A emergência internacional em saúde pública devido ao novo coronavírus: a evolução de casos e mortes frente às alternativas escolhidas pelos entes estaduais

• Autor(a) principal: Souza, Damião Ernane de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/37402
• topic: Tomada de decisão; Pandemia; Covid-19; Política de saúde; Sistema de informação em saúde; Decision making; Pandemic; Health policy; Health information system

Em 2020 a humanidade viu-se diante da Emergência Internacional em Saúde Pública em decorrência do novo coronavírus que alterou a vida e exigiu decisões rápidas, muitas vezes baseada em incerteza, com resultados que poderia interferir em toda a coletividade. Para reduzir o risco, tais decisões, precisam ter como subsídio principal informação de qualidade. Diante deste quadro o objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a decisão do gestor estadual em saúde pública acerca do enfrentamento à pandemia pelo novo coronavírus e a evolução da emergência de saúde pública em cada Unidade da Federação. Trata-se de estudo descritivo, de natureza quantitativo por estudo de múltiplos casos, realizado através da coleta de dados secundários em plataformas oficiais sobre a demografia, epidemiologia (comorbidades e COVID-19), rede assistencial do SUS e decisões por atos normativos das 27 Unidades da Federação. Observou-se heterogeneidade quanto ao porte populacional, à expectativa de vida, as prevalências de comorbidades (diabetes, hipertensão e asma) dos estados e da rede assistencial do SUS (número de hospitais, leitos, médicos e UTI para COVID-19). Sobre as decisões, em todas as unidades observou-se aumento de equipamentos de assistência em saúde, acompanhadas de decretos estaduais que não versavam efetivamente sobre isolamento social ou medidas não farmacológicas. Em todos os contextos, houve aumento do número de casos e alguns gestores utilizaram de modo crescente a distribuição de hidroxicloroquina como estratégia de intervenção, contudo sem o arrefecimento da pandemia. A partir dos resultados, conclui-se que a heterogeneidade territorial do país se reflete nos indicadores demográfico, sanitários e assistencial; destaca-se que a indisponibilidade da imunização inicial levou as autoridades a decidir por ampliar a rede saúde, sem prejuízo de medidas preventivas em distintas escalas por atos normativos; e, que com o crescimento do número de casos, o contexto político e a incerteza gestores optaram pela utilização de tratamentos medicamentosos ineficazes com o aumento da dispensação de hidroxicloroquina ambulatorial na maior parte dos estados. Análise futura mais aprofundada de cada unidade ou agregação destas por similaridade ou região poderá trazer novos elementos que as limitações deste estudo exploratório não conseguiu alcançar.