Morfodinâmica costeira da Praia de Ponta Negra em Natal-RN e a variabilidade interanual da precipitação

• Autor(a) principal: Marques, Gabriela Paiva
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50876
• topic: Morfodinâmica costeira; Variabilidade; Precipitação; Praia de Ponta Negra

Os ambientes praiais se constituem de unidades da paisagem que bem entrelaçam as dinâmicas oceano-climáticas de nível planetário e regional, bem como os potenciais de energia propiciados pelos processos locais de ondas, maritimidade, umidade, ventos e precipitação. Nesta abordagem, verificam-se que a ocorrência de períodos de El Niño de Oscilação Sul (ENOS) está associada a regimes pluviométricos distintos e modificações no padrão de circulação dos ventos alísios, logo, estando associados a alterações no balanço de energia e morfodinâmica de ambientes costeiros, consequentemente. A praia de Ponta Negra, em Natal-RN, detém grande atenção como ponto turístico, dada a promoção a um cenário de turismo nacional e internacional. Contudo, a mesma também se apresenta pela fragilidade inerente à morfodinâmica e estrutura e a associação aos eventos meteorológicos de precipitação, com destaque para o avanço do mar e destruição do calçadão da orla da referida praia. Desta forma, o objetivo geral deste estudo é analisar a ocorrência de episódios de erosão costeira na praia de Ponta Negra (Natal-RN) e a possível relação entre a atuação do fenômeno ENOS no comportamento das precipitações entre os anos de 1986 e 2016. Verifica-se, através da aplicação de metodologia quali-quantitativa dos Índices Oceânico do Niño e de Anomalia de Chuva, que a intensidade do ENOS não apresentou influência no contexto de precipitação e na frequência dos eventos erosivos. Apenas os anos de 2000, 2008 e 2011 apresentaram correlação positiva entre a ocorrência do La Niña e regimes de precipitação acima da média histórica, correspondendo a 10% da amostra de dados. Em articulação à análise dos eventos erosivos, apenas os anos de 2008 e 2011 apresentaram a ocorrência da fase negativa da Anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (ATSM) (período de La Niña Fraco), precipitação acima da média histórica.