Estafilococcias, colonização nasal por Staphylococcus spp. e os fatores associados em pacientes hospitalizados em Caicó-RN
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22755 |
Resumo: | As infecções por Staphylococcus têm sido cada vez mais evidentes nas últimas décadas, sendo este relevante em infecções humanas, principalmente em âmbito hospitalar. Os Staphylococcus, especialmente S. aureus e S. aureus resistente à meticilina (MRSA), destacam-se como colonizadores de feridas infectadas, as quais são fontes potenciais de contaminação cruzada em ambiente hospitalar. Assim, objetivou-se conhecer a prevalência de Staphylococcus spp. isolados de feridas em pacientes internados, verificar associação de fatores sociodemográficos, relativos à lesão e a internação com a presença de S. aureus e caracterizar os pacientes com presença de MRSA em ferida infectada e com colonização na mucosa nasal. Também foi objetivo da pesquisa identificar, a partir de prontuários médicos, a prevalência de estafilococcias e estreptococcias, verificando associação de fatores clínicos e relativos à internação com o tipo de infecção. A pesquisa foi dividida em duas etapas. Primeiramente, foram investigados os prontuários médicos dos pacientes internados no Hospital Regional do Seridó com estafilococcias ou estreptococcias entre 2008 e 2010 (n= 315), obtendo-se a prevalência das referidas infecções e a identificação de fatores como idade, sexo, sinais locais e sistêmicos, presença de comorbidades, local da infecção, realização de exames, tempo de internação e uso de antibióticos. Em um segundo momento da pesquisa, foram coletadas amostras em pacientes que apresentavam feridas e estavam internados na clínica médica, clínica cirúrgica ou Unidade de Terapia Intensiva do referido hospital. A coleta de amostras de ferida e da mucosa nasal foi realizada com swab estéril embebido em solução salina a 0,85%. No laboratório, o material foi semeado em ágar manitol salgado e incubado em estufa bacteriológica (37ºC-48 horas). As colônias com fermentação do manitol foram submetidas à coloração de Gram, teste da catalase e coagulase. Posteriormente, foram realizados antibiogramas para identificação de MRSA e, em seguida, realização de reação de polimerase em cadeia (PCR) para amplificação do gene mecA e confirmação das cepas de MRSA. Foi realizado teste do Qui-quadrado para verificar associação de variáveis independentes (idade, sexo, condições socioeconômicas, características da ferida, presença de doenças sistêmicas e fatores relativos à internação) com a presença de Staphylococcus em feridas. Mann Whitney e teste t de Student foram utilizados para verificar se havia diferença significativa entre as variáveis independentes e a colonização nasal por Staphylococcus spp. e entre as variáveis independentes e o tipo de infecção (estafilococcia e estreptococcia). Com base nos prontuários médicos, a classificação do tipo de infecção foi realizada em quase totalidade por critérios exclusivamente clínicos. Houve diferença significativa entre os grupos tratamento de estreptococcias e estafilococcias em relação a quantidade de antibióticos administrados (p=0,001) e número de dias internados (p<0,001), sendo maior no grupo com tratamento de estafilococcias. As feridas (n=125) foram de pacientes com idade média de 63.9 anos e 3.84 anos de estudo. A prevalência de Staphylococcus spp. em feridas foi 64.8% (n=81) e S. aureus 20% (n=25). Entre S. aureus, 32% (n=8) foram MRSA. A presença de S. aureus nasal (p<0,001), menos dias de antibiótico prévio à coleta (p=0,04) e hospitalização na clínica médica foram fatores associados à presença de S. aureus na ferida. MRSA foram isolados de indivíduos com uso prévio de antibióticos (37,5%), pacientes com 2 ou mais comorbidades (75%) e metade dos indivíduos com MRSA faleceram. Na análise de colonização nasal de parte dos pacientes da pesquisa (n=71), verificou-se que 44,4% apresentavam MRSA na narina, e aqueles com MRSA estavam significativamente associados ao tratamento prolongado com antibióticos (p=0,002). Diante dos resultados, verifica-se que as feridas são fontes de infecção por Staphylococcus, com expressiva frequência de S. aureus e MRSA. A mucosa nasal é um importante sítio para contaminação cruzada, com destaque para linhagens resistentes, principalmente quando há uso prolongado de antibióticos. Além disso, o diagnóstico de estafilococcias ocorre prioritariamente por critérios clínicos, o que pode contribuir para aumento da resistência dos microrganismos quando realizados tratamentos empíricos inadequados. Assim, há necessidade de cuidados voltados ao tratamento de feridas e cautela no uso de antibióticos em pacientes internados, para evitar disseminação de bactérias resistentes em ambiente hospitalar. |
