A importância da comunicação para a cooperação e coordenação das ações da equipe de emergência do SAMU-Natal
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49489 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar de que modo as comunicações entre os membros das equipes de emergência do SAMU, e entre eles e outros operadores, interferem nas ações de cooperação entre eles e na sua coordenação e impactam na eficiência deste serviço prestado à população da cidade de Natal-RN, Brasil. Para tanto, foi adotado o método participativo e situado da Análise Ergonômica do Trabalho-AET. Buscou-se, com isso, identificar fatores que influenciam na comunicação, cooperação, coordenação e atividades das equipes do SAMU e propor indicações de melhoria nas situações de trabalho, de modo a favorecer a melhoria da qualidade da comunicação, cooperação e da coordenação das ações. Os principais problemas observados, relativos ao trabalho das equipes do SAMU, que interferem no trabalho da equipe de atendimento móvel, foram os seguintes: a) falhas nas transmissões via rádio entre a central de regulação e as equipes assistenciais (de atendimento móvel); b) ocorrência de esperas demoradas nos contatos telefônicos realizados pelos Telefonistas Auxiliares da Regulação Médica-TARMs com as unidades de saúde do destino final do paciente; c) demora da unidade de destino final do paciente para receber a equipe de atendimento móvel do SAMU e, consequentemente, para receber o paciente, aumentando o tempo para iniciar a continuidade do atendimento hospitalar do paciente; d) falhas nas práticas de comunicação em alça fechada. Foram também identificados nas atividades das equipes, alguns aspectos que contribuem positivamente para a eficiência da atividade, tais como: a) a existência da cooperação entre os membros da equipe de atendimento móvel, entre os membros da equipe da Central de Regulação e entre as equipes; b) a convivência entre os membros da mesma equipe de atendimento móvel, aumentando a experiência, a eficiência da comunicação e da cooperação e a sinergia desenvolvida pela equipe de atendimento móvel ao longo do tempo; c) a comunicação como fator fundamental para a coordenação das equipes de atendimento móvel, através dos rádios e telefones da Central de Regulação. As principais medidas recomendadas para melhorar a comunicação entre as equipes e, portanto a coordenação das ações, a cooperação entre elas e a segurança do paciente, são as seguintes: a) oferecer treinamentos de comunicação em equipe para os membros da equipe de atendimento móvel, entre estes e os membros da equipe da Central de Regulação, entre os membros da equipe da Central de Regulação e as unidades de saúde de destino dos pacientes, destacando sua importância para a eficiência do serviço e a segurança do paciente; e b) incentivar a utilização da prática de comunicação em alça fechada, visto que reduz os riscos de falhas no entendimento das falas e nas ações; c) estabelecer equipes fixas do atendimento móvel como estratégia para melhorar a cooperação e sinergia entre os membros da equipe e assistência à saúde, mas, periodicamente, fazer mudanças na formação das equipes para que estas novas formações adquiram, também, a habilidade de cooperação e a sinergia mínima necessária; d) ampliar a distribuição das antenas de rádios na cidade, para melhorar o sinal e reduzir as falhas nas transmissões; e) realizar reuniões quadrimestrais com as equipes da Central de Regulação e de atendimento móvel, em que elas tomem conhecimento sobre o tempo de resposta do serviço e busquem conhecer os fatores causais, que levam a este indicador, para que se possa estabelecer estratégias para minimização racional deste tempo. |
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Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49489O presente trabalho tem como objetivo analisar de que modo as comunicações entre os membros das equipes de emergência do SAMU, e entre eles e outros operadores, interferem nas ações de cooperação entre eles e na sua coordenação e impactam na eficiência deste serviço prestado à população da cidade de Natal-RN, Brasil. Para tanto, foi adotado o método participativo e situado da Análise Ergonômica do Trabalho-AET. Buscou-se, com isso, identificar fatores que influenciam na comunicação, cooperação, coordenação e atividades das equipes do SAMU e propor indicações de melhoria nas situações de trabalho, de modo a favorecer a melhoria da qualidade da comunicação, cooperação e da coordenação das ações. Os principais problemas observados, relativos ao trabalho das equipes do SAMU, que interferem no trabalho da equipe de atendimento móvel, foram os seguintes: a) falhas nas transmissões via rádio entre a central de regulação e as equipes assistenciais (de atendimento móvel); b) ocorrência de esperas demoradas nos contatos telefônicos realizados pelos Telefonistas Auxiliares da Regulação Médica-TARMs com as unidades de saúde do destino final do paciente; c) demora da unidade de destino final do paciente para receber