Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guidi, Raiane dos Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47247
Resumo: Em lagartos, possuir colorações conspícuas na cauda pode ser vantajoso, pois eventuais ataques seriam direcionados para uma região do corpo que pode ser autotomizada, aumentando a chance de sobrevivência do animal. Contudo, o tamanho do animal pode ser um fator limitante para a estratégia, pois o aumento da área de sinalização pode atrair predadores de longas distâncias. Hipotetizamos que a cor e o tamanho das caudas de lagartos podem afetar sua taxa de predação, e que caudas chamativas evitariam ataques letais. Utilizamos réplicas de lagartos de massa de modelar com o corpo marrom e caudas crípticas e conspícuas em 6 tratamentos (corpo grande ou pequeno; caudas azul, vermelha, ou controle marrom). Posicionamos 600 modelos em ambiente natural durante 80 dias. Modelos grandes de caudas vermelhas foram atacados mais rapidamente, e em maior intensidade, por aves. Predadores não identificados e mamíferos não apresentaram preferência por nenhum modelo. Os ataques não foram direcionados para as caudas conspícuas por nenhum predador quando comparados ao restante do corpo. Nosso estudo sugere que o aumento de sinais de cor vermelha melhora a detecção de lagartos por predadores visualmente orientados. Ser pequeno e possuir caudas chamativas pode ser tão críptico ao folhiço em uma floresta de Mata Atlântica, quanto modelos que pouco se contrastam com o background.
id UFRN_ca1a016c58324f74d69813db3e7a47d4
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/47247
network_acronym_str UFRN
network_name_str Repositório Institucional da UFRN
repository_id_str
spelling Guidi, Raiane dos SantosFerreira, Renata GonçalvezBruinje, André CarreiraPessoa, Daniel Marques de Almeida2021-11-26T15:51:34Z2022-05-25T11:30:29Z2021-11-26T15:51:34Z2022-05-25T11:30:29Z2018-12-102016098860GUIDI, Raiane dos Santos. Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos? 2018. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47247Em lagartos, possuir colorações conspícuas na cauda pode ser vantajoso, pois eventuais ataques seriam direcionados para uma região do corpo que pode ser autotomizada, aumentando a chance de sobrevivência do animal. Contudo, o tamanho do animal pode ser um fator limitante para a estratégia, pois o aumento da área de sinalização pode atrair predadores de longas distâncias. Hipotetizamos que a cor e o tamanho das caudas de lagartos podem afetar sua taxa de predação, e que caudas chamativas evitariam ataques letais. Utilizamos réplicas de lagartos de massa de modelar com o corpo marrom e caudas crípticas e conspícuas em 6 tratamentos (corpo grande ou pequeno; caudas azul, vermelha, ou controle marrom). Posicionamos 600 modelos em ambiente natural durante 80 dias. Modelos grandes de caudas vermelhas foram atacados mais rapidamente, e em maior intensidade, por aves. Predadores não identificados e mamíferos não apresentaram preferência por nenhum modelo. Os ataques não foram direcionados para as caudas conspícuas por nenhum predador quando comparados ao restante do corpo. Nosso estudo sugere que o aumento de sinais de cor vermelha melhora a detecção de lagartos por predadores visualmente orientados. Ser pequeno e possuir caudas chamativas pode ser tão críptico ao folhiço em uma floresta de Mata Atlântica, quanto modelos que pouco se contrastam com o background.In lizards, to possess conspicuous colorations on the tail may be advantageous, as eventual attacks would be directed to a region that can be autotomized, increasing the animal’s chance of survival. However, the size of the animal can be a limiting factor for this strategy, since the increase of the signaling area can attract predators from long distances. We hypothesize that the color and size of lizard tails may affect their rate of predation, and that flashy tails would avoid lethal attacks. We used replicas of small and large lizards, of modeling mass, with brown body and conspicuous and cryptic tails. The 600 models were placed in a natural environment, over 80 days. Large models of red tails were attacked more quickly, and more intensely, by birds. Unidentified predators and mammals showed no preference for any model. The attacks were not directed at the conspicuous tails, when compared to the rest of the body, by no predator. Our study suggests that increasing red color signals improves the detection of lizards by visually oriented predators. Be small and possessing flashy tails, can be as cryptic to the foliage in an Atlantic Forest, as models that contrast little with the background.CNPQUniversidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilCiências Biológicas (bacharelado)Autotomia de caudaCaudas conspícuasInteração predador-presaTamanho da presaVisão de coresTail autotomyConspicuous tailsPredador-prey interactionPrey sizeColor visionCaudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALCaudasAzuisVermelhas_Guidi_2018.pdfapplication/pdf882168https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47247/1/CaudasAzuisVermelhas_Guidi_2018.pdf6fa6dfa45b40b3420373eafd56a3604bMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47247/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/472472023-01-03 14:41:11.428oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/47247Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-01-03T17:41:11Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
title Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
spellingShingle Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
Guidi, Raiane dos Santos
Autotomia de cauda
Caudas conspícuas
Interação predador-presa
Tamanho da presa
Visão de cores
Tail autotomy
Conspicuous tails
Predador-prey interaction
Prey size
Color vision
title_short Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
title_full Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
title_fullStr Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
title_full_unstemmed Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
title_sort Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos?
