Influência da fisiografia da margem continental do RN na circulação de correntes de contorno oeste
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29171 |
Resumo: | As correntes de contorno oeste (CCOs) contribuem para a circulação oceânica e o clima global e produzem impacto local ao longo de suas interações com as margens continentais. Este estudo analisa a resposta da interação entre as CCOs e a Margem Equatorial Atlântica Sudoeste, particularmente do Rio Grande do Norte (RN), com base na fisiografia da margem, medidas de correntes in situ e uma simulação numérica utilizando o modelo CROCO. Os dados de relevo batimétrico foram modelados em ambiente GIS e integrados à simulação das correntes utilizando rotinas computacionais, posteriormente validados com os dados de S4 in situ da plataforma setentrional. A margem do RN fornece caminho para as CCOs ao longo da borda de suas plataformas leste e norte, que são estreitas (até 40 km da costa) e com talude de alto gradiente topográfico (1:11), separadas pelo Alto de Touros com baixo gradiente topográfico cuja extensão da plataforma chega a 80 km na direção offshore. Os resultados mostram a interação da Subcorrente Norte do Brasil (SNB) com a fisiografia da margem setentrional do RN produzindo uma região de recirculação das correntes devido ao cisalhamento de velocidades. Feições de vórtices e meandros são evidentes em fevereiro e agosto, sendo os meandros predominantes neste último mês possivelmente devido ao aumento da intensidade dos ventos em direção a oeste. A posição do núcleo mais acelerado da SBN (>1.0 m.s- ¹) coincide com a região do talude superior do Alto de Touros em ambos os meses, configurando a interação da margem com a SBN. As correntes na região do talude setentrional apresentam a menor velocidade da área de estudo (~0.1 m.s - ¹) devido à mudança de direção da margem de N-S para E-O. Esse contraste resulta no cisalhamento de velocidade com a formação de vórtices. A diminuição do gradiente topográfico do talude superior do Alto de Touros, a mudança da direção da borda da plataforma e a intensidade dos ventos resultam na formação dessas feições em escala regional. A presença desses eventos oceânicos próximos a borda da plataforma norte do RN pode explicar diferenciações ecológicas e de sedimentação no Holoceno entre as margens Leste e Norte. |
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Damasceno, Úrsula MartinCintra, Márcio MachadoMendes, DavidSilva, Marcus AndréGomes, Moab Praxedes2020-06-08T18:24:10Z2020-06-08T18:24:10Z2020-02-27DAMASCENO, Úrsula Martin. Influência da fisiografia da margem continental do RN na circulação de correntes de contorno oeste. 2020. 80f. Dissertação (Mestrado em Geodinâmica e Geofísica) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29171As correntes de contorno oeste (CCOs) contribuem para a circulação oceânica e o clima global e produzem impacto local ao longo de suas interações com as margens continentais. Este estudo analisa a resposta da interação entre as CCOs e a Margem Equatorial Atlântica Sudoeste, particularmente do Rio Grande do Norte (RN), com base na fisiografia da margem, medidas de correntes in situ e uma simulação numérica utilizando o modelo CROCO. Os dados de relevo batimétrico foram modelados em ambiente GIS e integrados à simulação das correntes utilizando rotinas computacionais, posteriormente validados com os dados de S4 in situ da plataforma setentrional. A margem do RN fornece caminho para as CCOs ao longo da borda de suas plataformas leste e norte, que são estreitas (até 40 km da costa) e com talude de alto gradiente topográfico (1:11), separadas pelo Alto de Touros com baixo gradiente topográfico cuja extensão da plataforma chega a 80 km na direção offshore. Os resultados mostram a interação da Subcorrente Norte do Brasil (SNB) com a fisiografia da margem setentrional do RN produzindo uma região de recirculação das correntes devido ao cisalhamento de velocidades. Feições de vórtices e meandros são evidentes em fevereiro e agosto, sendo os meandros predominantes neste último mês possivelmente devido ao aumento da intensidade dos ventos em direção a oeste. A posição do núcleo mais acelerado da SBN (>1.0 m.s- ¹) coincide com a região do talude superior do Alto de Touros em ambos os meses, configurando a interação da margem com a SBN. As correntes na região do talude setentrional apresentam a menor velocidade da área de estudo (~0.1 m.s - ¹) devido à mudança de direção da margem de N-S para E-O. Esse contraste resulta no cisalhamento de velocidade com a formação de vórtices. A diminuição do gradiente topográfico do talude superior do Alto de Touros, a mudança da direção da borda da plataforma e a intensidade dos ventos resultam na formação dessas feições em escala regional. A presença desses eventos oceânicos próximos a borda da plataforma norte do RN pode explicar diferenciações ecológicas e de sedimentação no Holoceno entre as margens Leste e Norte.Western boundary currents (WBC) affect the global ocean circulation, climate, and produce localized impact along their interactions with margins of ocean basins. This study analyses the response of WBCs over the interactions with corn of southwest Atlantic Equatorial Margin, particularly in the North and East sectors of