Influência dos fatores ambientais nos padrões de diversidade evolutiva de Myrtaceae
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51349 |
Resumo: | O domínio Mata Atlântica é considerado um hotspot ecológico, por conta do seu elevado número de espécies endêmicas e crescente grau de ameaça. Sua alta biodiversidade não está distribuída de forma homogênea no domínio, que apresenta elevada heterogeneidade ambiental, abrigando florestas anciãs e florestas recém-formadas. Para compreendermos a distribuição e analisar os padrões de diversidade nesse domínio é necessário unir a biogeografia histórica e ecológica. Nesse sentido, utilizamos como grupo modelo a família de plantas Myrtaceae, que se destaca como a família de plantas lenhosas mais diversa do domínio. Nosso objetivo foi analisar como os fatores ambientais influenciam os padrões de diversidade evolutiva de Myrtaceae. Especificamente, testamos se áreas mais quentes e úmidas favorecem a especiação e se áreas mais estáveis climaticamente terão acumulado mais espécies devido às menores taxas de extinção. Utilizamos quatro índices de diversidade evolutiva: o índice de variabilidade filogenética de espécies (PSV), a diversidade filogenética relativa (rPD), o endemismo filogenético (PE) e a distância média da raiz entre as espécies (MRD) para cada comunidade estudada. Cada comunidade estudada aqui consiste em registros florísticos encontrados na literatura e compilados por outros autores nos bancos de dados Caaporan e NeotropTree, foram analisadas 1282 comunidades vegetais no domínio que ao todo abrigam 39.044 registros e 492 espécies de Myrtaceae. Baseado em 31 variáveis ambientais, 19 bioclimáticas (WorldClim), 11 de solo (Soil Grids) e 1 referente a estabilidade climática, investigamos quais fatores influenciaram a evolução do grupo. Após selecionar as variáveis através de critérios estatísticos utilizamos para a construção dos modelos de regressão 9 delas, foram elas precipitação no mês mais úmido e do trimestre mais frio, intervalo termal diurno médio, isotermalidade e temperatura máxima no mês mais quente, fração volumétrica de fragmentos grosseiros (> 2 mm), argila e silte, e a estabilidade climática. O preditor temperatura máxima no mês mais quente foi significativo para todos os índices. As variáveis selecionadas explicaram melhor os modelos de MRD (R²: 0,508) e PSV (R²: 0,429), ao passo que PE (R²: 0,364) e rPD (R²: 0,249) apresentaram menor ajuste. Linhagens que derivaram mais vezes e mais recentemente (MRD) e espécies mais relacionadas entre si (PSV) estão em regiões com elevada precipitação no período de chuvas e áreas mais quentes. Menor endemismo filogenético (PE) ocorre em áreas mais quentes com alta variação de temperatura mensal, locais com maior PE apresentam grande fração volumétrica de fragmentos grosseiros (> 2 mm) e silte. A quantidade de energia/calor e precipitação são fatores que aumentam a produtividade primária, e podem acelerar e aumentar as taxas de evolução das espécies. Temperaturas mais altas aumentam a disponibilidade de energia, possibilitando o aumento populacional e gerando menores taxas de extinção. Analisando a influência entre preditores ambientais e a distribuição das métricas evolutivas de Myrtaceae na Mata Atlântica, podemos compreender melhor como se deu a evolução da flora neste domínio. |
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Oliveira, Cassia Ferreira dehttp://lattes.cnpq.br/3832964752164361https://orcid.org/0000-0003-4911-9574http://lattes.cnpq.br/4357034543526737Souza, Alexandre Fadigas dehttp://lattes.cnpq.br/7844758818522706Faria Junior, Jair Eustáquio Quintino dehttp://lattes.cnpq.br/3214384669945455Staggemeier, Vanessa Graziele2023-02-24T18:34:07Z2023-02-24T18:34:07Z2022-12-21OLIVEIRA, Cassia Ferreira de. Influência dos fatores ambientais nos padrões de diversidade evolutiva de Myrtaceae. Orientadora: Profa. Dra. Vanessa Graziele Staggemeier. 2022. 110 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ecologia) – Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51349O domínio Mata Atlântica é considerado um hotspot ecológico, por conta do seu elevado número de espécies endêmicas e crescente grau de ameaça. Sua alta biodiversidade não está distribuída de forma homogênea no domínio, que apresenta elevada heterogeneidade ambiental, abrigando florestas anciãs e florestas recém-formadas. Para compreendermos a distribuição e analisar os padrões de diversidade nesse domínio é necessário unir a biogeografia histórica e ecológica. Nesse sentido, utilizamos como grupo modelo a família de plantas Myrtaceae, que se destaca como a família de plantas lenhosas mais diversa do domínio. Nosso objetivo foi analisar como os fatores ambientais influenciam os padrões de diversidade evolutiva de Myrtaceae. Especificamente, testamos se áreas mais quentes e úmidas favorecem a especiação e se áreas mais estáveis climaticamente terão acumulado mais espécies devido às menores taxas de extinção. Utilizamos quatro índices de diversidade evolutiva: o índice de variabilidade filogenética de espécies (PSV), a diversidade filogenética relativa (rPD), o endemismo filogenético (PE) e a distância média da raiz entre as espécies (MRD) para cada comunidade estudada. Cada comunidade estudada aqui consiste em registros florísticos encontrados na literatura e compilados por outros autores nos bancos de dados Caaporan e NeotropTree, foram analisadas 1282 comunidades vegetais no domínio que ao todo abrigam 39.044 registros e 492 espécies de Myrtaceae. Baseado em 31 variáveis ambientais, 19 bioclimáticas (WorldClim), 11 de solo (Soil Grids) e 1 referente a estabilidade climática, investigamos quais fatores influenciaram a evolução do