Comparação da funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras com e sem disfunção sexual: um estudo transversal
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54823 |
Resumo: | Introdução: A sexualidade humana é multifatorial e depende da integração de determinantes psicológicos, biológicos, relacionais e socioculturais. Assim, a disfunções sexuais e os fatores relacionados a ela podem impactar a funcionalidade de mulheres em idade reprodutiva. Objetivo: Comparar a funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras, em idade reprodutiva, cisgênero e heterossexuais com e sem disfunção sexual (DS). Para fins de apresentação da dissertação, foram construídos 3 artigos com os seguintes objetivos: ARTIGO 1 - analisar a associação entre presença autopercebida de DS e os resultados do Female Sexual Function Index (FSFI), bem como entre a idade cronológica e as a função sexual de mulheres brasileiras, cisgêneros e heterossexuais em idade reprodutiva. ARTIGO 2 - identificar a prevalência de DS, comparar a funcionalidade entre mulheres brasileiras com e sem disfunção sexual e analisar a associação entre alterações da funcionalidade e presença de DS. ARTIGO 3 - comparar a funcionalidade entre mulheres com e sem disfunção sexual e estimar a chance de ocorrência de alterações da funcionalidade, considerando a situação conjugal, o conhecimento sobre DS, o conhecimento sobre a resposta sexual feminina e a autoavaliação da qualidade de vida sexual (QVS). Metodologia: Estudo analítico transversal seguindo as normas do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). O protocolo de pesquisa foi autoaplicável e online (Google Forms), constando de Ficha de caracterização, do FSFI e do WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Participaram do estudo as mulheres que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter entre 18 e 49 anos; ser sexualmente ativas há, pelo menos, quatro semanas; se identificassem como mulheres cisgênero e de orientação heterossexual e ter acesso à internet. O armazenamento e tratamento estatísticos dos dados foi realizado usando-se o SPSS (versão 20.0, IBM). A técnica de bootstrapping foi utilizada para adequar as variáveis quantitativas ao pressuposto de distribuição paramétrica e o nível de significância adotado foi de p<0,05. ARTIGO 1 – Participaram 285 mulheres. Para análise dos dados foram utilizados os seguintes testes: teste de Qui-quadrado de independência (χ2) para analisar a associação entre presença autopercebida de DS e presença de disfunção, segundo o FSFI. O teste de correlação de Pearson foi usado para investigar a relação entre idade e a função sexual (FSFI). ARTIGO 2 - A amostra final foi constituída por 285 participantes, divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 168) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 117). Foram utilizados teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e teste do Qui-quadrado (χ2). ARTIGO 3 – A amostra contou com 308 mulheres divididas em Grupo Controle (GC, sem DS, n= 186) e Grupo de Estudo (GE, com DS, n= 122). Para análise dos dados foi utilizada Teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e regressão logística binária, com método Enter. Resultados: ARTIGO 1 (n=285) - Participaram desta pesquisa mulheres com idade média de idade foi de 29,57±7,11 anos. Obteve-se associação moderada (V de Cramer = 0,59) entre a presença autopercebida de DS e o diagnóstico gerado pela aplicação do FSFI (χ2(2) = 91,50; p<0,001). Observou-se correlação fraca, negativa e estatisticamente significativa entre idade e o domínio desejo do FSFI (r= -0.12; p=0.03; r2=1.44. ARTIGO 2 (n=285) - Em relação à prevalência e tipos de disfunções, as mais recorrentes foram: desejo hipoativo (27%), alterações na excitação (22,8%), disorgasmia (21,1%) e dispareunia (18,6%). Observou-se que, mulheres com DS apresentam maior impacto da funcionalidade quando comparadas àquelas sem disfunção (p=0,001; IC95% [7,50 a 14,77]). Há diferenças significativas em todos os domínios do WHODAS 2.0, destacando-se, as “relações interpessoais”, a “cognição” e a “participação”. ARTIGO 3 (n=308) – observou-se que mulheres com DS obtiveram maiores escores do WHODAS quando comparadas as sem disfunção sexual (p= 0,001; [IC95%: 7,02 a 14,04]). Destacaram-se pelas medidas de efeito as relações interpessoais, a cognição e a participação. A predição para alteração na funcionalidade foi significativo (X2(4)=28,25; p<0,001), prevendo 62,2% dos casos e que o fator autoavaliação da QVS teve impacto na funcionalidade independente da situação conjugal e do conhecimento sobre DS e, sobre a resposta sexual feminina. Conclusão: ARTIGO 1 - Mulheres que autopercebem a presença de disfunção sexual têm 68% mais chances