Inferência e sensualismo na filosofia moral de Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jota, Renato de Medeiros
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24153
Resumo: Considerando que a filosofia moral de Hume pode ser entendida como sendo “sensualista”, alguém poderia objetar que essa afirmação se mostra incompatível com o empirismohumeano, na medida em que o sensualismo pareceria restringiro agente moral aos limites dos sentidos, enquanto que o empirismo humeano estenderia suas conclusões para além dos mesmos. Para responder a essa possível objeção, defendemos uma interpretação que visa compatibilizar o sensualismo moral com o empirismo de Hume. Pois enquanto o primeiro é a fonte de nosso conhecimento moral, o segundo nos leva a estender as conclusões de nossas inferências morais para o futuro, mostrandoque esse seu “projecionismo”não seria incompatívelcom o sensualismo. Nossa hipótese de trabalho permite mostrar que essarelação entre sensualismo e empirismo é garantida pela relação entre o hábito e a imaginação. Nesse sentido, a tese édivididaem três capítulos. No primeiro,discutimos o contexto em que a filosofia moral de Hume está inserida. No segundo capítulo apresentamos uma discussão de algumas interpretações recentes da filosofia moral de Hume e propomos uma alternativa. No terceiro,por fim, explicamos como fazer generalizaçõesé indispensável para nossas inferências morais e como a relação entre hábito e imaginação desempenha um papel central neste processo, ao associar causalmente as percepções dos sentidos e estender nossas conclusões até o futuro.
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