Análise estratigráfica das seções rifte e pós-rifte na Sub-bacia de Mundaú da Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Paulo Sávio Pinheiro
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51177
Resumo: As descobertas de campos de petróleo na Margem Equatorial Africana, juntamente com a perfuração dos poços Pecém e Pitu, respectivamente, nas bacias do Ceará e Potiguar reforçam a necessidade de estudos para uma melhor compreensão da evolução das bacias sedimentares presentes na Margem Equatorial Brasileira, que desponta como uma nova fronteira exploratória para hidrocarbonetos. A complexidade tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira é discutida em diversas publicações, que a classificam como uma margem passiva transformante. No entanto, existe uma lacuna no estudo de suas bacias à luz dos conceitos da Estratigrafia de Sequências. A Bacia do Ceará está inserida na plataforma continental da Margem Equatorial Brasileira e sua origem está relacionada ao processo de fragmentação do Gondwana durante o Eocretáceo, resultando na abertura do Atlântico Equatorial. A referida bacia é limitada a sudeste pelo Alto de Fortaleza, a oeste pelo Alto de Tutóia, a norte pela parte sul da Zona de Fratura de Romanche, e a sul pelo embasamento cristalino. Devido aos aspectos tectônicos distintos e às diferentes feições estruturais, a mesma se encontra compartimentada em quatro sub-bacias, de oeste para leste: Piauí-Camocim, Acaraú, Icaraí e Mundaú. O arcabouço estratigráfico da Sub-bacia do Mundaú é composto por três supersequências: Rifte, pós-Rifte e Drifte. Em termos litoestratigráficos, as supersequências Rifte e pós-Rifte correspondem às formações Mundaú e Paracuru, respectivamente. As mesmas foram estudadas a partir dos dados de poços, com a elaboração de diagramas 1D, onde foram definidas as litofácies, ciclos, conjuntos de ciclos, tratos de sistemas deposicionais e sequências deposicionais. A análise sismoestratigráfica realizada, a partir de linhas sísmicas 2D, consistiu na caracterização de sismofácies e identificação de terminações de refletores, culminando no reconhecimento de unidades e superfícies da estratigrafia de sequências. A integração destas interpretações permitiu a compartimentação da seção estudada em unidades sismoestratigráficas, as quais foram relacionadas a distintos tratos de sistemas tectônicos. Ao final, foi possível propor um modelo para a evolução tectono-estratigráfica para a sub-bacia estudada.
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spelling Fernandes, Paulo Sávio Pinheirohttp://lattes.cnpq.br/7583765035474277Sousa, Debora do CarmoAlmeida, Narelle Maia deCordoba, Valéria Centurion2023-02-03T17:11:17Z2023-02-03T17:11:17Z2021-12-09FERNANDES, Paulo Sávio Pinheiro. Análise estratigráfica das seções rifte e pós-rifte na Sub-bacia de Mundaú da Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira. Orientador: Valéria Centurion Córdoba. 2021. 90f. Dissertação (Mestrado em Geodinâmica e Geofísica) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51177As descobertas de campos de petróleo na Margem Equatorial Africana, juntamente com a perfuração dos poços Pecém e Pitu, respectivamente, nas bacias do Ceará e Potiguar reforçam a necessidade de estudos para uma melhor compreensão da evolução das bacias sedimentares presentes na Margem Equatorial Brasileira, que desponta como uma nova fronteira exploratória para hidrocarbonetos. A complexidade tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira é discutida em diversas publicações, que a classificam como uma margem passiva transformante. No entanto, existe uma lacuna no estudo de suas bacias à luz dos conceitos da Estratigrafia de Sequências. A Bacia do Ceará está inserida na plataforma continental da Margem Equatorial Brasileira e sua origem está relacionada ao processo de fragmentação do Gondwana durante o Eocretáceo, resultando na abertura do Atlântico Equatorial. A referida bacia é limitada a sudeste pelo Alto de Fortaleza, a oeste pelo Alto de Tutóia, a norte pela parte sul da Zona de Fratura de Romanche, e a sul pelo embasamento cristalino. Devido aos aspectos