a equipe de atendimento móvel do SAMU e, consequentemente, para receber o paciente, aumentando o tempo para iniciar a continuidade do atendimento hospitalar do paciente; d) falhas nas práticas de comunicação em alça fechada. Foram também identificados nas atividades das equipes, alguns aspectos que contribuem positivamente para a eficiência da atividade, tais como: a) a existência da cooperação entre os membros da equipe de atendimento móvel, entre os membros da equipe da Central de Regulação e entre as equipes; b) a convivência entre os membros da mesma equipe de atendimento móvel, aumentando a experiência, a eficiência da comunicação e da cooperação e a sinergia desenvolvida pela equipe de atendimento móvel ao longo do tempo; c) a comunicação como fator fundamental para a coordenação das equipes de atendimento móvel, através dos rádios e telefones da Central de Regulação. As principais medidas recomendadas para melhorar a comunicação entre as equipes e, portanto a coordenação das ações, a cooperação entre elas e a segurança do paciente, são as seguintes: a) oferecer treinamentos de comunicação em equipe para os membros da equipe de atendimento móvel, entre estes e os membros da equipe da Central de Regulação, entre os membros da equipe da Central de Regulação e as unidades de saúde de destino dos pacientes, destacando sua importância para a eficiência do serviço e a segurança do paciente; e b) incentivar a utilização da prática de comunicação em alça fechada, visto que reduz os riscos de falhas no entendimento das falas e nas ações; c) estabelecer equipes fixas do atendimento móvel como estratégia para melhorar a cooperação e sinergia entre os membros da equipe e assistência à saúde, mas, periodicamente, fazer mudanças na formação das equipes para que estas novas formações adquiram, também, a habilidade de cooperação e a sinergia mínima necessária; d) ampliar a distribuição das antenas de rádios na cidade, para melhorar o sinal e reduzir as falhas nas transmissões; e) realizar reuniões quadrimestrais com as equipes da Central de Regulação e de atendimento móvel, em que elas tomem conhecimento sobre o tempo de resposta do serviço e busquem conhecer os fatores causais, que levam a este indicador, para que se possa estabelecer estratégias para minimização racional deste tempo.This work aims to analyze how communications between members of SAMU emergency teams, and between them and other operators, interfere in cooperation actions between them and in their coordination and impact on the efficiency of this service provided to the population of city of Natal-RN, Brazil. For this, the participative and situated method of Ergonomic Analysis of Work-EAW was adopted. This sought to identify factors that influence the communication, cooperation, coordination and activities of SAMU teams and to propose indications of improvement in work situations, in order to favor the improvement of the quality of communication, cooperation and the coordination of actions. The main problems observed, related to the work of SAMU teams, which interfere with the work of the mobile service team, were the following: a) failures in radio transmissions between the regulation center and the assistance teams (mobile service); b) the occurrence of long waits in the telephone contacts made by the Medical Regulation Assistant Assistants - TARMs with the health units of the patient's final destination; c) delay of the patient's final destination unit to receive the SAMU mobile care team and, consequently, to receive the patient, increasing the time to start the continuity of the patient's hospital care; d) failures in closed loop communication practices. In the activities of the teams, some aspects that positively contribute to the efficiency of the activity were also identified, such as: a) the existence of cooperation between the members of the mobile service team, between the members of the Regulation Central team and between the teams ; b) coexistence between members of the same mobile service team, increasing experience, the efficiency of communication and cooperation and the synergy developed by the mobile service team over time; c) communication as a fundamental factor for the coordination of mobile service teams, through the radios and telephones of the Regulation Center. The main measures recommended to improve communication between teams and, therefore, the coordination of actions, cooperation between them and patient safety, are as follows: a) offer team communication training for members of the mobile care team, between them and the members of the Central Regulation team, between the members of the Central Regulation team and the health units of destination of the patients, highlighting their importance for the efficiency of the service and the safety of the patient; and b) encourage the use of closed loop communication practice, as it reduces the risk of failure to understand the statements and actions; c) to establish fixed mobile care teams as a strategy to improve cooperation and synergy between team members and health care, but, periodically, make changes in the formation of teams so that these new formations also acquire the ability to cooperate and the minimum necessary synergy; d) expand the distribution of radio antennas in the city, to improve the signal and reduce transmission failures; e) hold quarterly meetings with the teams of the Regulation and Mobile Service Center, in which they learn about the service's response time and seek to know the causal factors that lead to this indicator, so that strategies can be established to minimize rational of this time.