Mortalidade materna no Brasil: características sociodemográficas e suas principais causas

• Autor(a) principal: Rocha, Kalyne Patrícia de Macêdo
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50512
• topic: Enfermagem; Fatores socioeconômicos; Mortalidade materna

O presente estudo teve como objetivo geral analisar a associação entre a ocorrência de morte materna e seu perfil sociodemográfico no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. Os dados extraídos foram armazenados e tratados nos softwares Microsoft Office Excel, versão 2013 e analisados com o auxílio do Statistic Package for Social Science (SPSS), versão 21. O perfil epidemiológico foi caracterizado pela morte de mulheres com idade mais avançada entre 30 e 59 anos (82,43 óbitos maternos por 100.000 NV), não brancas (61,54 óbitos maternos por 100.000 NV), sem escolaridade (227,76 óbitos maternos por 100.000 NV), viúvas/separadas (99,02 óbitos maternos por 100.000 NV), predominando o tipo de causa obstétrica direta (67,49% dos óbitos), por eclâmpsia (14,98% dos óbitos). A região que apresentou maior razão de mortalidade materna foi a Região Norte (94,48 óbitos maternos por 100.000 NV). Conclui-se que mulheres em situação de vulnerabilidade social, caracterizada por baixa escolaridade, limitações sociais, raciais e geográficas, que dificulta o acesso aos serviços de saúde, tornam-se mais propensas a adoecer/morrer por causas evitáveis. Faz-se necessário o fortalecimento das políticas públicas intersetoriais que favoreçam a redução das desigualdades existentes, privilegiando aquelas mulheres em contextos desfavoráveis.