de, de fato, apresentarem DS quando avaliadas pelo FSFI. Observou-se que, com o avançar da idade há uma diminuição da função sexual, no que diz respeito à fase do desejo. ARTIGO 2 - Quando comparadas às mulheres sem DS, aquelas que apresentam disfunção têm maior impacto da funcionalidade geral, com destaque para as relações interpessoais, cognição e participação. Obteve-se associação fraca entre alteração da funcionalidade geral (e por domínio) e a presença de disfunção sexual. Porém, observou-se que, mulheres com DS, têm de 43% a 78% mais chances de apresentarem alterações na funcionalidade, em relação àquelas sem disfunção. ARTIGO 3 - Mulheres com DS tem uma alteração maior na funcionalidade geral e por domínio quando comparadas àquelas sem disfunção sexual com destaque para as relações interpessoais, cognição e participação. O modelo preditor para alteração de funcionalidade teve uma taxa de precisão de 62,2%. Mulheres com boa autoavaliação da QVS têm 27% menos chances de apresentar alterações da funcionalidade, em relação àquelas com uma autoavaliação ruim da vida sexual, independente da situação conjugal, do conhecimento sobre disfunção sexual e sobre a resposta sexual feminina. |
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Figueiredo, Polianne Angella Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/2871295254395277http://lattes.cnpq.br/6971799707627238Fernandes, Aline Braga Galvão Silveirahttps://orcid.org/0000-0002-7976-8009http://lattes.cnpq.br/9406431536920693Leite, Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes MeloMagalhães, Adriana GomesSousa, Vanessa Patrícia Soares de2023-09-13T20:48:33Z2023-09-13T20:48:33Z2023-04-28FIGUEIREDO, Polianne Angela Oliveira. Comparação da funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras com e sem disfunção sexual: um estudo transversal. Orientador: Vanessa Patrícia Soares de Sousa. 2023. 102f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54823Introdução: A sexualidade humana é multifatorial e depende da integração de determinantes psicológicos, biológicos, relacionais e socioculturais. Assim, a disfunções sexuais e os fatores relacionados a ela podem impactar a funcionalidade de mulheres em idade reprodutiva. Objetivo: Comparar a funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras, em idade reprodutiva, cisgênero e heterossexuais com e sem disfunção sexual (DS). Para fins de apresentação da dissertação, foram construídos 3 artigos com os seguintes objetivos: ARTIGO 1 - analisar a associação entre presença autopercebida de DS e os resultados do Female Sexual Function Index (FSFI), bem como entre a idade cronológica e as a função sexual de mulheres brasileiras, cisgêneros e heterossexuais em idade reprodutiva. ARTIGO 2 - identificar a prevalência de DS, comparar a funcionalidade entre mulheres brasileiras com e sem disfunção sexual e analisar a associação entre alterações da funcionalidade e presença de DS. ARTIGO 3 - comparar a funcionalidade entre mulheres com e sem disfunção sexual e estimar a chance de ocorrência de alterações da funcionalidade, considerando a situação conjugal, o conhecimento sobre DS, o conhecimento sobre a resposta sexual feminina e a autoavaliação da qualidade de vida sexual (QVS). Metodologia: Estudo analítico transversal seguindo as normas do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). O protocolo de pesquisa foi autoaplicável e online (Google Forms), constando de Ficha de caracterização, do FSFI e do WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Participaram do estudo as mulheres que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter entre 18 e 49 anos; ser sexualmente ativas há, pelo menos, quatro semanas; se identificassem como mulheres cisgênero e de orientação heterossexual e ter acesso à internet. O armazenamento e tratamento estatísticos dos dados foi realizado usando-se o SPSS (versão 20.0, IBM). A técnica de bootstrapping foi utilizada para adequar as variáveis quantitativas ao pressuposto de distribuição paramétrica e o nível de significância adotado foi de p<0,05. ARTIGO 1 – Participaram 285 mulheres. Para análise dos dados foram utilizados os seguintes testes: teste de Qui-quadrado de independência (χ2) para analisar a associação entre presença autopercebida de DS e presença de disfunção, segundo o FSFI. O teste de correlação de Pearson foi usado para investigar a relação entre idade e a função sexual (FSFI). ARTIGO 2 - A amostra final foi constituída por 285 participantes, divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 168) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 117). Foram utilizados teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e teste do Qui-quadrado (χ2). ARTIGO 3 – A amostra contou com 308 mulheres divididas