Coloração de flores na visão de polinizadores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Erickson, Marília Fernandes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27657
Resumo: A coloração das flores é tão intrigante quanto os fatores ecológicos e ambientas por trás delas. Desde os primórdios dos estudos de biologia floral, o porquê da coloração das flores vem sendo questionado. Muitos autores têm atribuído a coloração floral à seleção sexual e pressão exercida por polinizadores. Isso pode ser bem exemplificado pela ideia de síndromes de polinização; espécies de flores com certas características semelhantes, como a cor, são visitadas por grupos similares de polinizadores. Porém, colorações diversas raramente são explicadas por um único fator. Nesse estudo, procuramos entender quais são os fatores ambientais, ecológicos e fisiológicos responsáveis pela coloração das flores, com ênfase em testar se espécies previstas por síndromes de polinização realmente são conspícuas para seus polinizadores. Utilizamos como modelo Apis mellifera (abelha), Drosophila melanogaster (mosca), Heliconius erato (borboleta) e Sephanoides sephanoides (beija-flor) para entender como polinizadores diferentes enxergam flores. As flores foram mais conspícuas para polinizadores tetracromatas (mosca, borboleta fêmea, e beija-flor) e menos conspícuas para polinizadores tricromatas (borboleta macho, abelha). Dessa maneira, flores não foram mais conspícuas para seus polinizadores, e cores atribuídas as síndromes de polinização não possuem bases empíricas. Provavelmente diferentes fatores interagem para moldar a coloração das flores ao longo do tempo e síndromes de polinização são apenas um recorte de uma figura mais complexa.
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Porém, colorações diversas raramente são explicadas por um único fator. Nesse estudo, procuramos entender quais são os fatores ambientais, ecológicos e fisiológicos responsáveis pela coloração das flores, com ênfase em testar se espécies previstas por síndromes de polinização realmente são conspícuas para seus polinizadores. Utilizamos como modelo Apis mellifera (abelha), Drosophila melanogaster (mosca), Heliconius erato (borboleta) e Sephanoides sephanoides (beija-flor) para entender como polinizadores diferentes enxergam flores. As flores foram mais conspícuas para polinizadores tetracromatas (mosca, borboleta fêmea, e beija-flor) e menos conspícuas para polinizadores tricromatas (borboleta macho, abelha). Dessa maneira, flores não foram mais conspícuas para seus polinizadores, e cores atribuídas as síndromes de polinização não possuem bases empíricas. Provavelmente diferentes fatores interagem para moldar a coloração das flores ao longo do tempo e síndromes de polinização são apenas um recorte de uma figura mais complexa.Flower coloration is as intriguing as the ecological and environmental factors behind it. Since the beginning of studies in floral biology, the question of the reasons behind floral coloration has been asked. Many authors have attributed flower colors to sexual selection and pollinator pressure. This is well exemplified by the idea of pollination syndromes: flowers with certain similar characteristics, such as color, are visited by similar groups of pollinators. Such a diverse array of coloration, however, is hardly ever explained by one factor alone. In this study, we aimed at understanding which environmental, ecological and physiological pressures are behind flower coloration, emphasizing, in testing, if flowers predicted by pollination syndromes are in fact conspicuous to their pollinators. We used Apis mellifera (honeybee), Drosophila melanogaster (housefly), Heliconius erato (butterfly) and Sephanoides sephanoides (hummingbird) as models to study how different pollinators see flowers. Flowers were more conspicuous to tetrachromat (housefly, female butterfly and hummingbird) than to trichromat (honeybee and male butterfly) pollinators. Therefore, flowers were not more conspicuous for their respective pollinators, and colors attributed by pollination syndromes do are not supported by empirical data. Probably different factors have shaped the coloration of flowers across time, and pollination syndromes are a piece of the whole picture.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASAngiospermasVisão de coresModelagem visualVisitantes floraisPolinizaçãoColoração de flores na visão de polinizadoresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTColoraçãofloresvisão_Erickson_2019.pdf.txtColoraçãofloresvisão_Erickson_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain153465https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27657/2/Colora%c3%a7%c3%a3ofloresvis%c3%a3o_Erickson_2019.pdf.txt4378b279f11d1e705b98f5c0c23cbb5cMD52THUMBNAILColoraçãofloresvisão_Erickson_2019.pdf.jpgColoraçãofloresvisão_Erickson_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1423https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27657/3/Colora%c3%a7%c3%a3ofloresvis%c3%a3o_Erickson_2019.pdf.jpg1a179ea3168445bf7fb8352974bd5b54MD53ORIGINALColoraçãofloresvisão_Erickson_2019.pdfapplication/pdf2349211https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27657/1/Colora%c3%a7%c3%a3ofloresvis%c3%a3o_Erickson_2019.pdf17233662c53a4a53cf7235c58bae77f0MD51123456789/276572019-09-08 02:15:52.446oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/27657Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-09-08T05:15:52Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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