Diferenças sexuais no modelo de estresse crônico moderado imprevisível

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grilo, Maria Lara Porpino de Meiroz
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47292
Resumo: A depressão é um transtorno de humor grave que acomete grande parte da população e, em maior número, as mulheres. Há fortes evidências que sugerem o estresse como um fator predisponente ao quadro depressivo e as mulheres parecem apresentar uma menor resiliência ao estresse tornando-se mais susceptíveis à depressão. Dessa forma, se faz necessário estudar as diferenças sexuais na expressão do comportamento depressivo. Sabendo que o estudo comparativo do comportamento em espécies animais pode fornecer compreensões acerca de fatores que afetam o comportamento humano, este estudo se propõe a investigar as diferenças relacionadas ao sexo no comportamento do tipo depressivo induzido pelo modelo animal do estresse crônico moderado (CMS), além da padronização do protocolo para esse tipo de modelo afim de verificar a reprodutibilidade do mesmo nas condições do nosso laboratório, estabelecer sequência e duração dos estímulos estressores e o início do desenvolvimento de sintomas depressivos. Para isso, os animais foram submetidos ao protocolo do CMS em dois experimentos (Exp. 1 e Exp.2), o primeiro com duração de 43 e o segundo de 30 dias. A avaliação do comportamento do tipo anedônico (principal sintoma da depressão) foi realizada pelos testes de preferência pela sacarose (TPS) e Splash test, este último que também avalia autocuidado. A avaliação do comportamento de desamparo aprendido foi avaliada utilizando o teste do nado forçado (TNF). De acordo com nossos resultados do Exp. 1, os animais submetidos ao CMS apresentaram aumento no tempo de imobilidade e uma diminuição no tempo de tentativa de escape no TNF, no período de 3 a 6 semanas, em relação ao grupo controle em ambos os sexos. No entanto, não observarmos diferenças no TPS por problemas no protocolo do teste em si. No Exp. 2, as fêmeas apresentaram um maior tempo de imobilidade que os machos. Já no Splash test os resultados não diferiam quanto ao sexo ou protocolo. Estes resultados nos permitem concluir que o modelo do CMS foi capaz de induzir desamparo aprendido, mas não anedonia em ambos os sexos. Assim como, nos permitiu averiguar que as fêmeas são menos resilientes do que os machos.
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Sabendo que o estudo comparativo do comportamento em espécies animais pode fornecer compreensões acerca de fatores que afetam o comportamento humano, este estudo se propõe a investigar as diferenças relacionadas ao sexo no comportamento do tipo depressivo induzido pelo modelo animal do estresse crônico moderado (CMS), além da padronização do protocolo para esse tipo de modelo afim de verificar a reprodutibilidade do mesmo nas condições do nosso laboratório, estabelecer sequência e duração dos estímulos estressores e o início do desenvolvimento de sintomas depressivos. Para isso, os animais foram submetidos ao protocolo do CMS em dois experimentos (Exp. 1 e Exp.2), o primeiro com duração de 43 e o segundo de 30 dias. A avaliação do comportamento do tipo anedônico (principal sintoma da depressão) foi realizada pelos testes de preferência pela sacarose (TPS) e Splash test, este último que também avalia autocuidado. A avaliação do comportamento de desamparo aprendido foi avaliada utilizando o teste do nado forçado (TNF). De acordo com nossos resultados do Exp. 1, os animais submetidos ao CMS apresentaram aumento no tempo de imobilidade e uma diminuição no tempo de tentativa de escape no TNF, no período de 3 a 6 semanas, em relação ao grupo controle em ambos os sexos. No entanto, não observarmos diferenças no TPS por problemas no protocolo do teste em si. No Exp. 2, as fêmeas apresentaram um maior tempo de imobilidade que os machos. Já no Splash test os resultados não diferiam quanto ao sexo ou protocolo. Estes resultados nos permitem concluir que o modelo do CMS foi capaz de induzir desamparo aprendido, mas não anedonia em ambos os sexos. Assim como, nos permitiu averiguar que as fêmeas são menos resilientes do que os machos.Depression is a serious mood