A dialética da redução de danos como projeto ético-político para outro projeto societário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Anna Carolina Vidal
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57342
Resumo: A presente tese é um ensaio teórico e visa analisar as práxis da Redução de Danos (RD) no que se refere às possibilidades para a construção de um projeto ético-político emancipatório. Partimos da concepção de que a “questão das drogas” pode e deve ser vista como multifacetada ao longo da trajetória humana. Cada conjuntura, no que diz respeito à forma de abordar socialmente a questão, reflete transformações que vão sendo permeadas por várias nuances durante o tempo. Na complexa relação de determinações que rodeiam esse fenômeno, podemos perceber que, no modo de produção capitalista (MPC), as drogas adquirem o status de mercadoria, tornando-se, assim, um fenômeno que gera consequências no contexto da modernidade, e seus elementos estruturais e sua ideologia se fortalecem por meio da ideologia proibicionista. Essa ideologia está tão articulada com a reprodução da ordem social vigente, que pode ser identificada mesmo durante governos que se propuseram a expressar os interesses da classe trabalhadora e dos grupos subjugados e oprimidos por essa ordem. A RD é historicamente uma linha estratégica de construção de cuidado e um lugar teórico-prático a ser disputado que é atravessado pelas conjunturas históricas. Por sua vez, também é possível identificar um processo de esvaziamento teórico e um excesso de pragmatismo em muitas interpretações e atuações sobre e com a RD, o que nos remete à necessidade da aproximação teórica de cunho crítico. Nesta tese, partimos da teoria social marxiana e da tradição marxista como base para nossas reflexões e análises. Contudo, sabemos que mesmo tal tradição não teve historicamente uma relação unívoca no debate sobre as drogas. Nesse sentido, percebemos que, na perspectiva marxista, ao longo de sua história, em vários dos seus discursos e análises teóricas, houve um afastamento da temática, por diversas motivações como, por exemplo, interpretações superficiais e simplórias da determinação das drogas, ou mesmo um moralismo sobre a classe trabalhadora e seus horizontes revolucionários. Busca-se trazer para discussão como as práticas de RD, mesmo que com ideias e concepções antiproibicionistas e de cunho progressista, muitas vezes continuam ligadas a uma expressão de gestão de controle da classe trabalhadora, expressando, em última instância, interesses das classes dominantes. Consequentemente, acabam se filiando à reprodução do MPC. Isso não nega contribuições que o debate e as práticas de RD trouxeram e ainda trazem, especialmente para enfrentar uma questão tão permeada de ideologia, preconceito e violência. Contudo, uma leitura crítica é fundamental para contribuir para um campo mais efetivo que possa desvelar a raiz da “questão das drogas” como problemática contemporânea. Em suma, a tese aqui defendida é a de que a RD pode e deve ser um instrumento de análise e transformação das relações sociais e, para tanto, é necessário que possamos dialogar com a trajetória até aqui desenvolvida, mas também, que consiga se expressar como projeto ético-político filiado ao projeto de transformação radical da realidade. Ou seja, sob pena de ser absorvida pela própria estrutura que visa combater, a agenda de uma RD, além de antiproibicionista, precisa ser anticapitalista.
