Ocorrência e remoção de fármacos no Sistema de Abastecimento de Água da Zona Norte de Natal/RN

• Autor(a) principal: Diniz, Guilherme José da Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/40741
• topic: Contaminantes Emergentes; Fármacos; Losartan

Os avanços tecnológicos sucedidos em setores industriais tais como o agrícola, de cosméticos, produtos de higiene pessoal e farmacêutico, possibilitaram o desenvolvimento de novas substâncias químicas úteis ao “homem moderno”. Alguns compostos químicos, contudo, podem atingir compartimentos ambientais após seu descarte, de modo que são considerados contaminantes de interesse emergente, uma vez que encontrados em concentrações de ng/L a μg/L. Dentre as classes de produtos químicos assim considerados, destacam-se os fármacos. Nesse contexto, o monitoramento desses produtos em matrizes aquáticas é essencial, já que podem causar efeitos adversos em populações mais sensíveis. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de dezesseis fármacos (Naproxeno, Diclofenaco, Paracetamol, Ibuprofeno, Sulfametoxazol, Linezolida, Aciclovir, Losartan, Diltiazem, Propanolol, Loratadina, Bezafibrato, Prometazina, Cafeína, Metformina e Genfibrozila) em amostras de água coletadas em pontos de interesse de uma Estação de Tratamento de Água localizada em Natal/RN (ETA Extremoz), para averiguar a ocorrência e remoção de fármacos na referida ETA. O monitoramento foi realizado entre dezembro de 2017 a maio de 2019, totalizando 12 campanhas. As coletas foram realizadas em quatro pontos da ETA: água bruta, água filtrada, água tratada e água de lavagem de filtro. O fármaco com maior frequência de ocorrência foi o losartan, detectado em 83% das campanhas. As maiores concentrações observadas foram de 681,3 ng/L do propranolol na água bruta, e de 3114,01 ng/L de aciclovir na água tratada. Dentre os compostos analisados, 5 fármacos (cafeína, metformina, diclofenaco, bezafibrato e diltiazem) não foram detectados acima dos limites LD e LQ em todas as amostras coletadas. A análise de remoção na estação indicou que não houve uma remoção dos compostos ao longo do processo de tratamento.