Frequência de coliformes termotolerantes em praias do litoral potiguar (Rio Grande do Norte, Brasil)
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27214 |
Resumo: | O desenvolvimento do turismo no Brasil está relacionado com os seus recursos naturais, incluindo as praias do litoral nordestino, onde há uma preocupação crescente com a sua balneabilidade, ou seja, com a qualidade das águas das praias para recreação. Os impactos mais comuns nos ambientes costeiros são causados por deficiências em saneamento básico e pelo uso e ocupação desordenados do solo, que acarretam o lançamento de contaminantes no mar, afetando a saúde pública. Considerando que os coliformes termotolerantes (antes conhecidos como fecais) são os indicadores básicos para a classificação das praias quanto à balneabilidade, este trabalho tentou entender a dinâmica de concentrações de coliformes termotolerantes nas praias do Rio Grande do Norte entre 2010 e 2016, propondo um Índice de Balneabilidade (BALI) que resume, baseado em aspectos físicos e visuais, as condições sanitárias e ambientais das praias. Os resultados mostram que: i) 7% das amostras apresentam concentrações de microorganismos acima do limite tolerado (1000 NMP/100ml); ii) não há nenhum padrão na dinâmica temporal de coliformes; iii) todos os pontos apresentaram alta variação em relação à média; iv) praias próximas a desembocaduras de rios têm maior frequência de concentrações elevadas de coliformes, especialmente no rio Potengi, com 25% das amostras acima de 1000 NMP/100ml; v) as relações entre precipitação pluviométrica e concentração de coliformes termotolerantes não são fortes (r < 0,369), mas são significativas, sendo que as chuvas acumuladas entre um e três dias apresentam maiores valores do que entre cinco e sete dias; vi) o índice proposto (BALI) teve baixos valores apenas para a cidade do Natal e em geral também mostrou baixa correlação com as concentrações das bactérias analisadas. Nossa principal conclusão é que praias próximas a rios têm de ser evitadas pelos banhistas, além disso, há baixa frequência de contaminação das praias analisadas (<5% dos dias do ano). Mesmo assim, há deficiência em saneamento, e necessidade de adequação de resíduos sólidos, nas praias de Ponta Negra, Praia dos Artistas e Redinha (todas localizadas em Natal), o que garantiria maior segurança à saúde dos banhistas. |
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Rocha, Amanda Carla Batista Querino daTinoco, Juliana DelgadoTavares, Jean LeiteAngelini, Ronaldo2019-06-19T20:27:48Z2019-06-19T20:27:48Z2019-03-21ROCHA, Amanda Carla Batista Querino da. Frequência de coliformes termotolerantes em praias do litoral potiguar (Rio Grande do Norte, Brasil). 2019. 26f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27214O desenvolvimento do turismo no Brasil está relacionado com os seus recursos naturais, incluindo as praias do litoral nordestino, onde há uma preocupação crescente com a sua balneabilidade, ou seja, com a qualidade das águas das praias para recreação. Os impactos mais comuns nos ambientes costeiros são causados por deficiências em saneamento básico e pelo uso e ocupação desordenados do solo, que acarretam o lançamento de contaminantes no mar, afetando a saúde pública. Considerando que os coliformes termotolerantes (antes conhecidos como fecais) são os indicadores básicos para a classificação das praias quanto à balneabilidade, este trabalho tentou entender a dinâmica de concentrações de coliformes termotolerantes nas praias do Rio Grande do Norte entre 2010 e 2016, propondo um Índice de Balneabilidade (BALI) que resume, baseado em aspectos físicos e visuais, as condições sanitárias e ambientais das praias. Os resultados mostram que: i) 7% das amostras apresentam concentrações de microorganismos acima do limite tolerado (1000 NMP/100ml); ii) não há nenhum padrão na dinâmica temporal de coliformes; iii) todos os pontos apresentaram alta variação em relação à média; iv) praias próximas a desembocaduras de rios têm maior frequência de concentrações elevadas de coliformes, especialmente no rio Potengi, com 25% das amostras acima de 1000 NMP/100ml; v) as relações entre precipitação pluviométrica e concentração de coliformes termotolerantes não são fortes (r < 0,369), mas são significativas, sendo que as chuvas acumuladas entre um e três dias apresentam maiores valores do que entre cinco e sete dias; vi) o índice proposto (BALI) teve baixos valores apenas para a cidade do Natal e em geral também mostrou baixa correlação com as concentrações das bactérias analisadas. Nossa principal conclusão é que praias próximas a rios têm de ser evitadas pelos banhistas, além disso, há baixa frequência de contaminação das praias analisadas (<5% dos dias do ano). Mesmo assim, há deficiência em saneamento, e necessidade de adequação de resíduos sólidos, nas praias de Ponta Negra, Praia dos Artistas e Redinha (todas localizadas em Natal), o que garantiria maior segurança à saúde dos banhistas.Development of tourism in Brazil is related to natural resources and landscapes, including the Brazilian Northeast littoral beaches, where there is a huge concerning about water quality for recreation (balneability). In Brazil, impacts on