grupo. Após selecionar as variáveis através de critérios estatísticos utilizamos para a construção dos modelos de regressão 9 delas, foram elas precipitação no mês mais úmido e do trimestre mais frio, intervalo termal diurno médio, isotermalidade e temperatura máxima no mês mais quente, fração volumétrica de fragmentos grosseiros (> 2 mm), argila e silte, e a estabilidade climática. O preditor temperatura máxima no mês mais quente foi significativo para todos os índices. As variáveis selecionadas explicaram melhor os modelos de MRD (R²: 0,508) e PSV (R²: 0,429), ao passo que PE (R²: 0,364) e rPD (R²: 0,249) apresentaram menor ajuste. Linhagens que derivaram mais vezes e mais recentemente (MRD) e espécies mais relacionadas entre si (PSV) estão em regiões com elevada precipitação no período de chuvas e áreas mais quentes. Menor endemismo filogenético (PE) ocorre em áreas mais quentes com alta variação de temperatura mensal, locais com maior PE apresentam grande fração volumétrica de fragmentos grosseiros (> 2 mm) e silte. A quantidade de energia/calor e precipitação são fatores que aumentam a produtividade primária, e podem acelerar e aumentar as taxas de evolução das espécies. Temperaturas mais altas aumentam a disponibilidade de energia, possibilitando o aumento populacional e gerando menores taxas de extinção. Analisando a influência entre preditores ambientais e a distribuição das métricas evolutivas de Myrtaceae na Mata Atlântica, podemos compreender melhor como se deu a evolução da flora neste domínio.The Atlantic Forest domain is considered an ecological hotspot because of its high number of endemic species and increasing degree of threat. Its high biodiversity is not homogeneously distributed in the domain, which presents high environmental heterogeneity, sheltering ancient forests and newly formed forests. To understand the distribution and analyze the patterns of diversity in this domain it is necessary to combine historical and ecological biogeography. In this sense, we used as a model group the Myrtaceae plant family, which stands out as the most diverse woody plant family in the domain. Our goal was to analyze how environmental factors influence patterns of evolutionary diversity in Myrtaceae. Specifically, we tested whether warmer and wetter areas favor speciation and whether more climatically stable areas will have accumulated more species due to lower extinction rates. We used four indices of evolutionary diversity: the phylogenetic species variability index (PSV), relative phylogenetic diversity (rPD), phylogenetic endemism (PE), and mean root distance between species (MRD) for each community studied. Each community studied here consists of floristic records available in the literature and compiled by the authors of the Caaporan and NeotropTree databases, 1282 plant communities were analyzed in the domain that altogether harbor 39,044 records and 492 species of Myrtaceae. Based on 31 environmental variables, 19 bioclimatic (WorldClim), 11 soil (Soil Grids) and 1 referring to climate stability, we investigated which factors influenced the evolution of the group. After selecting the variables through statistical criteria, we used 9 of them to build the regression models, namely precipitation in the wettest month and the coldest quarter, mean diurnal thermal interval, isothermality and maximum temperature in the warmest month, volume fraction of coarse fragments (> 2 mm), clay and silt, and climatic stability. The predictor maximum temperature in the warmest month was significant for all indices. The selected variables explained MRD (R²: 0.508) and PSV (R²: 0.429), whereas PE (R²: 0.364) and rPD (R²: 0.249) showed the lowest fit. Lineages that derived more species and more recently (MRD) and species that are more closely related to each other (PSV) occurr in regions with high rainfall in the wet season and warmer areas. Communities with lower phylogenetic endemism (PE) occurs in warmer areas with high monthly temperature variation, sites with higher PE have large volume fraction of coarse fragments (> 2 mm) and silt. The amount of energy/heat and precipitation are factors that increase primary productivity and can accelerate and increase rates of species evolution. Higher temperatures increase energy availability, enabling population increase and generating lower extinction rates. By analyzing the influence of environmental predictors in the evolutionary metrics of Myrtaceae in the Atlantic Forest, we can better understand how the evolution of the flora in this domain occurred.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES)Universidade Federal do Rio Grande do NorteCurso de Graduação em EcologiaUFRNBrasilDepartamento de EcologiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIABiogeografiaDiversidade filogenéticaFloresta AtlânticaMacroecologiaMyrteaeAtlantic ForestBiogeographyMacroecologyMyrteaePhylogenetic diversityInfluência dos fatores ambientais nos padrões de diversidade evolutiva de Myrtaceaeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALOliveiraCassia_TCC_Ecologia.pdfOliveiraCassia_TCC_Ecologia.pdfapplication/pdf34429307https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51349/1/OliveiraCassia_TCC_Ecologia.pdf8832380859465fa6dcd4ea69d22e7f33MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51349/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51349/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/513492023-02-24 15:34:08.593oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/51349Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-02-24T18:34:08Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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