em Grupo Controle (GC, sem DS, n= 186) e Grupo de Estudo (GE, com DS, n= 122). Para análise dos dados foi utilizada Teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e regressão logística binária, com método Enter. Resultados: ARTIGO 1 (n=285) - Participaram desta pesquisa mulheres com idade média de idade foi de 29,57±7,11 anos. Obteve-se associação moderada (V de Cramer = 0,59) entre a presença autopercebida de DS e o diagnóstico gerado pela aplicação do FSFI (χ2(2) = 91,50; p<0,001). Observou-se correlação fraca, negativa e estatisticamente significativa entre idade e o domínio desejo do FSFI (r= -0.12; p=0.03; r2=1.44. ARTIGO 2 (n=285) - Em relação à prevalência e tipos de disfunções, as mais recorrentes foram: desejo hipoativo (27%), alterações na excitação (22,8%), disorgasmia (21,1%) e dispareunia (18,6%). Observou-se que, mulheres com DS apresentam maior impacto da funcionalidade quando comparadas àquelas sem disfunção (p=0,001; IC95% [7,50 a 14,77]). Há diferenças significativas em todos os domínios do WHODAS 2.0, destacando-se, as “relações interpessoais”, a “cognição” e a “participação”. ARTIGO 3 (n=308) – observou-se que mulheres com DS obtiveram maiores escores do WHODAS quando comparadas as sem disfunção sexual (p= 0,001; [IC95%: 7,02 a 14,04]). Destacaram-se pelas medidas de efeito as relações interpessoais, a cognição e a participação. A predição para alteração na funcionalidade foi significativo (X2(4)=28,25; p<0,001), prevendo 62,2% dos casos e que o fator autoavaliação da QVS teve impacto na funcionalidade independente da situação conjugal e do conhecimento sobre DS e, sobre a resposta sexual feminina. Conclusão: ARTIGO 1 - Mulheres que autopercebem a presença de disfunção sexual têm 68% mais chances de, de fato, apresentarem DS quando avaliadas pelo FSFI. Observou-se que, com o avançar da idade há uma diminuição da função sexual, no que diz respeito à fase do desejo. ARTIGO 2 - Quando comparadas às mulheres sem DS, aquelas que apresentam disfunção têm maior impacto da funcionalidade geral, com destaque para as relações interpessoais, cognição e participação. Obteve-se associação fraca entre alteração da funcionalidade geral (e por domínio) e a presença de disfunção sexual. Porém, observou-se que, mulheres com DS, têm de 43% a 78% mais chances de apresentarem alterações na funcionalidade, em relação àquelas sem disfunção. ARTIGO 3 - Mulheres com DS tem uma alteração maior na funcionalidade geral e por domínio quando comparadas àquelas sem disfunção sexual com destaque para as relações interpessoais, cognição e participação. O modelo preditor para alteração de funcionalidade teve uma taxa de precisão de 62,2%. Mulheres com boa autoavaliação da QVS têm 27% menos chances de apresentar alterações da funcionalidade, em relação àquelas com uma autoavaliação ruim da vida sexual, independente da situação conjugal, do conhecimento sobre disfunção sexual e sobre a resposta sexual feminina.Introduction: Human sexuality is multifactorial and depends on the integration of psychological, biological, relational and sociocultural determinants. Thus, sexual dysfunction and factors related to it can impact the functionality of women of reproductive age. Objective : To compare functionality among adult Brazilian women of reproductive age, cisgender and heterosexual with and without sexual dysfunction (SD). For the purpose of presenting the dissertation, 3 articles were constructed with the following objectives: ARTICLE 1 - to analyze the association between the self-perceived presence of SD and the results of the Female Sexual Function Index (FSFI), as well as between chronological age and sexual function of Brazilian, cisgender and heterosexual women of reproductive age. ARTICLE 2 - identify the prevalence of SD, compare functionality among Brazilian women with and without sexual dysfunction and analyze the association between changes in functionality and the presence of SD. ARTICLE 3 - Comparing functionality between women with and without sexual dysfunction and estimating the chance of occurrence of changes in functionality, considering marital status, knowledge about SD, knowledge about female sexual response and selfassessment of quality of sexual life (QSL). Methodology: Analytical cross-sectional study following the guidelines of Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). The research protocol was self-administered and online (Google Forms), consisting of the characterization form, the FSFI and the WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). The women who met the following inclusion criteria participated in the study: being between 18 and 49 years old; being sexually active for at least four weeks; identify themselves as cisgender and heterosexual