Escadaria de Mãe Luiza enquanto espaço de entretenimento para crianças no contexto de uma cidade sustentável

• Autor(a) principal: Popineau, Priscila Helena Antunes Ferreira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32635
• topic: Desenvolvimento Sustentável (DS); Espaço público; ODS 11

Na perspectiva de que o desenvolvimento urbano sustentável é fundamental para a qualidade de vida da sociedade, a Organização das Nações Unidas (ONU) direcionou o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 para a construção e gestão dos espaços urbanos, de forma a tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Nesse contexto, cidades devem ser lugares onde as crianças e jovens, sobretudo, em situação de risco e vulnerabilidade social, possam socializar, observar, aprender e desenvolver seu papel como cidadãos de direitos e deveres na sua comunidade. Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar como a Escadaria de Mãe Luiza é percebida, enquanto instrumento de uma cidade sustentável. Foi realizado um de campo com aplicação de questionários junto a crianças e responsáveis, bem como observações livres e sistemáticas sobre a utilização da Escadaria de Mãe Luiza, Natal, RN, Brazil. Os resultados demonstram que 91% dos responsáveis afirmam não haver oferta de espaços públicos para crianças no bairro, ou seja, a Escadaria não é percebida como um equipamento urbano voltado para o público infantil. Ainda assim, 57% das crianças utilizam o espaço para brincar, embora 68% dos responsáveis denunciem problemas ligados à infraestrutura física e 50 % têm medo da violência. Crianças e adultos informaram que a Escadaria de Mãe Luiza era uma via de mobilidade da comunidade, permitindo o acesso à praia e a parada de ônibus. Por fim, foram sugeridas melhorias para o espaço: a instalação de um parque (58% dos responsáveis e 100% das crianças) e reparos de infraestrutura (33% dos responsáveis). Destarte, sugere-se um planejamento urbano de alta intensidade, aliado a participação intercultural, pautada em uma construção em nome da vida coletiva, na contramão do planejamento urbano estratégico da cidade-empresa em seus fundamentos.