Relações entre inteligência, criatividade e funções executivas: um estudo multicasos
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29149 |
Resumo: | A inteligência pode ser definida como um conjunto de habilidades cognitivas decorrentes de diferentes processos intelectivos, estruturados em trajetórias exclusivas de desenvolvimento, resultantes da interação de fatores biológicos e culturais. O quoeficiente de inteligência (QI), compreendido como a expressão atual do nível de habilidade de um indivíduo em relação a seu dado normativo, delimita grupos da curva de desenvolvimento de inteligência, caracterizando os grupos de deficiência intelectual e altas habilidades/superdotação. Porém, defende-se aqui que tais grupos não representam configurações antagônicas em sua totalidade, ou seja, a deficiência intelectual, assim como as altas habilidades/superdotação são configuradas por pontos de força e fragilidade. Por outro lado, as relações entre inteligência, funções executivas e criatividade têm gerado frutíferos debates. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar as relações entre estas dimensões nos dois extremos da curva de inteligência, problematizando os perfis neuropsicológicos para além de uma abordagem quantitativista. Participaram desse estudo 16 indivíduos entre 12 e 20 anos, com classificações de QI nos dois extremos da curva de inteligência. Foram avaliadas as dimensões da inteligência, criatividade e o funcionamento executivo. Os dados foram analisados através de estatística descritiva e de análise de cluster. Os principais resultados sugerem que a dimensão da compreensão verbal da inteligência é o domínio que melhor explica a diferença entre os grupos, sendo o domínio da velocidade de processamento aquele no qual a diferença entre os grupos é menor. Em termos de funcionamento executivo, a memória operacional e a flexibilidade cognitiva despontaram como as habilidades mais díspares entre os dois grupos. Por fim, no domínio da criatividade, o fator de enriquecimento de ideias foi o que melhor explicou a diferença entre sujeitos com DI e sujeitos com AH/SD. Espera-se que os resultados encontrados possam subsidiar intervenções junto aos dois grupos, ambos considerados com necessidades educacionais especiais, a partir dos perfis que os caracterizam, considerando pontos de fragilidade, mas em especial os pontos de força, avançando para um entendimento da educação especial para além dos limites impostos pelo quociente de inteligência, pois este não é aqui considerado como destino. |
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Porto, Silvia BeltrameFalcão, Jorge Tarcísio da RochaFalcão, Taciana Pontual da RochaPires, Izabel Augusta Hazin2020-06-04T18:02:24Z2020-06-04T18:02:24Z2018-09-06PORTO, Silvia Beltrame. Relações entre inteligência, criatividade e funções executivas: um estudo multicasos. 2018. 90f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29149A inteligência pode ser definida como um conjunto de habilidades cognitivas decorrentes de diferentes processos intelectivos, estruturados em trajetórias exclusivas de desenvolvimento, resultantes da interação de fatores biológicos e culturais. O quoeficiente de inteligência (QI), compreendido como a expressão atual do nível de habilidade de um indivíduo em relação a seu dado normativo, delimita grupos da curva de desenvolvimento de inteligência, caracterizando os grupos de deficiência intelectual e altas habilidades/superdotação. Porém, defende-se aqui que tais grupos não representam configurações antagônicas em sua totalidade, ou seja, a deficiência intelectual, assim como as altas habilidades/superdotação são configuradas por pontos de força e fragilidade. Por outro lado, as relações entre inteligência, funções executivas e criatividade têm gerado frutíferos debates. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar as relações entre estas dimensões nos dois extremos da curva de inteligência, problematizando os perfis neuropsicológicos para além de uma abordagem quantitativista. Participaram desse estudo 16 indivíduos entre 12 e 20 anos, com classificações de QI nos dois extremos da curva de inteligência. Foram avaliadas as dimensões da inteligência, criatividade e o funcionamento executivo. Os dados foram analisados através de estatística descritiva e de análise de cluster. Os principais resultados sugerem que a dimensão da compreensão verbal da inteligência é o domínio que melhor explica a diferença entre os grupos, sendo o domínio da velocidade de processamento aquele no qual a diferença entre os grupos é menor. Em termos de funcionamento executivo, a memória operacional e a flexibilidade cognitiva despontaram como as habilidades mais díspares entre os dois grupos. Por fim, no domínio da criatividade, o fator de enriquecimento de ideias foi o que melhor explicou a diferença entre sujeitos com DI e sujeitos com AH/SD. Espera-se que os resultados encontrados possam subsidiar intervenções junto aos dois grupos, ambos considerados com necessidades educacionais especiais, a partir dos perfis que os caracterizam, considerando pontos de fragilidade, mas em especial os pontos de força, avançando para um entendimento da educação especial para além dos limites impostos pelo quociente de inteligência, pois este não é aqui considerado como destino.Intelligence can be defined as a set of cognitive abilities emerging from different intellectual processes, builded in exclusive paths of development, as a result of the interaction biological and cultural factors. The intelligence quotient (IQ), known as the expression of an individual's level of ability in relation to their normative data, lines up groups at