Efeitos comportamentais e neuroquímicos da ativação do receptor da nociceptina/orfanina FQ no estresse de derrota social em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Câmara, Alice Barros
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44584
Resumo: Introdução: Vários receptores têm sido associados com a depressão, entretanto o papel do receptor NOP na depressão ainda não é amplamente é reconhecido. Sabe-se que o receptor NOP tem ampla expressão no sistema nervoso e observou-se que a ativação deste receptor induz efeitos inibitórios, causando redução da liberação de neurotransmissores e inibição do disparo neuronal, dependendo do sítio (pré ou pós sináptico) no qual é expresso. Dessa forma, este estudo tem o objetivo de avaliar os possíveis efeitos comportamentais e bioquímicos diante a ativação do receptor NOP em camundongos submetidos ao estresse de derrota social. Métodos: Camundongos Swiss machos foram empregados neste estudo. Para avaliar o comportamento do tipo depressivo nos animais foram empregados o teste do campo aberto, teste de interação social e teste de suspensão pela cauda. Além disso, foram utilizadas amostras de soro, córtex pré-frontal e hipocampo para avaliar o estresse oxidativo em lipídeos e proteínas dos animais. Resultados: O agonista NOP, Ro 65-6570 (1 mg/kg, ip), ou o estresse de derrota social reduziram a taxa de exploração no teste de campo aberto realizado seis dias após o protocolo de derrota social. O estresse de derrota social ou o tratamento com o agonista NOP também reduziram o número de levantamentos dos animais no campo aberto no penúltimo dia do protocolo de derrota social. O estresse de derrota social e/ou o agonista NOP aumentaram o tempo de imobilidade no teste de suspensão pela cauda realizado oito dias após o protocolo de derrota social, bem como reduziu a interação social dos animais no último dia do protocolo de derrota social. No entanto, sete dias após a finalização do protocolo, apenas a droga isoladamente afetou a interação dos animais. Adicionalmente, o estresse de derrota social e o agonista NOP (1 mg/kg, ip), combinados, elevaram a concentração de malondialdeídeo no soro e no córtex pré frontal dos animais, assim como elevaram a concentração de grupos carbonilas no córtex pré-frontal. Por fim, a droga por si só, foi capaz de elevar os níveis de malondialdeideo no soro e de grupos carbonilas no hipocampo. O estresse de derrota social e o agonista NOP não exerceram efeitos na distância percorrida, na defecação, na autolimpeza e na concentração de malondialdeideo do hipocampo. Conclusão: A ativação da sinalização do receptor NOP pode facilitar a aquisição do comportamento depressivo sub-crônico em animais, observado através de alguns testes comportamentais. A ativação do receptor NOP e o estresse de derrota social (em conjunto) podem estar relacionados com a peroxidação lipídica no sangue e no córtex pré-frontal de animais, além da oxidação proteica no córtex pré-frontal. Isoladamente, a droga também pode contribuir para a peroxidação lipídica no soro e oxidação proteica no hipocampo dos camundongos. Esses achados indicam um perfil pró-depressivo crônico induzido pela ativação da sinalização do receptor NOP, algumas vezes independentemente da presença do agente estressante (protocolo de derrota social). Portanto, sugerimos que um dos mecanismos relacionados com a participação do receptor NOP no transtorno depressivo seria a ativação de vias envolvidas no estresse oxidativo.
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Sabe-se que o receptor NOP tem ampla expressão no sistema nervoso e observou-se que a ativação deste receptor induz efeitos inibitórios, causando redução da liberação de neurotransmissores e inibição do disparo neuronal, dependendo do sítio (pré ou pós sináptico) no qual é expresso. Dessa forma, este estudo tem o objetivo de avaliar os possíveis efeitos comportamentais e bioquímicos diante a ativação do receptor NOP em camundongos submetidos ao estresse de derrota social. Métodos: Camundongos Swiss machos foram empregados neste estudo. Para avaliar o comportamento do tipo depressivo nos animais foram empregados o teste do campo aberto, teste de interação social e teste de suspensão pela cauda. Além disso, foram utilizadas amostras de soro, córtex pré-frontal e hipocampo para avaliar o estresse oxidativo em lipídeos e proteínas dos animais. Resultados: O agonista NOP, Ro 65-6570 (1 mg/kg, ip), ou o estresse de derrota social reduziram a taxa de exploração no teste de campo aberto realizado seis dias após o protocolo de derrota social. O estresse de derrota social ou o tratamento com o agonista NOP também reduziram o número de levantamentos dos animais no campo aberto no penúltimo dia do protocolo de derrota social. O estresse de derrota social e/ou o agonista NOP aumentaram o tempo de imobilidade no teste de suspensão pela cauda realizado oito dias após o protocolo de derrota social, bem como reduziu a interação social dos animais no último dia do protocolo de derrota social. No entanto, sete dias após a finalização do protocolo, apenas a droga isoladamente afetou a interação dos animais. Adicionalmente, o estresse de derrota social e o agonista NOP (1 mg/kg, ip), combinados, elevaram a concentração de malondialdeídeo no soro e no córtex pré frontal dos animais, assim como elevaram a concentração de grupos carbonilas no