Análise da conformidade de lotes de concreto para diferentes resistências com aplicação de estatísticas: estudo de caso

• Autor(a) principal: Daccache, Elias Daher
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55598
• topic: Concreto; Controle; Resistência à compressão; Conformidade

O controle tecnológico do concreto tem como objetivo principal aprimorar a qualidade, segurança e eficiência nas construções. Isso resulta na obtenção de lotes mais homogêneos, promovendo estruturas mais robustas e duradouras, contribuindo para a prevenção de falhas estruturais e reduzindo custos. Sabe-se que para realizar esse monitoramento, deve-se avaliar todos os processos que interferem na qualidade final do concreto, desde o planejamento da obra até sua utilização final. A ABNT 12655:2022 é a principal norma referente ao procedimento de preparo, controle, recebimento e aceitação do concreto, sendo constantemente abordada. Ante o exposto, o presente trabalho coletou resultados de resistência à compressão de lotes de concreto usinado das classes C25 e C30, utilizados em um edifício residencial multifamiliar, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, com o objetivo principal de avaliar se os lotes estavam em conformidade, utilizando os princípios das normas abordadas e aplicando gráficos e estatísticas de média, mediana, desvio-padrão, variância, amplitude e coeficiente de variação para comparar os lotes de concreto e levantar possíveis causas de suas conformidades ou não. Foi constatado que todos os lotes foram aceitos, já que a resistência à compressão estimada foi maior do que a resistência especificada em projeto para todos os casos, e, portanto, o aumento da classe de resistência não implicou em uma menor ou maior aceitação dos lotes. As médias observadas foram de 29,91 MPa para a classe C25 e 32,50 MPa para a classe C30, indicando valores acima do esperado. Contudo, observou-se falhas de procedimento por parte das empresas responsáveis pela execução, pela concretagem e pelos ensaios realizados, como a moldagem de apenas um corpo de prova para cada idade de rompimento e a falta de realização do ensaio de consistência na grande maioria dos lotes. Isso pode ter resultado nas altas amplitudes observadas, de 9,80 MPa para a classe C25 e 7,95 MPa para a classe C30, além de levantar suspeitas acerca da confiabilidade dos resultados para a classe C25, que apresentou um coeficiente de variação de 10,41%, classificando o ensaio como deficiente, enquanto na classe C30, com coeficiente de variação de 3,96%, o ensaio foi avaliado como muito bom. Assim, à medida que a classe de concreto aumentou, os resultados obtidos foram mais confiáveis. Com isso, fica evidente a importância da realização correta do controle tecnológico, bem como de sua maior divulgação e conscientização no âmbito da Engenharia Civil.