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃOUFRNBrasilCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA DE PRODUCAOErgonomiaComunicaçãoCooperaçãoTrabalho em equipeServiço de urgênciaA importância da comunicação para a cooperação e coordenação das ações da equipe de emergência do SAMU-Natalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALImportanciacomunicacaocooperacao_Santana_2020.pdfapplication/pdf1919080https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/49489/1/Importanciacomunicacaocooperacao_Santana_2020.pdf605e3f285492ed3898a45b0d06a7d7ffMD51123456789/494892022-10-05 21:13:01.363oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/49489Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-10-06T00:13:01Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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O presente trabalho tem como objetivo analisar de que modo as comunicações entre os membros das equipes de emergência do SAMU, e entre eles e outros operadores, interferem nas ações de cooperação entre eles e na sua coordenação e impactam na eficiência deste serviço prestado à população da cidade de Natal-RN, Brasil. Para tanto, foi adotado o método participativo e situado da Análise Ergonômica do Trabalho-AET. Buscou-se, com isso, identificar fatores que influenciam na comunicação, cooperação, coordenação e atividades das equipes do SAMU e propor indicações de melhoria nas situações de trabalho, de modo a favorecer a melhoria da qualidade da comunicação, cooperação e da coordenação das ações. Os principais problemas observados, relativos ao trabalho das equipes do SAMU, que interferem no trabalho da equipe de atendimento móvel, foram os seguintes: a) falhas nas transmissões via rádio entre a central de regulação e as equipes assistenciais (de atendimento móvel); b) ocorrência de esperas demoradas nos contatos telefônicos realizados pelos Telefonistas Auxiliares da Regulação Médica-TARMs com as unidades de saúde do destino final do paciente; c) demora da unidade de destino final do paciente para receber a equipe de atendimento móvel do SAMU e, consequentemente, para receber o paciente, aumentando o tempo para iniciar a continuidade do atendimento hospitalar do paciente; d) falhas nas práticas de comunicação em alça fechada. Foram também identificados nas atividades das equipes, alguns aspectos que contribuem positivamente para a eficiência da atividade, tais como: a) a existência da cooperação entre os membros da equipe de atendimento móvel, entre os membros da equipe da Central de Regulação e entre as equipes; b) a convivência entre os membros da mesma equipe de atendimento móvel, aumentando a experiência, a eficiência da comunicação e da cooperação e a sinergia desenvolvida pela equipe de atendimento móvel ao longo do tempo; c) a comunicação como fator fundamental para a coordenação das equipes de atendimento móvel, através dos rádios e telefones da Central de Regulação. As principais medidas recomendadas para melhorar a comunicação entre as equipes e, portanto a coordenação das ações, a cooperação entre elas e a segurança do paciente, são as seguintes: a) oferecer treinamentos de comunicação em equipe para os membros da equipe de atendimento móvel, entre estes e os membros da equipe da Central de Regulação, entre os membros da equipe da Central de Regulação e as unidades de saúde de destino dos pacientes, destacando sua importância para a eficiência do serviço e a segurança do paciente; e b) incentivar a utilização da prática de comunicação em alça fechada, visto que reduz os riscos de falhas no entendimento das falas e nas ações; c) estabelecer equipes fixas do atendimento móvel como estratégia para melhorar a cooperação e sinergia entre os membros da equipe e assistência à saúde, mas, periodicamente, fazer mudanças na formação das equipes para que estas novas formações adquiram, também, a habilidade de cooperação e a sinergia mínima necessária; d) ampliar a distribuição das antenas de rádios na cidade, para melhorar o sinal e reduzir as falhas nas transmissões; e) realizar reuniões quadrimestrais com as equipes da Central de Regulação e de atendimento móvel, em que elas tomem conhecimento sobre o tempo de resposta do serviço e busquem conhecer os fatores causais, que levam a este indicador, para que se possa estabelecer estratégias para minimização racional deste tempo. |
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