women and have access to the internet. Statistical data storage and treatment was performed using SPSS (version 20.0, IBM). The bootstrapping technique was used to adjust the quantitative variables to the assumption of parametric distribution and the significance level adopted was p<0.05. ARTICLE 1 – 285 women participated . For data analysis, the following tests were used: Chi -square test of independence (χ 2) to analyze the association between self-perceived presence of SD and presence of dysfunction, according to FSFI. Pearson's correlation test was used to investigate the relationship between age and sexual function (FSFI). ARTICLE 2 - The final sample consisted of 285 participants, divided into Control Group (CG, without sexual dysfunction, n= 168) and Study Group (EG, with sexual dysfunction, n= 117). Student 's t t and t for independent samples with Welch correction and Chi -square test (χ 2 ) were used. ARTICLE 3 – The sample consisted of 308 women divided into a Control Group (GC, without SD, n= 186) and a Study Group (EG, with SD, n= 122). For data analysis, Student 's T test was used for independent samples with Welch correction and binary logistic regression, with the Enter method. Results: ARTICLE 1 (n=285) - Women with an average age of 29.57±7.11 years participated in this research. A moderate association (Cramer's V = 0.59) was obtained between the self-perceived presence of SD and the diagnosis generated by the application of the FSFI (χ 2 (2) = 91.50; p<0.001). There was a weak, negative and statistically significant correlation between age and the desire domain of the FSFI (r= -0.12; p=0.03; r 2 =1.44. ARTICLE 2 (n=285) - Regarding the prevalence and types of disorders, the most recurrent were: hypoactive desire (27%), changes in arousal (22.8%), dysorgasmia (21.1%) and dyspareunia (18 .6%). It was observed that women with SD have a greater impact on functionality when compared to those without dysfunction (p=0.001; 95%CI [7.50 to 14.77]). There are significant differences in all domains of WHODAS 2.0, with emphasis on “interpersonal relationships”, “cognition” and “participation”. ARTICLE 3 (n= 308) – it was observed that women with SD had higher WHODAS scores when compared to those without sexual dysfunction (p= 0.001; [95% CI: 7.02 to 14.04]). Interpersonal relationships, cognition and participation stood out for the effect measures. The prediction for change in functionality was significant (X 2 (4)= 28.25; p<0.001), predicting 62.2% of cases and that the self-assessment factor of QOL had an impact on functionality regardless of marital status and knowledge about DS and, on female sexual response. Conclusion : ARTICLE 1 - Women who self-perceived the presence of sexual dysfunction are 68% more likely to actually have SD when evaluated by the FSFI. It was observed that, with advancing age, there is a decrease in sexual function, with regard to the desire phase. ARTICLE 2 - When compared to women without SD, those with dysfunction have a greater impact on general functionality, with emphasis on interpersonal relationships, cognition and participation. We found a weak association between changes in general functionality (and by domain) and the presence of sexual dysfunction. However, it was observed that women with SD are 43% to 78% more likely to have alterations in functionality compared to those without dysfunction. ARTICLE 3 - Women with SD have a greater change in overall functionality and by domain when compared to those without sexual dysfunction, with emphasis on interpersonal relationships, cognition and participation. The predictive model for functionality change had an accuracy rate of 62.2%. Women with a good self-assessment of QOL are 27% less likely to have changes in functionality compared to those with a poor self-assessment of their sexual life, regardless of marital status, knowledge about sexual dysfunction and female sexual response.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃOUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDESaúde da mulherDisfunções sexuais fisiológicasSexualidadeCIFComparação da funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras com e sem disfunção sexual: um estudo transversalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALComparacaofuncionalidadeentremulheres_Figueiredo_2023.pdfapplication/pdf1784589https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/54823/1/Comparacaofuncionalidadeentremulheres_Figueiredo_2023.pdf8d405455a6285bd1a8c3e618b80525cbMD51123456789/548232023-09-13 17:49:15.672oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/54823Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-09-13T20:49:15Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Introdução: A sexualidade