Viabilidade de implantação de sistema de reúso urbano de águas residuárias tratadas da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Dom Nivaldo Monte

• Autor(a) principal: Costa Filho, Ricardo de Oliveira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46132
• topic: Efluentes tratados; Irrigação; Caminhão pipa; Custos; Treated Effluents; Irrigation; Tank truck; Costs

Diante da crescente demanda por água potável – justificada pelo aumento populacional nos centros urbanos – e dos recorrentes períodos de estiagem, observados, especialmente, nas regiões semiáridas, como o Nordeste Brasileiro, o reúso de águas residuárias tratadas surge como uma alternativa sustentável a fim de abrandar os efeitos causados pelo estresse hídrico, uma vez que busca utilizar os efluentes tratados em atividades que requerem água de menor qualidade, liberando a utilização de água potável para o abastecimento humano. Embora ainda incipiente no Brasil, o reúso já é uma realidade em diversos países da Europa e do Oriente Médio. Dentre as suas diversas modalidades, o reúso urbano não-potável é utilizado para irrigação de áreas verdes, desobstrução de tubulações, lavagem de vias, entre outros usos. Nesse sentido, devido ao grande potencial desta prática no município de Natal, favorecido pela oferta de água residuária tratada na ETE Dom Nivaldo Monte, conhecida popularmente como ETE do Baldo, este trabalho tem como objetivo principal avaliar a viabilidade econômica de implantação de um sistema de reúso das águas residuárias tratadas nesta estação para a irrigação de canteiros, praças e campos em uma fração urbana da cidade, comparando-o com o uso de água potável tratada. Para isto, foi proposto um sistema utilizando caminhão pipa, cuja área a ser contemplada foi escolhida mediante critérios logísticos e de proximidade com a estação, sendo esta subdivida em frentes de trabalho independentes, e levando-se em consideração as áreas de irrigação, os percursos a serem realizados pelos veículos e os custos envolvidos em sua operação, isto é, mão-de-obra, locação do caminhão pipa, combustível e comercialização do fluído em ambos os casos pela concessionária. Os resultados demonstraram que o sistema proposto apresenta-se como uma solução viável ambiental e economicamente, tendo em vista que a operação deste se constitui cerca de 11% menos onerosa, como também promove a redução da demanda anual de água potável e, consequentemente, a emissão de efluentes ao seu corpo receptor em 19.136,40 m³, o que representa, aproximadamente, 0,61 L/s.