córtex pré-frontal. Por fim, a droga por si só, foi capaz de elevar os níveis de malondialdeideo no soro e de grupos carbonilas no hipocampo. O estresse de derrota social e o agonista NOP não exerceram efeitos na distância percorrida, na defecação, na autolimpeza e na concentração de malondialdeideo do hipocampo. Conclusão: A ativação da sinalização do receptor NOP pode facilitar a aquisição do comportamento depressivo sub-crônico em animais, observado através de alguns testes comportamentais. A ativação do receptor NOP e o estresse de derrota social (em conjunto) podem estar relacionados com a peroxidação lipídica no sangue e no córtex pré-frontal de animais, além da oxidação proteica no córtex pré-frontal. Isoladamente, a droga também pode contribuir para a peroxidação lipídica no soro e oxidação proteica no hipocampo dos camundongos. Esses achados indicam um perfil pró-depressivo crônico induzido pela ativação da sinalização do receptor NOP, algumas vezes independentemente da presença do agente estressante (protocolo de derrota social). Portanto, sugerimos que um dos mecanismos relacionados com a participação do receptor NOP no transtorno depressivo seria a ativação de vias envolvidas no estresse oxidativo.Introduction: Several receptors have been associated with depression. However, the role of the NOP receptor in depression is not widely recognized yet. It is known that the NOP receptor has wide expression in the nervous system and the activation of this receptor can induce inhibitory effects, reducing the neurotransmitters release and/or neuronal firing inhibition, depending on the site (pre-or post-synaptic) in which it is expressed. Therefore, this study aims to evaluate the possible behavioral and biochemical effects of a NOP receptor agonist in mice subjected to the stress of social defeat. Methods: Male Swiss mice were employed in this study. To evaluate the depressive behavior in animals, the open field test, social interaction test, and tail suspension test were used. In addition, blood and tissue samples were used to evaluate the oxidative stress in lipids and proteins. Results: The NOP agonist, Ro 65-6570 (1 mg/kg, IP), or the social defeat stress reduced the exploration rate in the open field test performed six days after the social defeat protocol. The stress of social defeat or treatment with the NOP agonist also reduced the number of animal liftings in the open field on the penultimate day of the social defeat protocol. The social defeat stress and/or the NOP agonist increased the immobility time in the tail suspension test performed eight days after the social defeat protocol, as well as reduced the social interaction of the animals on the last day of the social defeat protocol. However, seven days after the end of the protocol, only the drug alone was able to affect the animals' interaction. Additionally, the NOP agonist (1 mg/kg, IP) increased the concentration of carbonylated proteins (carbonyl groups) in the hippocampus. The stress of social defeat and the NOP agonist, together, increased malondialdehyde in the animals' serum and prefrontal cortex, as well as increased the concentration of carbonyl groups in the prefrontal cortex. Finally, the drug alone was able to increase the malondialdehyde levels in the serum. The social defeat stress and the NOP agonist did not affect the distance traveled in open field test, defecation, grooming, as well as the malondialdehyde concentration in the hippocampus. Conclusion: The activation of NOP receptor signaling can contribute to sub-chronic depressive behavior in animals, suggested by some behavioral tests. NOP receptor activation and social defeat stress (together) may be related to lipid peroxidation in the blood and prefrontal cortex of animals, as well as protein oxidation in the prefrontal cortex. The drug by itself may also contribute to serum lipid peroxidation and protein oxidation in the mice's hippocampus. These findings indicate a chronic pro-depressive profile induced by the activation of NOP receptor signaling, sometimes regardless of the presence of the stressor (social defeat protocol). Therefore, we suggest that one of the mechanisms related to the participation of the NOP receptor in depressive disorder would be the activation of pathways involved in oxidative stress.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIAUFRNBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDerrota socialDepressão maiorEstresse oxidativoNociceptina/orfanina FQReceptor NOPEfeitos comportamentais e neuroquímicos da ativação do receptor da nociceptina/orfanina FQ no estresse de derrota social em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEfeitoscomportamentaisneuroquimicos_Camara_2021.pdfEfeitoscomportamentaisneuroquimicos_Camara_2021.pdfapplication/pdf2760706https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/44584/1/Efeitoscomportamentaisneuroquimicos_Camara_2021.pdfb7e937f3765bbb38b19c4e4467fa0b33MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/44584/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/44584/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/445842022-05-02 12:52:58.336oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/44584Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:52:58Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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