Efeitos comportamentais da tansulosina - antagonista seletivo de adrenoceptor α1A - em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Mirella Salgues de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31714
Resumo: A tansulosina é um dos principais fármacos usados no tratamento dos sintomas urinários em pacientes com hiperplasia prostática benigna. Este antagonista seletivo dos adrenoceptores α1A atua tanto na musculatura lisa da próstata como em outras regiões do sistema nervoso central. Estudos sugerem que o uso deste fármaco pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento de quadros de depressão, demência e ansiedade em pacientes tratados, possivelmente pelo fato da tansulosina poder atravessar a barreira hematoencefálica. Um estudo recente utilizou camundongos knock-in para DAT-IRES-Cre para avaliar o papel do sistema límbico na modulação da resiliência frente ao estresse e os resultados sugeriram que os adrenoceptores tem papel importante neste processo. Além disso, foi demonstrado que camundongos transgênicos que superexpressavam adrenoceptores α1A constitutivamente ativos apresentavam fenótipo do tipo antidepressivo e melhora geral na cognição. No presente estudo, buscou-se avaliar os efeitos do tratamento agudo com a tansulosina no comportamento de camundongos machos nos testes do campo aberto, nado forçado e labirinto em cruz elevado. Os resultados obtidos apontam que a tansulosina foi capaz de promover hipolocomoção nos animais tratados com a dose de 0,1 mg/kg; foi capaz de promover aumento no tempo de imobilidade dos camundongos tratados com as doses de 0,01 mg/kg e 0,1 mg/kg; e não foi capaz de alterar a porcentagem do número de entradas, a porcentagem de tempo gasto nos braços abertos nem o número de entradas nos braços fechados. Em conclusão, este estudo aponta uma possível relação da tansulosina com o aumento da vulnerabilidade ao estresse, o que pode explicar o aparente efeito pró-depressivo como resultado do uso desse medicamento por pacientes com HPB.
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Estudos sugerem que o uso deste fármaco pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento de quadros de depressão, demência e ansiedade em pacientes tratados, possivelmente pelo fato da tansulosina poder atravessar a barreira hematoencefálica. Um estudo recente utilizou camundongos knock-in para DAT-IRES-Cre para avaliar o papel do sistema límbico na modulação da resiliência frente ao estresse e os resultados sugeriram que os adrenoceptores tem papel importante neste processo. Além disso, foi demonstrado que camundongos transgênicos que superexpressavam adrenoceptores α1A constitutivamente ativos apresentavam fenótipo do tipo antidepressivo e melhora geral na cognição. No presente estudo, buscou-se avaliar os efeitos do tratamento agudo com a tansulosina no comportamento de camundongos machos nos testes do campo aberto, nado forçado e labirinto em cruz elevado. Os resultados obtidos apontam que a tansulosina foi capaz de promover hipolocomoção nos animais tratados com a dose de 0,1 mg/kg; foi capaz de promover aumento no tempo de imobilidade dos camundongos tratados com as doses de 0,01 mg/kg e 0,1 mg/kg; e não foi capaz de alterar a porcentagem do número de entradas, a porcentagem de tempo gasto nos braços abertos nem o número de entradas nos braços fechados. Em conclusão, este estudo aponta uma possível relação da tansulosina com o aumento da vulnerabilidade ao estresse, o que pode explicar o aparente efeito pró-depressivo como resultado do uso desse medicamento por pacientes com HPB.Tamsulosin is one of the main drugs used in the treatment of urinary symptoms in patients with benign prostatic hyperplasia. This selective α1A adrenoceptor antagonist acts on both smooth muscle cells of the prostate and in other regions of the central nervous system. Studies suggest that the use of this drug can increase the likelihood of developing depression, dementia and anxiety in treated patients, possibly because tamsulosin can cross the blood-brain barrier. A recent study used DAT-IRES-Cre knock-in animals to evaluate the role of the limbic system in modulating resilience to stress and the results suggested that adrenoceptors play an important role in this process. In addition, it has been shown that transgenic mice expressing constitutively active mutant α1A adrenoceptors presented antidepressant-like phenotype and improvements on general cognition. In the present study, we sought to evaluate the effects of acute treatment with tamsulosin in male mice behavior through forced swim test, elevated plus maze and open field. The results obtained show that tamsulosin was capable of promoting hypolocomotion in the animals treated with the dose of 0,1 mg/kg; it was capable of promoting and increase in immobility time in mice treated with the doses of 0,01 mg/kg and 0,1 mg/kg; and it was not capable of altering the percentage of number of entries, the percentage of time spent at the open arms nor the number of entries on the closed arms. In conclusion, this study points a possible relation between tamsulosin and an increase in vulnerability to stress, which could explain the apparent pro-depressive effect as a result of the use of this medication by patients with BPH.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIAUFRNBrasilTansulosinaAdrenoceptores α1ADepressãoAnsiedadeAntagonista seletivoEfeitos comportamentais da tansulosina - antagonista seletivo de adrenoceptor α1A - em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTEfeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf.txtEfeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain107214https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31714/2/Efeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf.txt5fcf749c920c6c18ea16733ee7c4bdddMD52THUMBNAILEfeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf.jpgEfeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1294https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31714/3/Efeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf.jpg98a74d91997d19371e19a002a99c596bMD53ORIGINALEfeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdfapplication/pdf2684609https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31714/1/Efeitoscomportamentaistansulosina_Carvalho_2020.pdf3f1fa46df9859545fd2dcdedb1d220a5MD51123456789/317142021-03-07 05:50:31.501oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/31714Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-03-07T08:50:31Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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