disorder that affects a large part of the population and, in greater numbers, women. There is strong evidence to suggest that stress is a predisposing factor to depression and women appear to have less stress resilience becoming more susceptible to depression. Thus, it is necessary to study the sexual differences in the expression of depressive behavior. Knowing that the comparative study of behavior in animal species can provide insights about factors that affect human behavior, this study aims to investigate sex-related differences in the behavior of depressive type induced by the animal model of chronic mild stress (CMS) besides the standardization of the protocol for this type of model in order to verify the reproducibility of the same in the conditions of our laboratory, to establish the sequence and duration of the stress stimuli and the beginning of the development of depressive symptoms. For this, the animals were submitted to the CMS protocol in two experiments (Exp. 1 and Exp.2), the first with duration of 43 and the second of 30 days. The evaluation of the anhedonic type behavior (main depression symptom) was performed by the sucrose preference test (SPT) and Splash test, the last one also evaluates self-care. The evaluation of learned helplessness was evaluated using the forced swimming test (FST). According to our results in Exp. 1, the animals submitted to CMS showed an increase in immobility time and a decrease in TNF escape time in the period of 3 to 6 weeks, compared to the control group in both sexes. However, we did not observe differences in TPS due to problems in the test protocol itself. In Exp. 2, females had a longer immobility time than males. In the Splash test, the results did not differ in sex or protocol. These results allow us to conclude that the CMS model was able to induce learned helplessness, but not anhedonia in both sexes. As well as, it allowed us to find out that females are less resilient than males.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilCiências BiológicasTranstorno depressivo maiorEstresse crônico moderado imprevisívelDiferença sexualComportamentoMajor depressive disorderSexual differenceUnpredictable chronic mild stressBehaviorDiferenças sexuais no modelo de estresse crônico moderado imprevisívelinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDiferencasSexuaisModelo_Grilo_2018.pdfapplication/pdf1870305https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47292/1/DiferencasSexuaisModelo_Grilo_2018.pdf9ac6a495b0d0975f1c6cd03199e5f928MD51CC-LICENSElicense_rdfapplication/octet-stream701https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47292/2/license_rdf42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708cMD52LICENSElicense.txttext/plain714https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47292/3/license.txt7278bab9c5c886812fa7d225dc807888MD53123456789/472922023-02-16 16:02:25.167oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/47292PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkZFREVSQUwgVU5JVkVSU0lUWSBPRiBSSU8gR1JBTkRFIERPIE5PUlRFPC9zdHJvbmc+PC9jZW50ZXI+CjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5ESUdJVEFMIE1PTk9HUkFQSFMgTElCUkFSWTwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5BdXRob3JpemF0aW9uIFRlcm0gZm9yIHRoZSBhdmFpbGFiaWxpdHkgb2YgTW9ub2dyYXBocyBmb3IgVW5kZXJncmFkdWF0ZSBhbmQgU3BlY2lhbGl6YXRpb24gaW4gdGhlIERpZ2l0YWwgTGlicmFyeSBvZiBNb25vZ3JhcGhzIChCRE0pPC9jZW50ZXI+CgpBcyB0aGUgY29weXJpZ2h0IG93bmVyIG9mIHRoZSBtb25vZ3JhcGgsIEkgYXV0aG9yaXplIHRoZSBGZWRlcmFsIFVuaXZlcnNpdHkgb2YgUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgdG8gbWFrZSBhdmFpbGFibGUgdGhyb3VnaCB0aGUgRGlnaXRhbCBMaWJyYXJ5IG9mIE1vbm9ncmFwaHMgb2YgVUZSTiwgd2l0aG91dCByZWltYnVyc2VtZW50IG9mIGNvcHlyaWdodCwgYWNjb3JkaW5nIHRvIExhdyA5NjEwLzk4ICwgdGhlIGZ1bGwgdGV4dCBvZiB0aGUgd29yayBzdWJtaXR0ZWQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHJlYWRpbmcsIHByaW50aW5nIGFuZCAvIG9yIGRvd25sb2FkaW5nLCBhcyBhIG1lYW5zIG9mIGRpc3NlbWluYXRpbmcgQnJhemlsaWFuIHNjaWVudGlmaWMgcHJvZHVjdGlvbiwgYXMgb2YgdGhlIGRhdGUgb2Ygc3VibWlzc2lvbi4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-02-16T19:02:25Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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