Equidade e redes de cuidado: as trajetórias de mulheres negras egressas do sistema prisional
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58162 |
Resumo: | No Brasil temos aproximadamente 839.672 mil (SISDEPEN, 2023) pessoas em situação de privação e/ou restrição de liberdade, destas 67% são negras. As mulheres correspondem a 6% do total de pessoas em situação de privação e/ou restrição de liberdade. No entanto, cabe salientar que estas, apesar de relativamente poucas, estão inseridas em processos que demarcam uma maior banalização da vida e maior violação dos direitos humanos, tendo em vista que, são alcançadas pelas interseccionalidades das opressões estruturais (classe social, raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, lugar de origem, dentre outras). Apontamos que as opressões estruturais da sociedade brasileira sustentam a lógica aprisionante-manicomial, impactando a condição de saúde das mulheres negras egressas do sistema prisional, produzindo iniquidades. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar o acesso de mulheres negras egressas do sistema prisional às redes intersetoriais de cuidado, uma vez que, a saída do cárcere configura-se também como processo que demanda atenção em virtude de o aprisionamento gerar adoecimentos, sofrimentos e estigmas sociais. Para tanto, adotamos como referencial teórico e metodológico o método histórico dialético e a técnica de entrevista nos moldes da história de vida, a partir da análise das narrativas de quatro mulheres negras egressas do sistema prisional. Sobre o campo da pesquisa trata-se do Escritório Social da Paraíba, serviço público, responsável pelo acolhimento e acompanhamento de pessoas pré-egressas e egressas do sistema prisional, bem como, às suas famílias e que tem como finalidade viabilizar acesso a direitos sociais, com o intuito de romper com o ciclo da violência. Pretendemos contribuir com este trabalho para a ampliação do debate referente ao processo saúde-doença e cuidado das mulheres negras egressas do sistema prisional no campo da Saúde Coletiva. |
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Silva, Natália Ramos dahttp://lattes.cnpq.br/3305463167052801https://orcid.org/0000-0002-8124-6832http://lattes.cnpq.br/7117592846213006Nagashima, Alynne Mendonça SaraivaCorrea, Ester Paixãohttps://orcid.org/0000-0002-4428-2391http://lattes.cnpq.br/8369474609218146Clemente, Flávia da SilvaSilva, Mercês de Fátima dos Santos2024-04-15T21:42:45Z2024-04-15T21:42:45Z2023-12-20SILVA, Natália Ramos da. Equidade e redes de cuidado: as trajetórias de mulheres negras egressas do sistema prisional. Orientadora: Dra. Mercês de Fátima dos Santos Silva. 2023. 137f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva - Facisa) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58162No Brasil temos aproximadamente 839.672 mil (SISDEPEN, 2023) pessoas em situação de privação e/ou restrição de liberdade, destas 67% são negras. As mulheres correspondem a 6% do total de pessoas em situação de privação e/ou restrição de liberdade. No entanto, cabe salientar que estas, apesar de relativamente poucas, estão inseridas em processos que demarcam uma maior banalização da vida e maior violação dos direitos humanos, tendo em vista que, são alcançadas pelas interseccionalidades das opressões estruturais (classe social, raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, lugar de origem, dentre outras). Apontamos que as opressões estruturais da sociedade brasileira sustentam a lógica aprisionante-manicomial, impactando a condição de saúde das mulheres negras egressas do sistema prisional, produzindo iniquidades. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar o acesso de mulheres negras egressas do sistema prisional às redes intersetoriais de cuidado, uma vez que, a saída do cárcere configura-se também como processo que demanda atenção em virtude de o aprisionamento gerar adoecimentos, sofrimentos e estigmas sociais. Para tanto, adotamos como referencial teórico e metodológico o método histórico dialético e a técnica de entrevista nos moldes da história de vida, a partir da análise das narrativas de quatro mulheres negras egressas do sistema prisional. Sobre o campo da pesquisa trata-se do Escritório Social da Paraíba, serviço público, responsável pelo acolhimento e acompanhamento de pessoas pré-egressas e egressas do sistema prisional, bem como, às suas famílias e que tem como finalidade viabilizar acesso a direitos sociais, com o intuito de romper com o ciclo da violência. Pretendemos contribuir com este trabalho para a ampliação do debate referente ao processo saúde-doença e cuidado