the coastal environments are caused by lack of basic sanitation and disordered land use, dispersing pollutants on the sea, affecting public health especially because thermotolerant coliforms spreading, the main indicators of balneability to beaches. In this work, we analyzed the dynamics of on the 48 beach spots of Rio Grande do Norte State (Brazil) between 2010 and 2016, proposing also a Balneability Index (BALI) that summarizes, based on visual and physical aspects, the beaches sanitary and environmental conditions. Results appointed that: i) 7% of the samplings has thermotolerant coliforms above to the maximum accepted limit (1000 NMP/100ml); ii) there is none pattern in coliforms temporal dynamic; iii) all the points have high variation in relation to mean values; iv) beaches close rivers’ mouth have greater frequency of coliforms, especially in Potengi River which have, 25% of the samplings above accepted limit; v) correlations between precipitation and coliforms concentration are not high (r < 0,369), nonetheless are significant; vi) the proposed index (BALI) had low values only for the Natal city and in general also it shows low correlation to coliforms concentrations. Our main conclusion is that beaches close rivers should be avoided. Moreover, it is necessary more investments on sanitation, inclusive waste care, especially in Ponta Negra, Praia dos Artistas e Redinha beaches (all in Natal City).CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIABalneabilidadeQualidade da águaÍndiceTurismoImpacto ambientalFrequência de coliformes termotolerantes em praias do litoral potiguar (Rio Grande do Norte, Brasil)Coliforms thermotolerant frequency in Rio Grande do Norte State (Brazil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTALUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALFrequênciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdfapplication/pdf3940526https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27214/1/Frequ%c3%aanciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdfb6ed05be0725882077356cbe0c0d32d3MD51TEXTFrequênciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdf.txtFrequênciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain45246https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27214/2/Frequ%c3%aanciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdf.txt9b1bdd297443fab4acd772ad81f66999MD52THUMBNAILFrequênciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdf.jpgFrequênciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1235https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27214/3/Frequ%c3%aanciacoliformestermotolerantes_Rocha_2019.pdf.jpg2519ac9e9e495867129af3e0cf29e2baMD53123456789/272142019-06-23 02:19:35.917oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/27214Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-06-23T05:19:35Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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O desenvolvimento do turismo no Brasil está relacionado com os seus recursos naturais, incluindo as praias do litoral nordestino, onde há uma preocupação crescente com a sua balneabilidade, ou seja, com a qualidade das águas das praias para recreação. Os impactos mais comuns nos ambientes costeiros são causados por deficiências em saneamento básico e pelo uso e ocupação desordenados do solo, que acarretam o lançamento de contaminantes no mar, afetando a saúde pública. Considerando que os coliformes termotolerantes (antes conhecidos como fecais) são os indicadores básicos para a classificação das praias quanto à balneabilidade, este trabalho tentou entender a dinâmica de concentrações de coliformes termotolerantes nas praias do Rio Grande do Norte entre 2010 e 2016, propondo um Índice de Balneabilidade (BALI) que resume, baseado em aspectos físicos e visuais, as condições sanitárias e ambientais das praias. Os resultados mostram que: i) 7% das amostras apresentam concentrações de microorganismos acima do limite tolerado (1000 NMP/100ml); ii) não há nenhum padrão na dinâmica temporal de coliformes; iii) todos os pontos apresentaram alta variação em relação à média; iv) praias próximas a desembocaduras de rios têm maior frequência de concentrações elevadas de coliformes, especialmente no rio Potengi, com 25% das amostras acima de 1000 NMP/100ml; v) as relações entre precipitação pluviométrica e concentração de coliformes termotolerantes não são fortes (r < 0,369), mas são significativas, sendo que as chuvas acumuladas entre um e três dias apresentam maiores valores do que entre cinco e sete dias; vi) o índice proposto (BALI) teve baixos valores apenas para a cidade do Natal e em geral também mostrou baixa correlação com as concentrações das bactérias analisadas. Nossa principal conclusão é que praias próximas a rios têm de ser evitadas pelos banhistas, além disso, há baixa frequência de contaminação das praias analisadas (<5% dos dias do ano). Mesmo assim, há deficiência em saneamento, e necessidade de adequação de resíduos sólidos, nas praias de Ponta Negra, Praia dos Artistas e Redinha (todas localizadas em Natal), o que garantiria maior segurança à saúde dos banhistas. |
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