intelligence curve of development, describind groups of intellectual disability and giftedness. However, it is argued in this study, that such groups do not opose each other in completude, wich means that intelectual disabilities and giftedness are configured by points of strength and fragility. On the other hand, the relationship between intelligence, executive functions and creativity have provoked fruitful debates. In this sense, the current study aims to investigate how these dimensions can relate with the extremity groups of intelligence curve, investigate the relationships between these dimensions in the two extremes of the intelligence curve, triyng to understand these neuropsychological profiles beyond a quantitative approach. Sixteen individuals between 12 and 20 years old, with IQ classifications at the two extremes of the intelligence curve, participated in this study. The dimensions of intelligence, creativity and executive functioning were evaluated. Data were analyzed through descriptive statistics and cluster analysis. The main results suggests that verbal comprehension dimension of intelligence is the domain wich better explains the difference between groups, and processing speed is the one with smaller diferences between them. In terms of executive functioning, operational memory and cognitive flexibility emerged as the most distinct abilities between groups. At last, enrichment factor of ideas explained the main diferences between individuals of both groups, related to criativity production. It is hoped that the results found may subsidize interventions in both groups, either considered with special educational needs, from the profiles that characterize them, considering fragility points, but especially the points of strength, moving towards an understanding of special education beyond the limits imposed by the quotient of intelligence, since it is not here considered as destiny.CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIADeficiência intelectualAltas habilidades/superdotaçãoFunções executivasCriatividadeRelações entre inteligência, criatividade e funções executivas: um estudo multicasosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALRelacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdfapplication/pdf1655999https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29149/1/Relacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf07fc5d70139467f653e07028e5afe9fbMD51TEXTRelacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf.txtRelacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain145759https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29149/2/Relacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf.txte1f97dfadb176671fb7511294ca681d2MD52THUMBNAILRelacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf.jpgRelacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1241https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29149/3/Relacoesentreinteligencia_Porto_2018.pdf.jpg1349cde0166d30658fa20e29de18e249MD53123456789/291492020-06-07 04:36:27.777oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/29149Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-06-07T07:36:27Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A inteligência pode ser definida como um conjunto de habilidades cognitivas decorrentes de diferentes processos intelectivos, estruturados em trajetórias exclusivas de desenvolvimento, resultantes da interação de fatores biológicos e culturais. O quoeficiente de inteligência (QI), compreendido como a expressão atual do nível de habilidade de um indivíduo em relação a seu dado normativo, delimita grupos da curva de desenvolvimento de inteligência, caracterizando os grupos de deficiência intelectual e altas habilidades/superdotação. Porém, defende-se aqui que tais grupos não representam configurações antagônicas em sua totalidade, ou seja, a deficiência intelectual, assim como as altas habilidades/superdotação são configuradas por pontos de força e fragilidade. Por outro lado, as relações entre inteligência, funções executivas e criatividade têm gerado frutíferos debates. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar as relações entre estas dimensões nos dois extremos da curva de inteligência, problematizando os perfis neuropsicológicos para além de uma abordagem quantitativista. Participaram desse estudo 16 indivíduos entre 12 e 20 anos, com classificações de QI nos dois extremos da curva de inteligência. Foram avaliadas as dimensões da inteligência, criatividade e o funcionamento executivo. Os dados foram analisados através de estatística descritiva e de análise de cluster. Os principais resultados sugerem que a dimensão da compreensão verbal da inteligência é o domínio que melhor explica a diferença entre os grupos, sendo o domínio da velocidade de processamento aquele no qual a diferença entre os grupos é menor. Em termos de funcionamento executivo, a memória operacional e a flexibilidade cognitiva despontaram como as habilidades mais díspares entre os dois grupos. Por fim, no domínio da criatividade, o fator de enriquecimento de ideias foi o que melhor explicou a diferença entre sujeitos com DI e sujeitos com AH/SD. Espera-se que os resultados encontrados possam subsidiar intervenções junto aos dois grupos, ambos considerados com necessidades educacionais especiais, a partir dos perfis que os caracterizam, considerando pontos de fragilidade, mas em especial os pontos de força, avançando para um entendimento da educação especial para além dos limites impostos pelo quociente de inteligência, pois este não é aqui considerado como destino. |
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