das mulheres negras egressas do sistema prisional no campo da Saúde Coletiva.In Brazil we have approximately 839,672 thousand (SISDEPEN, 2023) people in situations of deprivation and/or restriction of freedom, of which 67% are black. Women account for 6% of the total number of people in situations of deprivation and/or restriction of freedom. However, it is worth noting that these, despite being relatively few, are inserted in processes that demarcate a greater trivialization of life and greater violation of human rights, considering that they are achieved by the intersectionalities of structural oppressions (social class, gender identity, race/color, sexual orientation, place of origin, among others). We point out that the structural oppressions of Brazilian society support the prison-asylum logic, impacting the health condition of black women released from the prison system, producing inequities. In this sense, this study aims to analyze the access of black women released from the prison system to intersectoral care networks, since leaving prison is also a process that demands attention due to imprisonment generating illnesses, suffering and social stigmas. To this end, we adopted as a theoretical and methodological reference the dialectical historical method and the interview technique along the lines of life history, based on the analysis of the narratives of four black women released from the prison system. Regarding the field of research, it is the Social Office of Paraíba, a public service, responsible for welcoming and monitoring people before and after leaving the prison system, as well as their families and whose purpose is to provide access to social rights, with the aim of breaking the cycle of violence. We intend to contribute with this work to expand the debate regarding the health-disease process and the care of black women released from the prison system in the field of Public Health.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAEncarceramentoMulheres negrasEgressas do sistema prisionalRedes de cuidadoEquidadeEquidade e redes de cuidado: as trajetórias de mulheres negras egressas do sistema prisionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEquidaderedescuidado_Silva_2023.pdfapplication/pdf1712520https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/58162/1/Equidaderedescuidado_Silva_2023.pdfbbe5bcb4def872bb31cf66f2796ab755MD51123456789/581622024-04-15 18:43:18.104oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/58162Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-04-15T21:43:18Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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No Brasil temos aproximadamente 839.672 mil (SISDEPEN, 2023) pessoas em situação de privação e/ou restrição de liberdade, destas 67% são negras. As mulheres correspondem a 6% do total de pessoas em situação de privação e/ou restrição de liberdade. No entanto, cabe salientar que estas, apesar de relativamente poucas, estão inseridas em processos que demarcam uma maior banalização da vida e maior violação dos direitos humanos, tendo em vista que, são alcançadas pelas interseccionalidades das opressões estruturais (classe social, raça/cor, identidade de gênero, orientação sexual, lugar de origem, dentre outras). Apontamos que as opressões estruturais da sociedade brasileira sustentam a lógica aprisionante-manicomial, impactando a condição de saúde das mulheres negras egressas do sistema prisional, produzindo iniquidades. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar o acesso de mulheres negras egressas do sistema prisional às redes intersetoriais de cuidado, uma vez que, a saída do cárcere configura-se também como processo que demanda atenção em virtude de o aprisionamento gerar adoecimentos, sofrimentos e estigmas sociais. Para tanto, adotamos como referencial teórico e metodológico o método histórico dialético e a técnica de entrevista nos moldes da história de vida, a partir da análise das narrativas de quatro mulheres negras egressas do sistema prisional. Sobre o campo da pesquisa trata-se do Escritório Social da Paraíba, serviço público, responsável pelo acolhimento e acompanhamento de pessoas pré-egressas e egressas do sistema prisional, bem como, às suas famílias e que tem como finalidade viabilizar acesso a direitos sociais, com o intuito de romper com o ciclo da violência. Pretendemos contribuir com este trabalho para a ampliação do debate referente ao processo saúde-doença e cuidado das mulheres negras egressas do sistema prisional no campo da Saúde Coletiva. |
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