Rio Grande do Norte (RN) on northeastern Brazil, based on geomorphological bathymetric characterization of the margin, in situ currents measurements on Northern shelf, and ocean currents simulation using the CROCO model. The RN margin provides a critical pathway to the WBC along the East and North sectors which are narrow and retracted shelf (up to 40 km offshore), and steep upper continental slopes (1:11), separated by the Touros High with low topographic gradient whose shelf length reaches 80 km in the offshore direction. The results indicate that the interaction of the Northern Brazilian Undercurrent (NBUC) with the RN northern margin physiography produces a recirculating current region due to velocity shear. Eddies and meanders are evident in February and August, with meander predominance in the latter month due to increased wind intensity eastward. The accelerated core position of NBUC (> 1.0 m.s - ¹) coincided with the upper slope region of Touros High in both months, confirming the interaction of the margin with the NBUC. In addition, the northern slope region showed the lowest velocity of the study area (~ 0.1m.s- ¹) due to the change of direction from the N-S to EW margin. This contrast resulted in the velocity shear that caused the vortices. Thus, the lower topographic gradient of the upper slope of the Touros High, the change of shelf direction and the intensity of the winds resulted in the formation of these features on a regional scale. The presence of these oceanic events near the northern shelf slope could explain the ecological and sedimentation differences in the Holocene between the eastern and northern shelves.CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOFISICATalude continentalMargem equatorialCorrentes de contorno oesteVórticesInfluência da fisiografia da margem continental do RN na circulação de correntes de contorno oesteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALInfluenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdfapplication/pdf3848182https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29171/1/Influenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdfa416d4e4fbaae9a9d9470a2c48ee50a7MD51TEXTInfluenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdf.txtInfluenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain147928https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29171/2/Influenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdf.txtc58558ba2d51fd273d997ee1758add3dMD52THUMBNAILInfluenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdf.jpgInfluenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1361https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29171/3/Influenciafisiografiamargem_Damasceno_2020.pdf.jpgbd1985ab3b56aae6df99b9ef324add46MD53123456789/291712020-06-14 04:38:16.918oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/29171Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-06-14T07:38:16Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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As correntes de contorno oeste (CCOs) contribuem para a circulação oceânica e o clima global e produzem impacto local ao longo de suas interações com as margens continentais. Este estudo analisa a resposta da interação entre as CCOs e a Margem Equatorial Atlântica Sudoeste, particularmente do Rio Grande do Norte (RN), com base na fisiografia da margem, medidas de correntes in situ e uma simulação numérica utilizando o modelo CROCO. Os dados de relevo batimétrico foram modelados em ambiente GIS e integrados à simulação das correntes utilizando rotinas computacionais, posteriormente validados com os dados de S4 in situ da plataforma setentrional. A margem do RN fornece caminho para as CCOs ao longo da borda de suas plataformas leste e norte, que são estreitas (até 40 km da costa) e com talude de alto gradiente topográfico (1:11), separadas pelo Alto de Touros com baixo gradiente topográfico cuja extensão da plataforma chega a 80 km na direção offshore. Os resultados mostram a interação da Subcorrente Norte do Brasil (SNB) com a fisiografia da margem setentrional do RN produzindo uma região de recirculação das correntes devido ao cisalhamento de velocidades. Feições de vórtices e meandros são evidentes em fevereiro e agosto, sendo os meandros predominantes neste último mês possivelmente devido ao aumento da intensidade dos ventos em direção a oeste. A posição do núcleo mais acelerado da SBN (>1.0 m.s- ¹) coincide com a região do talude superior do Alto de Touros em ambos os meses, configurando a interação da margem com a SBN. As correntes na região do talude setentrional apresentam a menor velocidade da área de estudo (~0.1 m.s - ¹) devido à mudança de direção da margem de N-S para E-O. Esse contraste resulta no cisalhamento de velocidade com a formação de vórtices. A diminuição do gradiente topográfico do talude superior do Alto de Touros, a mudança da direção da borda da plataforma e a intensidade dos ventos resultam na formação dessas feições em escala regional. A presença desses eventos oceânicos próximos a borda da plataforma norte do RN pode explicar diferenciações ecológicas e de sedimentação no Holoceno entre as margens Leste e Norte. |
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