaricomycetesBrejo de altitudeGasteromycetesNordesteTaxonomiaFungos Gasteróides (Basidiomycota) na Caatinga: estudo de duas áreas de conservação no Ceará e Paraíba, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTFungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf.txtFungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain212552https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26898/3/FungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf.txt54c32cda154b7991acb2dd1bdd3792c4MD53THUMBNAILFungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf.jpgFungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1454https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26898/4/FungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf.jpge337777c7f13a0ee1e934275a5a4a388MD54ORIGINALFungosGasteroides_Alfredo_2013.pdfFungosGasteroides_Alfredo_2013.pdfapplication/pdf4961256https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26898/1/FungosGasteroides_Alfredo_2013.pdf8ba96cfb2b6e971cadabfaf9174dd038MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26898/2/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD52123456789/268982019-05-26 02:59:04.643oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26898Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:59:04Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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