author Guidi, Raiane dos Santos
author_facet Guidi, Raiane dos Santos
author_role author
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv Ferreira, Renata Gonçalvez
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv Bruinje, André Carreira
dc.contributor.author.fl_str_mv Guidi, Raiane dos Santos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pessoa, Daniel Marques de Almeida
contributor_str_mv Pessoa, Daniel Marques de Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv Autotomia de cauda
Caudas conspícuas
Interação predador-presa
Tamanho da presa
Visão de cores
Tail autotomy
Conspicuous tails
Predador-prey interaction
Prey size
Color vision
topic Autotomia de cauda
Caudas conspícuas
Interação predador-presa
Tamanho da presa
Visão de cores
Tail autotomy
Conspicuous tails
Predador-prey interaction
Prey size
Color vision
description Em lagartos, possuir colorações conspícuas na cauda pode ser vantajoso, pois eventuais ataques seriam direcionados para uma região do corpo que pode ser autotomizada, aumentando a chance de sobrevivência do animal. Contudo, o tamanho do animal pode ser um fator limitante para a estratégia, pois o aumento da área de sinalização pode atrair predadores de longas distâncias. Hipotetizamos que a cor e o tamanho das caudas de lagartos podem afetar sua taxa de predação, e que caudas chamativas evitariam ataques letais. Utilizamos réplicas de lagartos de massa de modelar com o corpo marrom e caudas crípticas e conspícuas em 6 tratamentos (corpo grande ou pequeno; caudas azul, vermelha, ou controle marrom). Posicionamos 600 modelos em ambiente natural durante 80 dias. Modelos grandes de caudas vermelhas foram atacados mais rapidamente, e em maior intensidade, por aves. Predadores não identificados e mamíferos não apresentaram preferência por nenhum modelo. Os ataques não foram direcionados para as caudas conspícuas por nenhum predador quando comparados ao restante do corpo. Nosso estudo sugere que o aumento de sinais de cor vermelha melhora a detecção de lagartos por predadores visualmente orientados. Ser pequeno e possuir caudas chamativas pode ser tão críptico ao folhiço em uma floresta de Mata Atlântica, quanto modelos que pouco se contrastam com o background.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-12-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-11-26T15:51:34Z
2022-05-25T11:30:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-11-26T15:51:34Z
2022-05-25T11:30:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv 2016098860
dc.identifier.citation.fl_str_mv GUIDI, Raiane dos Santos. Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos? 2018. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47247
identifier_str_mv 2016098860
GUIDI, Raiane dos Santos. Caudas azuis ou vermelhas: Porque não são comuns em grandes lagartos? 2018. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.
url https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47247
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRN
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Ciências Biológicas (bacharelado)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRN
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron:UFRN
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron_str UFRN
institution UFRN
reponame_str Repositório Institucional da UFRN
collection Repositório Institucional da UFRN
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47247/1/CaudasAzuisVermelhas_Guidi_2018.pdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/47247/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6fa6dfa45b40b3420373eafd56a3604b
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802117889600258048