Teoria dos frutos da árvore envenenada no direito brasileiro
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55770 |
Resumo: | O ensaio em questão possui o objetivo de compreender melhor a aplicação da teoria dos frutos da árvore envenenada no direito brasileiro, sua origem no direito americano, bem como a sua relação existente com as teorias limitadoras e as Exclusionary Rules, de sorte a apontar eventuais fragilidades no tratamento atual das provas ilícitas. Nesse contexto, a partir da utilização de uma metodologia sob o viés dedutivo, bem como uma pesquisa bibliográfica, documental e jurisprudencial, o estudo procurou também identificar a incidência dos princípios relativos às provas e ao processo penal no direito à inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos. Em nítida influência dos principais julgados do direito americano, responsável por desenvolver não só a teoria dos frutos da árvore envenenada, como também as suas teorias limitadoras, a Lei nº 11.690/2008 foi responsável por trazer uma nova roupagem no tratamento das provas ilícitas, diante da inclusão de novos institutos no art. 157 do Código de Processo Penal. As respostas identificadas ao longo do trabalho evidenciaram que a redação final do dispositivo se mostra imperfeita e indeterminada, em comparação ao raciocínio empregado nas decisões que originaram as teorias no Direito Comparado. Assim, em relação às teorias da falta de nexo causal, da fonte independente e da descoberta inevitável, há uma imprecisão normativa responsável por conferir um certo grau de subjetividade à admissibilidade das provas obtidas ilicitamente. Com efeito, a utilização das provas ilícitas no processo termina criando dois riscos, quais sejam, de que a condenação seja baseada na utilização de provas ilícitas, e que o processo seja considerado nulo pelos tribunais superiores. Diante do claro prejuízo aos direitos e garantais fundamentais dos envolvidos, urge a necessidade de adoção de medidas que busquem minimizar eventuais irregularidades durante a atividade probatória, através de uma maior proteção à teoria dos frutos da árvore envenenada e às Exclusionary Rules. Para tanto, a pesquisa exteriorizou a indispensabilidade da mitigação da teoria da fonte independente, do reconhecimento da inconstitucionalidade da teoria da descoberta inevitável e da redundância da disposição do nexo de causalidade. Noutro giro, é essencial a normatização das cláusulas limitadoras da boa-fé, da prova ilícita pro reo e de uma melhor distribuição do ônus probatório. |
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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Departamento de Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55770O ensaio em questão possui o objetivo de compreender melhor a aplicação da teoria dos frutos da árvore envenenada no direito brasileiro, sua origem no direito americano, bem como a sua relação existente com as teorias limitadoras e as Exclusionary Rules, de sorte a apontar eventuais fragilidades no tratamento atual das provas ilícitas. Nesse contexto, a partir da utilização de uma metodologia sob o viés dedutivo, bem como uma pesquisa bibliográfica, documental e jurisprudencial, o estudo procurou também identificar a incidência dos princípios relativos às provas e ao processo penal no direito à inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos. Em nítida influência dos principais julgados do direito americano, responsável por desenvolver não só a teoria dos frutos da árvore envenenada, como também as suas teorias limitadoras, a Lei nº 11.690/2008 foi responsável por trazer uma nova roupagem no tratamento das provas ilícitas, diante da inclusão de novos institutos no art. 157 do Código de Processo Penal. As respostas identificadas ao longo do trabalho evidenciaram que a redação final do dispositivo se mostra imperfeita e indeterminada, em comparação ao raciocínio empregado nas decisões que originaram as teorias no Direito Comparado. Assim, em relação às teorias da falta de nexo causal, da fonte independente e da descoberta inevitável, há uma imprecisão normativa responsável por conferir um certo grau de subjetividade à admissibilidade das provas obtidas ilicitamente. Com efeito, a utilização das provas ilícitas no processo termina criando dois riscos, quais sejam, de que a condenação seja baseada na utilização de provas ilícitas, e que o processo seja considerado nulo pelos tribunais superiores. Diante do claro prejuízo aos direitos e garantais fundamentais dos envolvidos, urge a necessidade de adoção de medidas que busquem minimizar eventuais irregularidades durante a atividade probatória, através de uma maior proteção à teoria dos frutos da árvore envenenada e às Exclusionary Rules. Para tanto, a pesquisa exteriorizou a indispensabilidade da mitigação da teoria da fonte independente, do reconhecimento da inconstitucionalidade da teoria da descoberta inevitável e da redundância da disposição do nexo de causalidade. Noutro giro, é essencial a normatização das cláusulas limitadoras da boa-fé, da prova ilícita pro reo e de uma melhor distribuição do ônus probatório.The aim of this essay is to better understand the application of the theory of the fruit of the poisonous tree in the Brazilian law, as well as its origin in the American law, its relationship with the exceptions to the Exclusionary Rules, in order to point out any weaknesses in the current treatment of illegal evidence. In this context, using a deductive methodology, as well as bibliographical, documentary and jurisprudential research, the study also identified the impact of the principles relating to evidence and criminal procedure on the right to inadmissibility of illegal evidence. Clearly influenced by American jurisprudence, which was responsible for developing not only the theory of the fruit of the poisoned tree, but also its exceptions, a Law nº 11.690/2008 was responsible for bringing a new look to the treatment of illegal evidence, by including new institutes in Article 157 of the Criminal Procedure Code. The answers identified throughout the work showed that the final wording of the provision is imperfect and indeterminate, compared to the reasoning used in the decisions that gave rise to the theories in the Comparative Law. Therefore, in relation to the theories of lack of causal connection, the independent source and the inevitable discovery, there is a normative imprecision responsible for conferring a certain degree of subjectivity on the admissibility of illegal evidence. In fact, the use of illegal evidence in the process ends up creating two risks, namely that the conviction will be based on the use of illegal evidence, and that the process will be considered null and void by the higher courts. In view of the clear damage to the fundamental rights and guarantees of those involved, there is an urgent need to adopt measures that minimize any irregularities during evidentiary activity, through greater protection of the theory of the fruit of the poisoned tree and the Exclusionary Rules. To this end, the research has highlighted the need to mitigate the independent source theory, to recognize the unconstitutionality of the inevitable discovery theory and the redundancy of the theory of the lack of causal connection. On the other hand, it is essential to standardize the clauses limiting good faith, unlawful evidence pro reo and a better distribution of the burden of proof.Universidade Federal do Rio Grande do NorteDireitoUFRNBrasilDepartamento de Direito Processual e PropedêuticaAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO::DIREITO PUBLICO::DIREITO PROCESSUAL PENALárvore envenenadaexceçõesprova IlícitaTeoria dos frutos da árvore envenenada no direito brasileiroTheory of the fruit of the poisonous tree in brazilian lawinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55770/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALTeoriadosFrutosdaÁrvoreEnvenenadanoDireitoBrasileiro_Melo_2023.pdfTeoriadosFrutosdaÁrvoreEnvenenadanoDireitoBrasileiro_Melo_2023.pdfapplication/pdf737042https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55770/1/TeoriadosFrutosda%c3%81rvoreEnvenenadanoDireitoBrasileiro_Melo_2023.pdf86fd527f9ed6ee1f639d97b12ae6350fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55770/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/557702023-12-12 08:55:54.897oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/55770Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-12-12T11:55:54Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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