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Partimos da concepção de que a “questão das drogas” pode e deve ser vista como multifacetada ao longo da trajetória humana. Cada conjuntura, no que diz respeito à forma de abordar socialmente a questão, reflete transformações que vão sendo permeadas por várias nuances durante o tempo. Na complexa relação de determinações que rodeiam esse fenômeno, podemos perceber que, no modo de produção capitalista (MPC), as drogas adquirem o status de mercadoria, tornando-se, assim, um fenômeno que gera consequências no contexto da modernidade, e seus elementos estruturais e sua ideologia se fortalecem por meio da ideologia proibicionista. Essa ideologia está tão articulada com a reprodução da ordem social vigente, que pode ser identificada mesmo durante governos que se propuseram a expressar os interesses da classe trabalhadora e dos grupos subjugados e oprimidos por essa ordem. A RD é historicamente uma linha estratégica de construção de cuidado e um lugar teórico-prático a ser disputado que é atravessado pelas conjunturas históricas. Por sua vez, também é possível identificar um processo de esvaziamento teórico e um excesso de pragmatismo em muitas interpretações e atuações sobre e com a RD, o que nos remete à necessidade da aproximação teórica de cunho crítico. Nesta tese, partimos da teoria social marxiana e da tradição marxista como base para nossas reflexões e análises. Contudo, sabemos que mesmo tal tradição não teve historicamente uma relação unívoca no debate sobre as drogas. Nesse sentido, percebemos que, na perspectiva marxista, ao longo de sua história, em vários dos seus discursos e análises teóricas, houve um afastamento da temática, por diversas motivações como, por exemplo, interpretações superficiais e simplórias da determinação das drogas, ou mesmo um moralismo sobre a classe trabalhadora e seus horizontes revolucionários. Busca-se trazer para discussão como as práticas de RD, mesmo que com ideias e concepções antiproibicionistas e de cunho progressista, muitas vezes continuam ligadas a uma expressão de gestão de controle da classe trabalhadora, expressando, em última instância, interesses das classes dominantes. Consequentemente, acabam se filiando à reprodução do MPC. Isso não nega contribuições que o debate e as práticas de RD trouxeram e ainda trazem, especialmente para enfrentar uma questão tão permeada de ideologia, preconceito e violência. Contudo, uma leitura crítica é fundamental para contribuir para um campo mais efetivo que possa desvelar a raiz da “questão das drogas” como problemática contemporânea. Em suma, a tese aqui defendida é a de que a RD pode e deve ser um instrumento de análise e transformação das relações sociais e, para tanto, é necessário que possamos dialogar com a trajetória até aqui desenvolvida, mas também, que consiga se expressar como projeto ético-político filiado ao projeto de transformação radical da realidade. Ou seja, sob pena de ser absorvida pela própria estrutura que visa combater, a agenda de uma RD, além de antiproibicionista, precisa ser anticapitalista.This thesis is a theoretical essay and aims to analyze the praxis of Harm Reduction (HR) with regard to the possibilities for the construction of an emancipatory ethical-political project. We start from the conception that the “drug issue” can and should be seen as multifaceted throughout the human trajectory. Each situation, with regard to the way of socially approaching the issue, reflects transformations that are permeated by various nuances over time. Within the complex relationship of determinations that surround this phenomenon, we can see that, within the capitalist mode of production (CMP), drugs acquire the status of commodity, thus becoming a phenomenon that generates consequences in the context of modernity and, its structural elements and their ideology are strengthened through prohibitionist ideology. This ideology is so closely linked to the reproduction of the present social order that it can be identified even during governments that set out to express the interests of the working class and groups subjugated and oppressed by this order. HR is historically a strategic line of care construction and a theoretical-practical place to be disputed that is crossed by historical conjunctures. In turn, it is also possible to identify a process of theoretical emptying and an excess of pragmatism in many interpretations and actions about and with HR, which reminds us of the need for a critical theoretical approach. In this thesis, we start from Marxian social theory and the Marxist tradition as the basis for our reflections and analyses. However, we know that even this tradition has not historically had a univocal relationship in the debate on drugs. In this sense, we realize that, within the Marxist perspective, throughout its history, in several of its speeches and theoretical analyses, there was a departure from the theme, for various reasons such as, for example, superficial and simplistic interpretations of this determination of drugs, or even a moralism about the working class and its revolutionary horizons. The aim is to bring to discussion how HR practices, even with anti-prohibitionist and progressive ideas and conceptions, often remain linked to an expression of management control of the working class, ultimately expressing the interests of the dominant classes. Consequently, they end up joining the reproduction of the CMP. This does not deny the contributions that the HR debate and practices brought and still bring, especially to face an issue so permeated with ideology, prejudice and violence. However, a critical reading is essential to contribute to a more effective field that can reveal the root of the “drug issue” as a contemporary problem. In short, the thesis defended here is that HR can and should be an instrument for analyzing and transforming social relations and, to this end, it is necessary that we can dialogue with the trajectory developed so far, but also that it can express itself as an ethical-political project affiliated with the project of radical transformation of reality. In other words, under penalty of being absorbed by the very structure it aims to combat, the agenda of a RD, in addition to being anti-prohibitionist, needs to be anti-capitalist.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIARedução de danosDrogasMarxismoProjeto ético-políticoEnsaioA dialética da redução de danos como projeto ético-político para outro projeto societárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALDialeticareducaodanos_Matos_2023.pdfapplication/pdf1293733https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/57342/1/Dialeticareducaodanos_Matos_2023.pdfd4efd9eab6a3b18c9e2903523f535689MD51123456789/573422024-01-22 13:38:36.383oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/57342Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-01-22T16:38:36Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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