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Almeida, Gilmara Celli Maia deSouza, Dyego Leandro Bezerra deFreitas, Marise Reis deUzeda, Milton deTorres, Sandra ReginaLima, Kenio Costa de2017-04-26T22:53:39Z2017-04-26T22:53:39Z2014-10-17ALMEIDA, Gilmara Celli Maia de. Estafilococcias, colonização nasal por Staphylococcus spp. e os fatores associados em pacientes hospitalizados em Caicó-RN. 2014. 85f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22755porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEInfecções bacterianasStaphylococcus aureusHospitalEpidemiologiaEstafilococcias, colonização nasal por Staphylococcus spp. e os fatores associados em pacientes hospitalizados em Caicó-RNinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAs infecções por Staphylococcus têm sido cada vez mais evidentes nas últimas décadas, sendo este relevante em infecções humanas, principalmente em âmbito hospitalar. Os Staphylococcus, especialmente S. aureus e S. aureus resistente à meticilina (MRSA), destacam-se como colonizadores de feridas infectadas, as quais são fontes potenciais de contaminação cruzada em ambiente hospitalar. Assim, objetivou-se conhecer a prevalência de Staphylococcus spp. isolados de feridas em pacientes internados, verificar associação de fatores sociodemográficos, relativos à lesão e a internação com a presença de S. aureus e caracterizar os pacientes com presença de MRSA em ferida infectada e com colonização na mucosa nasal. Também foi objetivo da pesquisa identificar, a partir de prontuários médicos, a prevalência de estafilococcias e estreptococcias, verificando associação de fatores clínicos e relativos à internação com o tipo de infecção. A pesquisa foi dividida em duas etapas. Primeiramente, foram investigados os prontuários médicos dos pacientes internados no Hospital Regional do Seridó com estafilococcias ou estreptococcias entre 2008 e 2010 (n= 315), obtendo-se a prevalência das referidas infecções e a identificação de fatores como idade, sexo, sinais locais e sistêmicos, presença de comorbidades, local da infecção, realização de exames, tempo de internação e uso de antibióticos. Em um segundo momento da pesquisa, foram coletadas amostras em pacientes que apresentavam feridas e estavam internados na clínica médica, clínica cirúrgica ou Unidade de Terapia Intensiva do referido hospital. A coleta de amostras de ferida e da mucosa nasal foi realizada com swab estéril embebido em solução salina a 0,85%. No laboratório, o material foi semeado em ágar manitol salgado e incubado em estufa bacteriológica (37ºC-48 horas). As colônias com fermentação do manitol foram submetidas à coloração de Gram, teste da catalase e coagulase. Posteriormente, foram realizados antibiogramas para identificação de MRSA e, em seguida, realização de reação de polimerase em cadeia (PCR) para amplificação do gene mecA e confirmação das cepas de MRSA. Foi realizado teste do Qui-quadrado para verificar associação de variáveis independentes (idade, sexo, condições socioeconômicas, características da ferida, presença de doenças sistêmicas e fatores relativos à internação) com a presença de Staphylococcus em feridas. Mann Whitney e teste t de Student foram utilizados para verificar se havia diferença significativa entre as variáveis independentes e a colonização nasal por Staphylococcus spp. e entre as variáveis independentes e o tipo de infecção (estafilococcia e estreptococcia). Com base nos prontuários médicos, a classificação do tipo de infecção foi realizada em quase totalidade por critérios exclusivamente clínicos. Houve diferença significativa entre os grupos tratamento de estreptococcias e estafilococcias em relação a quantidade de antibióticos administrados (p=0,001) e número de dias internados (p<0,001), sendo maior no grupo com tratamento de estafilococcias. As feridas (n=125) foram de pacientes com idade média de 63.9 anos e 3.84 anos de estudo. A prevalência de Staphylococcus spp. em feridas foi 64.8% (n=81) e S. aureus 20% (n=25). Entre S. aureus, 32% (n=8) foram MRSA. A presença de S. aureus nasal (p<0,001), menos dias de antibiótico prévio à coleta (p=0,04) e hospitalização na clínica médica foram fatores associados à presença de S. aureus na ferida. MRSA foram isolados de indivíduos com uso prévio de antibióticos (37,5%), pacientes com 2 ou mais comorbidades (75%) e metade dos indivíduos com MRSA faleceram. 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Assim, há necessidade de cuidados voltados ao tratamento de feridas e cautela no uso de antibióticos em pacientes internados, para evitar disseminação de bactérias resistentes em ambiente hospitalar.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDEUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdfEstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdfapplication/pdf6499799https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22755/1/EstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf6d893df302eb7f0b55f1630523622d1aMD51TEXTGilmaraCelliMaiaDeAlmeida_TESE.pdf.txtGilmaraCelliMaiaDeAlmeida_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain121127https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22755/4/GilmaraCelliMaiaDeAlmeida_TESE.pdf.txt0785fb8324c9595c468d8b1233c6638fMD54EstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf.txtEstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain121060https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22755/6/EstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf.txtcefa4d55fb1abd01593901faa3cb1659MD56THUMBNAILGilmaraCelliMaiaDeAlmeida_TESE.pdf.jpgGilmaraCelliMaiaDeAlmeida_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2055https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22755/5/GilmaraCelliMaiaDeAlmeida_TESE.pdf.jpg4dd9943b50d50360594aac2ca7091fe7MD55EstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf.jpgEstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1249https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22755/7/EstafilococciasColonizacaoNasal_Almeida_2014.pdf.jpg219523424bfefa0c76b0efdb2e20c57dMD57123456789/227552019-05-26 02:47:57.137oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22755Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:47:57Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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