Influência da cirurgia para aumento de coroa clínica na resposta periodontal à reabilitação com coroas cerâmicas: um ensaio clínico de 6 meses

• Autor(a) principal: Santos, Matheus Targino dos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/39086
• topic: Aumento da coroa clínica; Prótese dentária; Periodontia

Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da cirurgia periodontal para aumento de coroa clínica em dentes reabilitados com coroas cerâmicas unitárias e sítios adjacentes e não-adjacentes sobre os parâmetros clínicos periodontais após a reabilitação. Métodos: neste ensaio clínico controlado participaram 15 pacientes, totalizando 29 coroas cerâmicas de dissilicato de lítio e de cerâmica infiltrada por polímero, divididas em dois grupos: G1 (n=14) que se submeteram a cirurgia periodontal e G2 (n=15) sem cirurgia periodontal. Foram analisados os parâmetros Índice de Placa Visível (IPV) e Índice de Sangramento Gengival (ISG) totais e da região reabilitada, Profundidade de Sondagem (PS), Sangramento a Sondagem (SS) e Nível Clínico de Inserção (NCI) em sítios tratados (ST), adjacentes (AD) e não-adjacentes (NAD), bem como Fenótipo Gengival (FG), Recessão Gengival (RG), Mucosa Ceratinizada (MC) e Nível da Margem do Preparo (NM) no baseline (T0) com 1 mês (T1) e 6 meses (T2) após a reabilitação. A análise estatística foi realizada por meio dos testes de Wilcoxon e Friedman, teste de Kruskal-Wallis, teste de Mann-Whitney e o teste Qui-quadrado e Exato de Fisher. Resultados: Os parâmetros de IPV total, ISG total e regional e SS não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os grupos no T0, T1 e T2. O IPVr mostrou diferença estatística significativa entre os grupos aos 6 meses, sendo relativamente maior no G2. O IPV total diminuiu significativamente ao longo do tempo em ambos os grupos. Além disso, o IPVr também apresentou diferença estatística no G1, havendo uma expressiva diminuição do T0 ao T2, enquanto o SS não apresentou variação significante. PS dos sítios tratados e não-adjacentes apresentou diferença estatística entre os grupos, sendo maior no G1 aos 6 meses. Verificou-se um aumento na frequência de RG ao longo do tempo de 6 casos no T0 para 9 casos no T2. Houve uma associação significativa quando da realização de cirurgia e a ocorrência de RG. Para o parâmetro MC não houve diferenças estatísticas significativas. Conclusão: concluiu-se que, de forma geral, os parâmetros periodontais relacionados a higiene tiveram um impacto favorável frente ao tratamento; quando a cirurgia é realizada, há um impacto mais positivo nos índices regionais após 6 meses. Os parâmetros de inserção não mudam significativamente ao longo do tempo, mas a cirurgia provoca um aumento destes após 6 meses nos sítios não-adjacentes. A realização da cirurgia incide, também, no desenvolvimento de recessões gengivais ao longo do tempo.