Fatores associados ao estadiamento patológico tumoral avançado em mulheres com câncer de mama

• Autor(a) principal: Pedrollo, Vinícius Paganini
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48177
• topic: Câncer de mama; Fatores socioeconômicos; Oncologia; Determinantes sociais da saúde; Breast cancer; Socioeconomic factors; Oncology; Social determinants of health

Introdução: O câncer de mama está entre uma das principais causas de morte e é o segundo câncer mais incidente no mundo. Fatores socioeconômicos têm demonstrado ter correlação com o estadiamento patológico tumoral ao diagnóstico de modo a identificar populações em situações de risco. Objetivo: Determinar a prevalência de estadiamento avançado no diagnóstico de câncer de mama e os fatores associados em mulheres submetidas ao tratamento de câncer no município de Natal no Rio Grande do Norte. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado com 97 mulheres residentes no município de Natal-RN com diagnóstico de neoplasia maligna da mama, que foram submetidas ao tratamento oncológico há no mínimo um ano e que ainda permanecem em acompanhamento clínico na Liga Norte Riograndense contra o Câncer. A coleta de dados do estudo foi composta de duas fases, uma a partir do acesso ao prontuário das pacientes e outra a partir de entrevistas individuais. Coletaram-se variáveis relacionadas às características socioeconômicas, hábitos de vida, condições de saúde, histórico ginecológico e obstétrico, características clínicas do tumor, abordagem terapêutica. A análise bivariada foi realizada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Resultados: 11,3% das mulheres foram diagnosticadas em estadios mais avançados (IC: 95%), apresentavam idade superior a 55 anos (50,5%), cor branca (50,5%), rendimentos superiores a dois salários mínimos mensais (61,9%), eram casadas (49,5%), apresentavam ensino médio completo ou superior (57,8%), realizaram mensalmente o auto-exame das mamas (66%), realizaram mamografia depois dos 40 anos (73,2%) e tiveram acesso ao serviço de saúde através do sistema público (52,6%). Devido ao espaço amostral limitado nenhum valor de p estatisticamente significante foi obtido, entretanto a renda foi quem apresentou um valor mais próximo (p=0,09). Conclusões: Uma alta prevalência de diagnósticos em estadios mais avançados do câncer de mama e sua relação com fatores socioeconômicos refletem diretamente a qualidade dos programas de rastreio do câncer, de modo que possibilita o correto e eficaz investimento em políticas de saúde para uma maior abrangência dos programas de rastreio e diagnóstico precoce.