Estudo GPR de rochas carbonáticas fraturadas e carstificadas da Formação Salitre no município de Morro do Chapéu/BA

• Autor(a) principal: Silva Júnior, José Romero dos Santos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34359
• topic: GPR; fraturas; carstificação; fractures; castification

Este estudo tem como finalidade o imageamento e interpretação de feições em rochas carbonáticas fraturadas e carstificadas utilizando o método GPR. Por meio disto, foi possível caracterizar o processo de carstificação do local estudado. A área de estudo está localizada na Fazenda Mamonas, município do Morro do Chapéu/BA, e do ponto de vista geológico, está inserida na Bacia de Irecê, Formação Salitre (unidade Nova América), muito próximo de uma importante zona de cisalhamento que limita a bacia. A geologia local é dominada por carbonatos alaranjados maciços e dolomitizados, intensamente fraturados e preenchidos por brechas hidráulicas e recortados por veios de quartzo mineralizados com barita e galena. A rocha carbonática sofreu processos de intemperismo e carstificação, mais intensificados ao longo de falhas e fraturas subverticais e é parcialmente coberta por solo argiloso avermelhado. Ao todo 9 seções GPR foram levantadas ao redor de uma cava para extração de minérios de galena e barita, utilizando antenas de 400 MHz. Além disso, um fluxo de processamento e o atributo LnEnergy foram executados para melhorar a visualização das seções. Duas radarfácies distintas foram identificadas, uma delas contém reflexões de baixa a média amplitude, com refletores contínuos e planoparalelos. A outra radarfácies possui zonas de alta amplitude verticalizadas contendo refletores descontínuos e truncados lateralmente pelo sistema de falhas e fraturas local. Esta representa a rocha carbonática menos alterada, formando torres cársticas subterrâneas, mais resistentes aos processos de dissolução carbonática. Ademais, 6 sequências GPR foram interpretadas de acordo com a diferenciação da assinatura GPR ao longo das feições internas das rochas carbonáticas em profundidade. Estas foram individualizadas com base na continuidade lateral de refletores mais pronunciados e sua superposição na forma de estratos plano-paralelos, por vezes, inclinados e truncados por falhas e fraturas. Além disso, pôde-se observar o comportamento em profundidade, nas seções GPR, de algumas fraturas observadas em um modelo digital de superfície (MDS), obtido de uma imagem de drone da área, com isto, criou-se uma interface virtual 3D para melhor visualização dessas fraturas em subsuperfície. A integração dos dados permitiu a construção de um bloco diagrama representativo da área de estudo explicando a influência de zonas de cisalhamento e fluidos hidrotermais para a formação de brechas, e a caracterização do processo de carstificação e fraturamento.