humana é multifatorial e depende da integração de determinantes psicológicos, biológicos, relacionais e socioculturais. Assim, a disfunções sexuais e os fatores relacionados a ela podem impactar a funcionalidade de mulheres em idade reprodutiva. Objetivo: Comparar a funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras, em idade reprodutiva, cisgênero e heterossexuais com e sem disfunção sexual (DS). Para fins de apresentação da dissertação, foram construídos 3 artigos com os seguintes objetivos: ARTIGO 1 - analisar a associação entre presença autopercebida de DS e os resultados do Female Sexual Function Index (FSFI), bem como entre a idade cronológica e as a função sexual de mulheres brasileiras, cisgêneros e heterossexuais em idade reprodutiva. ARTIGO 2 - identificar a prevalência de DS, comparar a funcionalidade entre mulheres brasileiras com e sem disfunção sexual e analisar a associação entre alterações da funcionalidade e presença de DS. ARTIGO 3 - comparar a funcionalidade entre mulheres com e sem disfunção sexual e estimar a chance de ocorrência de alterações da funcionalidade, considerando a situação conjugal, o conhecimento sobre DS, o conhecimento sobre a resposta sexual feminina e a autoavaliação da qualidade de vida sexual (QVS). Metodologia: Estudo analítico transversal seguindo as normas do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). O protocolo de pesquisa foi autoaplicável e online (Google Forms), constando de Ficha de caracterização, do FSFI e do WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Participaram do estudo as mulheres que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter entre 18 e 49 anos; ser sexualmente ativas há, pelo menos, quatro semanas; se identificassem como mulheres cisgênero e de orientação heterossexual e ter acesso à internet. O armazenamento e tratamento estatísticos dos dados foi realizado usando-se o SPSS (versão 20.0, IBM). A técnica de bootstrapping foi utilizada para adequar as variáveis quantitativas ao pressuposto de distribuição paramétrica e o nível de significância adotado foi de p<0,05. ARTIGO 1 – Participaram 285 mulheres. Para análise dos dados foram utilizados os seguintes testes: teste de Qui-quadrado de independência (χ2) para analisar a associação entre presença autopercebida de DS e presença de disfunção, segundo o FSFI. O teste de correlação de Pearson foi usado para investigar a relação entre idade e a função sexual (FSFI). ARTIGO 2 - A amostra final foi constituída por 285 participantes, divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 168) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 117). Foram utilizados teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e teste do Qui-quadrado (χ2). ARTIGO 3 – A amostra contou com 308 mulheres divididas em Grupo Controle (GC, sem DS, n= 186) e Grupo de Estudo (GE, com DS, n= 122). Para análise dos dados foi utilizada Teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e regressão logística binária, com método Enter. Resultados: ARTIGO 1 (n=285) - Participaram desta pesquisa mulheres com idade média de idade foi de 29,57±7,11 anos. Obteve-se associação moderada (V de Cramer = 0,59) entre a presença autopercebida de DS e o diagnóstico gerado pela aplicação do FSFI (χ2(2) = 91,50; p<0,001). Observou-se correlação fraca, negativa e estatisticamente significativa entre idade e o domínio desejo do FSFI (r= -0.12; p=0.03; r2=1.44. ARTIGO 2 (n=285) - Em relação à prevalência e tipos de disfunções, as mais recorrentes foram: desejo hipoativo (27%), alterações na excitação (22,8%), disorgasmia (21,1%) e dispareunia (18,6%). Observou-se que, mulheres com DS apresentam maior impacto da funcionalidade quando comparadas àquelas sem disfunção (p=0,001; IC95% [7,50 a 14,77]). Há diferenças significativas em todos os domínios do WHODAS 2.0, destacando-se, as “relações interpessoais”, a “cognição” e a “participação”. ARTIGO 3 (n=308) – observou-se que mulheres com DS obtiveram maiores escores do WHODAS quando comparadas as sem disfunção sexual (p= 0,001; [IC95%: 7,02 a 14,04]). Destacaram-se pelas medidas de efeito as relações interpessoais, a cognição e a participação. A predição para alteração na funcionalidade foi significativo (X2(4)=28,25; p<0,001), prevendo 62,2% dos casos e que o fator autoavaliação da QVS teve impacto na funcionalidade independente da situação conjugal e do conhecimento sobre DS e, sobre a resposta sexual feminina. Conclusão: ARTIGO 1 - Mulheres que autopercebem a presença de disfunção sexual têm 68% mais chances de, de fato, apresentarem DS quando avaliadas pelo FSFI. Observou-se que, com o avançar da idade há uma diminuição da função sexual, no que diz respeito à fase do desejo. 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