tectônicos distintos e às diferentes feições estruturais, a mesma se encontra compartimentada em quatro sub-bacias, de oeste para leste: Piauí-Camocim, Acaraú, Icaraí e Mundaú. O arcabouço estratigráfico da Sub-bacia do Mundaú é composto por três supersequências: Rifte, pós-Rifte e Drifte. Em termos litoestratigráficos, as supersequências Rifte e pós-Rifte correspondem às formações Mundaú e Paracuru, respectivamente. As mesmas foram estudadas a partir dos dados de poços, com a elaboração de diagramas 1D, onde foram definidas as litofácies, ciclos, conjuntos de ciclos, tratos de sistemas deposicionais e sequências deposicionais. A análise sismoestratigráfica realizada, a partir de linhas sísmicas 2D, consistiu na caracterização de sismofácies e identificação de terminações de refletores, culminando no reconhecimento de unidades e superfícies da estratigrafia de sequências. A integração destas interpretações permitiu a compartimentação da seção estudada em unidades sismoestratigráficas, as quais foram relacionadas a distintos tratos de sistemas tectônicos. Ao final, foi possível propor um modelo para a evolução tectono-estratigráfica para a sub-bacia estudada.The discoveries of oil fields in the African Equatorial Margin combined with the drilling of wells such as Pecém and Pitu, respectively, in the Ceará and Potiguar basins, reinforce the necessity for studies which aim to better understand the evolution of the sedimentary basins within the Brazilian Equatorial Margin, emerging as a new frontier for hydrocarbon exploration. The tectonic-structural complexity of the Brazilian Equatorial Margin is discussed in several works, which classify this region as a transforming passive margin. However, there is a gap in the research of this basins when it comes to the concepts of Sequence Stratigraphy. The Ceará Basin is placed in the continental shelf of the Brazilian Equatorial Margin and its origin is connected to the Gondwana’s breakup process during the Early Cretaceous, resulting in the Equatorial Atlantic opening. The basin is limited to the southeast by the Fortaleza High, to the west by the Tutóia High, to the north by the southern part of the Zomanche Fracture Zone, and to the south by the crystalline basement. Due to the distinct tectonic aspects and different structural framework, The Ceará Basin can be divided into four sub-basins, from west to east: Piauí-Camocim, Acaraú, Icaraí and Mundaú. The stratigraphic framework of the Mundaú Sub-basin is composed by three super sequences: rift, post-rift and drift. In lithostratigraphic terms, the rift and post-rift stages correspond to the Mundaú and Paracuru formations, respectively. They were studied in this work from the well data, allowing the elaboration of 1D diagrams, with lithofacies, cycles, cycle sets and depositional sequences. The seismic stratigraphic analysis was carried out from 2D seismic lines, and consisted of characterizing seismic facies and the identification of reflectors terminations, culminating in the recognition of sequence stratigraphy units and surfaces. The integration of this interpretations allowed the separation of the studied section in terms of seismic stratigraphic units, which were associated with tectonic systems tracts. At the end, it was possible to propose a model for the tectono-stratigraphic evolution of the studied sub-basin.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASEstratigrafia de sequênciasBacia do CearáEstágio rifteSismoestratigrafiaTratos de sistemas tectônicosAnálise estratigráfica das seções rifte e pós-rifte na Sub-bacia de Mundaú da Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAnaliseestratigraficasecoes_Fernandes_2021.pdfapplication/pdf10259583https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51177/1/Analiseestratigraficasecoes_Fernandes_2021.pdf6e5efe9536705b4ae140071733337b20MD51123456789/511772023-02-03 14:15:02.405oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/51177Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-02-03T17:15:02Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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