A construção modalizadora [(Suj) + ficar de + infinitivo] sob o viés funcionalista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Lineker Trajano dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23533
Resumo: Neste trabalho, investigamos a construção [(SUJ) FICAR DE + INFINITIVO], com vistas a caracterizá-la formal e funcionalmente, considerando aspectos estruturais, semântico-cognitivos e pragmáticos implicados no uso de seus construtos. Para tanto, ancoramo-nos nos pressupostos da Linguística Funcional Centrada no Uso, tal qual definem Furtado da Cunha, Bispo e Silva (2013), conjugados aos da Gramática de Construções, defendida por pesquisadores como Goldberg (1995), Croft (2001), Traugott e Trousdale (2013) e outros. Em termos metodológicos, a pesquisa apresenta viés eminentemente qualitativo, calcada em suporte quantitativo e possui natureza descritivo-explicativa. O banco de dados é composto de ocorrências retiradas do site Reclame Aqui, o qual se mostrou bastante favorável às instâncias de uso da construção sob enfoque. À guisa de resultados, nas ocorrências levantadas, ficar perde as propriedades de verbo pleno, predicador, passando a atuar como auxiliar, e pode ser usado em diferentes tempos e pessoas verbais, a exemplo de ficou de enviar, fica de retornar etc., e o slot SUJ da construção pode ser preenchido por diferentes formas. Em relação aos aspectos semânticos, não há restrição quanto aos tipos de verbo recrutados para ocupar o slot INFINITIVO e seu uso está ligado às noções de modalidade em seus aspectos deôntico e/ou epistêmico. Por fim, no tocante aos aspectos cognitivos e pragmáticos, observamos que as instâncias de uso dessa construção se relacionam a processos metonímicos e a questões de subjetividade e de intersubjetividade no sentido de que expressa a atitude do falante quanto ao que diz (se tem certeza ou não, por exemplo) e quanto aos efeitos que pretende provocar em seu interlocutor (persuadir, comprometer, cobrar uma ação, atribuir a terceiros um dado comprometimento etc.).
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Para tanto, ancoramo-nos nos pressupostos da Linguística Funcional Centrada no Uso, tal qual definem Furtado da Cunha, Bispo e Silva (2013), conjugados aos da Gramática de Construções, defendida por pesquisadores como Goldberg (1995), Croft (2001), Traugott e Trousdale (2013) e outros. Em termos metodológicos, a pesquisa apresenta viés eminentemente qualitativo, calcada em suporte quantitativo e possui natureza descritivo-explicativa. O banco de dados é composto de ocorrências retiradas do site Reclame Aqui, o qual se mostrou bastante favorável às instâncias de uso da construção sob enfoque. À guisa de resultados, nas ocorrências levantadas, ficar perde as propriedades de verbo pleno, predicador, passando a atuar como auxiliar, e pode ser usado em diferentes tempos e pessoas verbais, a exemplo de ficou de enviar, fica de retornar etc., e o slot SUJ da construção pode ser preenchido por diferentes formas. Em relação aos aspectos semânticos, não há restrição quanto aos tipos de verbo recrutados para ocupar o slot INFINITIVO e seu uso está ligado às noções de modalidade em seus aspectos deôntico e/ou epistêmico. Por fim, no tocante aos aspectos cognitivos e pragmáticos, observamos que as instâncias de uso dessa construção se relacionam a processos metonímicos e a questões de subjetividade e de intersubjetividade no sentido de que expressa a atitude do falante quanto ao que diz (se tem certeza ou não, por exemplo) e quanto aos efeitos que pretende provocar em seu interlocutor (persuadir, comprometer, cobrar uma ação, atribuir a terceiros um dado comprometimento etc.).In this work, we investigate the construction [(SUBJ) + FICAR DE + INFINITIVE], in order to describe it formally and functionally, taking into account structural, semantic, cognitive and pragmatic aspects underlying in the use of its instantiations. We based on the Linguística Funcional Centrada no Uso, as dealt by Furtado da Cunha, Bispo e Silva (2013), in alliance with Construction Grammar, defended by researchers as Goldberg (1995), Croft (2001), Traugott e Trousdale (2013) among others. With regard to methodology, the research presents an eminent qualitative approach, with a basis on quantitative support and has a descriptive and explicative nature. The database is made up of occurrences taken from the website Reclame Aqui, that showed to be very favorable for the instances of use of the construction under investigation. As results ficar loses its properties of full verb, predicator, and become an auxiliary one, and can be used in different verbal forms (person and tenses), such as ficou de enviar, fica de retornar etc. and the SUBJECT slot of the construction can be filled by different forms. As to semantic aspects, there is no constraint in the type of verb gathered to fill in the INFINITIVE slot and its use is related to the notions of modality in its deontic and or epistemic aspects. We also observed that the instances of use of this construction are related to metonymic processes and questions of subjectivity and intersubjectivity in such a way that expresses the attitude of the speaker in relation to what he or she says (if he/she is sure or not, for example) and the effects he/she intends to cause to addressee (to persuade, to commit, to require an action, to assign to other person a given commitment etc.).Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAConstrução modalizadoraLinguística funcional centrada no usoGramática de construçõesA construção modalizadora [(Suj) + ficar de + infinitivo] sob o viés funcionalistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEMUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALLinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdfLinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdfapplication/pdf1145313https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23533/1/LinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf2c75e3108d304c63d217ac20c0941cd1MD51TEXTLinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf.txtLinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain193856https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23533/4/LinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf.txt8562bda0a0818d89ef01daed7391b880MD54THUMBNAILLinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf.jpgLinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2636https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23533/5/LinekerTrajanoDosSantos_DISSERT.pdf.jpg846d14facd228ddee5fa290954acb82fMD55123456789/235332017-11-04 20:07:41.126oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/23533Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-04T23:07:41Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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