Lunga: a interseção entre cangaço e gênero no sertão nordestino de Bacurau

• Autor(a) principal: Silva, Luís Fernando Siqueira de Vasconcelos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45870
• topic: Gênero; Queer; Cangaço; Bacurau; Cinema Nacional

A construção do indivíduo pós-moderno sugere alterações nos conceitos preestabelecidos, visando inclusão e o rompimento com as formas binárias dominantes. O presente trabalho tem como objetivo entender a formação da figura do cangaceiro na história cinematográfica nacional, bem como relacioná-la com as indagações da teoria queer a partir de Lunga, personagem do filme Bacurau (2019), analisando se este, autenticamente, compõe a figura de um cidadão político-queer. A base teórica para identidade, gênero e sexualidade perpassa, principalmente, por questões dos autores como Stuart Hall e Judith Butler, sendo posta em diálogo com a visão a respeito do cangaço de Rui Facó. Utilizando a metodologia para análise fílmica desenvolvida por Manuela Penafria, realiza-se a seguinte estruturação para o estudo: 1) observação das representações de cangaceiros no cinema nacional; 2) contextualização da filmografia prévia de Kleber Mendonça Filho, um dos realizadores de Bacurau (2019), e; 3) análise do personagem-questão, Lunga. Por fim, o objeto de estudo demonstra ser um representante do cangaço pós-moderno ao, apesar de continuar como símbolo de luta e violência como forma de sobrevivência no sertão nordestino, adquire novas camadas, mesmo reafirmando questões do binarismo de gênero a qual tenta refutar.