Terra de charneca erma e de saudade: a construção simbólica do Alentejo português na obra de Florbela Espanca (1916-1930)
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20622 |
Resumo: | Nesse trabalho, investigamos a construção simbólica de uma dada espacialidade, partindo do pressuposto teórico de que os espaços são construções subjetivas que se dão no interior de diferentes culturas, articulando sentimentos e racionalidades, mas, sobretudo, os espaços são construções humanas conduzidas pelas relações sociais, fruto do investimento material e simbólico que traduz as necessidades de uma determinada sociedade em um dado momento do devir histórico. Nesse sentido, analisaremos a construção simbólica e imagética da região central de Portugal, o Alentejo, a partir da produção literária (1916 – 1930) da poeta portuguesa Florbela D’Alma Conceição Espanca. Propomos analisar a obra florbeliana não só a partir de suas relações internas, mas também externas, enfatizando a ligação entre história, espaço e literatura. Dessa forma, propomos indagar acerca da dimensão simbólica – dos significados, das imagens e das representações – que incitou uma das mais controversas poetas portuguesa do início do século XX à se debruçar na construção poética do espaço alentejano, questionando não só os sentidos agenciados pelo discurso literário de Florbela Espanca para inventar o seu Alentejo, adornado pela memória, pela dor e pela saudade, mas investigar como o meio sociocultural em que viveu influenciou na sua obra, na sua vida e nas formas de sentir e viver o Alentejo. Para melhor compreendermos como a poeta significou a espacialidade alentejana, ao longo desse trabalho problematizaremos três categorias de espaço na obra de Florbela Espanca: a região, o campo e a paisagem. Dessa forma, essa pesquisa se insere no campo da história cultural na medida em que vamos trabalhar com toda a produção literária de Florbela Espanca, cartas, diários, fotos e biográficas e críticas literárias, delimitando um recorte temporal de 1916 – início da atividade intelectual de Florbela Espanca – à 1930 – publicação de Charneca em Flor (póstumo) e o suicídio da poeta. Portanto, num constante exercício simbólico das palavras atravessado pelos sentimentos mais subjetivos do sujeito, a todo o momento nosso trabalho será guiado pelo questionamento do que seria o Alentejo para a poeta, que sentidos e significados atravessou essa espacialidade que marcou tão soberanamente as memórias mais felizes e tristes da vida de Florbela Espanca. |
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Dissertação (Mestrado em História) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20622Nesse trabalho, investigamos a construção simbólica de uma dada espacialidade, partindo do pressuposto teórico de que os espaços são construções subjetivas que se dão no interior de diferentes culturas, articulando sentimentos e racionalidades, mas, sobretudo, os espaços são construções humanas conduzidas pelas relações sociais, fruto do investimento material e simbólico que traduz as necessidades de uma determinada sociedade em um dado momento do devir histórico. Nesse sentido, analisaremos a construção simbólica e imagética da região central de Portugal, o Alentejo, a partir da produção literária (1916 – 1930) da poeta portuguesa Florbela D’Alma Conceição Espanca. Propomos analisar a obra florbeliana não só a partir de suas relações internas, mas também externas, enfatizando a ligação entre história, espaço e literatura. Dessa forma, propomos indagar acerca da dimensão simbólica – dos significados, das imagens e das representações – que incitou uma das mais controversas poetas portuguesa do início do século XX à se debruçar na construção poética do espaço alentejano, questionando não só os sentidos agenciados pelo discurso literário de Florbela Espanca para inventar o seu Alentejo, adornado pela memória, pela dor e pela saudade, mas investigar como o meio sociocultural em que viveu influenciou na sua obra, na sua vida e nas formas de sentir e viver o Alentejo. Para melhor compreendermos como a poeta significou a espacialidade alentejana, ao longo desse trabalho problematizaremos três categorias de espaço na obra de Florbela Espanca: a região, o campo e a paisagem. Dessa forma, essa pesquisa se insere no campo da história cultural na medida em que vamos trabalhar com toda a produção literária de Florbela Espanca, cartas, diários, fotos e biográficas e críticas literárias, delimitando um recorte temporal de 1916 – início da atividade intelectual de Florbela Espanca – à 1930 – publicação de Charneca em Flor (póstumo) e o suicídio da poeta. Portanto, num constante exercício simbólico das palavras atravessado pelos sentimentos mais subjetivos do sujeito, a todo o momento nosso trabalho será guiado pelo questionamento do que seria o Alentejo para a poeta, que sentidos e significados atravessou essa espacialidade que marcou tão soberanamente as memórias mais felizes e tristes da vida de Florbela Espanca.In this work, we investigate the symbolic construction of a particular spatiality, starting from the theoretical assumption that spaces are subjective constructions guided by different cultures, feelings and rationales, but mostly spaces are human constructs driven by social relations, as a result of the material investment and symbol that reflects the needs of a particular society at a given time of historical development. Accordingly, we analyze the construction and symbolic imagery of the central region of Portugal, the Alentejo, from the literary production (1916 – 1930) the English poet Florbela Espanca D'Alma Conception Espanca. Thus, we propose to analyze the florbelian work not only from its internal relations, but also external, emphasizing the link between history, space and literature. Thus, we propose to inquire about the symbolic dimension – the meanings of images and representations – which prompted one of the most controversial Portuguese poets of the early twentieth to look into the poetic construction of space Alentejo century, questioning not only the senses brokered by speech literary Florbela Espanca to invent your Alentejo, adorned with memories, pain and longing, but investigate how the socio-cultural environment influenced your work, in your life and ways to feel and live the Alentejo. To better understand how the poet means the Alentejo spatiality, throughout this work we question three categories of space in the work of Florbela Espanca: the region, the countryside and the landscape of the Alentejo. Thus, this research falls within the field of cultural history in the medical we will work with the entire literary output Florbela Espanca, letters, diaries, photos and biographical and literary criticism, by establishing the time frame of 1916 – beginning of intellectual activity Florbela Spank – the 1930 – publication of Blossom Heath (posthumous) and the suicide of the poet. Therefore, a constant symbolic exercise of words crossed by more subjective feelings of the subject, all the time our work will be guided by the question of what would be the Alentejo for the poet, who senses and meanings across this spatiality that marked so sovereignly happiest memories and sad life Florbela Espanca.porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAFlorbela EspancaLiteraturaAlentejoConstrução poética dos espaçosTerra de charneca erma e de saudade: a construção simbólica do Alentejo português na obra de Florbela Espanca (1916-1930)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdfPriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdfapplication/pdf2646829https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20622/1/PriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf3c9452bb475861914f8c023c380e0803MD51TEXTPriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf.txtPriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain679150https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20622/6/PriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf.txt1209267fadaaf91eff84f2d96babb706MD56THUMBNAILPriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf.jpgPriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2073https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20622/7/PriscillaFreitasDeFarias_DISSERT.pdf.jpged408d581d29360ddcaf0c03ed6821e3MD57123456789/206222017-11-04 12:31:16.775oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/20622Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-04T15:31:16Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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